Índice
- 1995 — O surgimento da Sony
- 1996 — A Sony apronta mais uma vez
- 1997 — Um ano de muitos jogos
- 1998 — O segredo do Dreamcast
- 1999 — O ano da nova geração
- 2000 — O recomeço da guerra de consoles
- 2001 — A troca de jogadores
- 2002 — O ano das sequências
- 2003 — A Sony ataca o reinado portátil da Nintendo
- 2004 — A Nintendo contra-ataca
- 2005 — O novo round da guerra dos consoles
- 2006 — A febre dos controles por movimento
- 2007 — O ano da diminuição da feira
- 2008 — A revolução digital
- 2009 – Os Beatles tomam o palco
- 2010 — O ano dos detectores de movimento
- 2011 – A Nintendo tenta recuperar os players hardcore
- 2012 – O ano de Watch Dogs
- 2013 – O capítulo da guerra dos consoles
- 2014 – O ano da realidade virtual
A Electronic Entertainment Expo, ou E3, nasceu para dar o devido destaque aos jogos eletrônicos. Ao longo do tempo, ela se tornou um dos principais eventos do mundo dos games nos últimos 25 anos. Aqui muitos dos grandes consoles e games foram anunciados, além de muitos fracassos. Apesar de não ter acontecido ano passado, ela já está garantida para acontecer este ano. Então, para celebrar o seu acontecimento, fizemos uma retrospectiva da E3 com os principais acontecimentos de todas as edições do evento até hoje.
1995 — O surgimento da Sony
Em 1995 finalmente começava a E3. Foi um ano onde as três principais desenvolvedoras da época, Nintendo, Sega e Sony preparavam o lançamento de seus próximos consoles. Quem abriu os trabalhos foi a casa do Sonic. O seu novo aparelho, o Saturn, já estava disponível para compra, por US$399. O valor cobrado era mais do que o dobro do console antecessor da empresa, o Mega Drive, mas ainda assim foi bem recebido pelo público. Porém tudo mudou quando a Sony entrou no palco.
A Sony começou sua apresentação com o preço do vindouro PlayStation, US$299, cem a menos que sua concorrente, e já roubou a cena logo de cara. Além disso, prometeu mais de 50 jogos lançados até o fim daquele ano. Enquanto isso, a Nintendo sofria com as baixíssimas vendas do seu terrível Virtual Boy e via muitas produtoras prometerem apoio à Sony, e decidiu adiar o anúncio do seu novo aparelho. Mesmo assim, a Big N reinava com seu Game Boy, além de bons jogos serem lançados para o Super NES naquele ano, como Donkey Kong Country 2, Chrono Trigger, Mega Man 7 e muitos outros.
1996 — A Sony apronta mais uma vez
No ano seguinte, 1996, a E3 já começou com uma participante em coma. As decisões da Sega fizeram com que o Saturn sofresse muito, e isso refletiu muito nas vendas, com pouco mais de 200 aparelhos vendidos. Ainda assim, ela mostrou jogos que chamaram alguma atenção do público, como Nights into Dreams e Sonic X-treme, mas não foi além disso. A Nintendo já havia mostrado como seria o seu mais novo console, batizado de Nintendo 64. A empresa usou o palco da E3 para apresentar sua mais nova inovação, o controle analógico. Além disso, anunciou que cada pacote de seu novo aparelho viria acompanhado de Super Mario 64 e custaria US$ 249,99, mas isso não durou muito tempo.
Quando a Sony entrou no palco, a empresa sabia que precisava chamar bastante atenção, já que era novata no ramo ainda, contra titãs da indústria. Então ela fez o que ninguém esperava: cortou o preço do PlayStation, e agora ele custaria US$199,99. Isso pegou todo mundo de calça curta e obrigou as concorrentes a fazerem novos cortes de preço. A Nintendo baixou seu futuro Nintendo 64 para US$ 199,99, e a Sega seguiu o mesmo caminho.
Essa também foi a primeira E3 na qual a Microsoft participou. A empresa percebeu que aquele mercado estava em franco crescimento e queria garantir que seu sistema operacional fosse o melhor para games. Na feira, ela apresentou o simulador de guerra Close Combat, e um simulador de basquete em NBA Full Court Press entre outros games.
1997 — Um ano de muitos jogos
Nas edições anteriores, consoles haviam sido anunciados e mostrados para o público, mas como eles já estavam disponíveis para os consumidores, restava uma única coisa: os jogos. A Sega chegou a ter um grande espaço na feira, mas tinha pouca coisa pra mostrar, e acabou meio solitária naquela grande festa. A Nintendo precisava mostrar o potencial do seu Nintendo 64, ainda mais depois de ter sido abandonada por diversas produtoras de jogos – muitas delas, como a Square, preferiam que a empresa tivesse escolhido o CD, mas ela insistiu no cartucho. Então, para suprir a demanda, a Nintendo apresentou o clássico Goldeneye 007, além de Banjo-Kazooie, Conker’s Quest, Star Fox 64 e muitos outros.
Enquanto isso, a Sony reinava na feira. A Konami apresentou o trailer de Metal Gear Solid, que parava tudo sempre que era mostrado. Além disso, foi mostrado também o que se tornaria o furacão Final Fantasy VII, e o mais novo controle do PlayStation, com dois analógicos (de quem será que tiraram essa ideia? Fica aí a indagação).
Nos PCs quem dominava eram os jogos de tiro em primeira pessoa. Half Life foi apresentado durante a feira, junto de uma série de outros games, como Quake II, Prey, Duke Nukem Forever e muitos outros.
1998 — O segredo do Dreamcast
Depois de apanhar muito nos anos anteriores, a Sega resolveu que ia entrar de cabeça no evento. A empresa apresentou o seu novíssimo Dreamcast, que viria a ser sua última cartada no mundo dos consoles. Ela mostrou o poder gráfico do aparelho e todas as maravilhas que ele poderia desempenhar, mas resolveu mostrar isso somente para jornalistas. O que a motivou a fazer isso, ninguém sabe.
A Sony, enquanto isso, estava tranquila. Ela havia acabado de apresentar seu simulador de corridas, o Gran Turismo, e tinha diversos títulos de outras publicadoras na manga, como Final Fantasy Tactics, Final Fantasy VIII e mais novidades de Metal Gear Solid.
Pros lados da Big N, aquele era um ano extremamente importante. Em 1998, existia um joguinho de RPG que nem a própria Nintendo botava tanta fé, Pokémon. Como sabemos, a franquia tomou o mundo de assalto depois de ser apresentada na E3 de 1998. Mas as novidades não pararam por aí: esse foi o ano, também, em que um dos melhores jogos da história foi apresentado: The Legend of Zelda: Ocarina of Time.
1999 — O ano da nova geração
E no ano da virada do século, a Sega iria, finalmente, apresentar o seu Dreamcast para o grande público na E3. Depois de já ter sido lançado em terras japonesas, nós ocidentais finalmente colocaríamos os olhos naquele console. A data de lançamento estava programada para o 9/9/1999, um paraíso para os amantes do número 9 e, talvez, com algo ligado à numerologia? Vai saber. Para a feira, a casa do Sonic apresentou jogos como The House of the Dead 2, Soul Calibur e outros, o que chamou bastante a atenção graças aos gráficos apresentados.
A Sony ainda não estava pronta para mostrar seu novo console, mas fez questão de levar um computador com especificações do que viria a ser o PlayStation 2. Seus jogos na feira foram Crash Team Racing, Dino Crisis e outros, mas ficaram aquém do que havia sido mostrado pela sua rival.
Mas quem roubou mesmo a cena mesmo naquela E3 foi a Nintendo. Durante a feira, a empresa anunciou que iria aderir à tecnologia do DVD no seu mais novo console, até então chamado de Dolphin, e que teria um chip de 128 bits. Enquanto isso, uma série de jogos do Nintendo 64 foi apresentada, como Pokémon Stadium, Pokémon Snap, Donkey Kong 64 e vários outros.
2000 — O recomeço da guerra de consoles
O novo milênio foi, mais uma vez, dominado pela Sony. A dona do PlayStation preparava o terreno para o lançamento ocidental do PlayStation 2 e havia prometido mais de 50 jogos até o fim do ano, o que deixou o público ouriçado. Seu carro chefe na feira foi Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty, que mostrava um pouquinho do poder do mais novo console da empresa.
A Nintendo, enquanto isso, não mostrou nada do Dolphin e focou em apresentar jogos e dados. Durante a feira, a empresa revelou que o Game Boy havia batido a casa das 100 milhões de cópias vendidas, um marco para a indústria. E para não deixar a peteca cair, apresentou a nova aventura de Link, em The Legend of Zelda: Majora’s Mask, e um novo game da franquia Pokémon, em Pokémon Stadium 2.
Por fim, a Sega, apesar de ter um bom console nas mãos, não soube como se apresentar na feira. Um dos seus principais títulos foi um game musical, o Samba de Amigo, cujo objetivo era balançar maracas e fazer pontos… Havia outro jogo, Seaman, cujo objetivo era cuidar de um peixe estranho com rosto humano que tinha a capacidade de conversarA Microsoft retornou à feira e mostrou o protótipo do que viria a ser um dos seus melhores jogos na história: Halo: Combat Evolved. Nessa versão, o game ainda mostrava jogabilidade em terceira pessoa, a qual foi mudada para primeira pessoa na versão final e consequente lançamento.
2001 — A troca de jogadores
2001 foi o ano da mudança de jogadores. A Sega havia desistido oficialmente do seu Dreamcast, e a Microsoft levou o Xbox para os palcos da feira. Com data de lançamento, preço e uma série de jogos, a empresa de Bill Gates mostrava que não estava para brincadeiras. Halo: Combat Evolved roubou a cena e mostrava o poder da máquina.
A Nintendo, por sua vez, mudou o seu vindouro console. Dolphin sai de campo e entra o Game Cube. A ideia de usar DVDs também subiu pro telhado, e a tecnologia de discos seria o miniDVD, que é menor e possui menos capacidade de armazenamento de dados. Um dos principais jogos anunciados durante a feira foi Super Smash Bros. Meele, que é considerado até hoje um dos melhores da franquia.
Por cima disso tudo, a Sony flutuava. Seu PlayStation 2 vendia que nem água no deserto e nem a entrada da Microsoft no jogo pareceu abalar suas estruturas. Ela aproveitou para mostrar jogos, e os principais anúncios foram Devil May Cry, Klonoa 2 e Silent Hill 2.
2002 — O ano das sequências
Seguindo o ritmo do ano anterior, a Sony se mantinha no topo. Ela anunciou que o PlayStation 2 havia vendido mais de 30 milhões de aparelhos, o céu era o limite. Para continuar nessa toada, seus jogos na feira foram de peso, com Devil May Cry 3, Silent Hill 3 e outras continuações. Tudo continuava bem para a empresa.
A Nintendo precisou apelar, e anunciou jogos para suas principais franquias: Super Mario Sunshine, Metroid Prime e The Legend of Zelda: Wind Waker. Para deixar seus fãs ainda mais felizes, a empresa havia fechado um contrato de exclusividade com a Capcom, e os remakes de Resident Evil 1 e 2 chegariam ao console da Big N. Além disso, um game que viria a se tornar um carro chefe da empresa anos depois também foi anunciado: Animal Crossing.
Enquanto suas concorrentes apresentavam diversas sequências, a Microsoft se dirigiu ao Japão e garantiu a exclusividade de alguns de seus jogos, como o Ninja Gaiden, da Tecmo, e Panzer Dragoon Orta, da Sega, além de mostrar também uma série de jogos multiplataforma, como Psychonauts.
2003 — A Sony ataca o reinado portátil da Nintendo
E, para variar um pouco, a Sony abalou as estruturas em 2003. Do nada, e pegando absolutamente todo mundo de surpresa, a empresa anunciou o seu mais novo console: o PlayStation Portable, ou PSP. Era a entrada da mãe do PlayStation no jogo que era dominado pela Nintendo: os portáteis. Para complementar, ela apresentou o trailer de Gran Turismo 4 e de outros games, como Metal Gear Solid 3: Snake Eater.
A Nintendo foi pega de calça curta, já que a empresa jamais acreditou que alguém iria querer ameaçar a sua coroa no mundo do portáteis. Para piorar mais ainda, não havia um grande lançamento que chamasse a atenção. A coisa foi similar com a Microsoft, que revelou a existência de Halo 2, mas, fora isso, nada de muito impacto aconteceu.
Quem roubou a cena mesmo foi a Valve, com o seu Half Life 2. Apresentando uma física inovadora até então e gráficos de ponta, o game foi o grande destaque da feira.
2004 — A Nintendo contra-ataca
Se no ano anterior a Nintendo foi pega desprevenida, em 2004 ela veio com artilharia pesada. Ela apresentou ao público o que seria o sucessor do Game Boy Advanced: o Nintendo DS. O novo aparelho tinha duas telas, tela de toque, acesso à internet e muitas outras funcionalidades. Além disso, a empresa anunciou que estava trabalhando em mais uma aventura de Link em The Legend of Zelda: Twilight Princess.
A Sony continuava falando do PSP, mas nada de novo foi mostrado, nem jogo nenhum. Porém a empresa apresentou um jogo que é amado por muitos até hoje: God of War. Só isso já garantiu com que apresentação da Sony fosse amplamente comentada. Correndo por fora, a Microsoft deu maior destaque para sua principal franquia: Halo 2. Fora isso, nada de muito animador foi apresentado.
2005 — O novo round da guerra dos consoles
Esse foi o ano onde as três empresas anunciaram seus novos consoles. A Microsoft aproveitou e entrou com os dois pés na porta, mostrando jogos, o sistema online do vindouro console e tudo o que faria do Xbox 360 um excelente console. Seu carro chefe era Gears of War, além de jogos da Rare, como Perfect Dark Zero e o game da adaptação do filme King Kong.
A Sony, por outro lado, se gabava da resolução do seu novo console, o PlayStation 3, que podia chegar até 1080p. Ela prometeu ainda que os games chegariam até 120hz, o que acabou não se provando verdade. Mas o principal destaque do console era a mídia que ele utilizava, o novíssimo Blu-ray, que tinha capacidade de 25GB, podendo chegar aos 50GB.
A casa do Mario também apresentou seu console, mas mostrando apenas um protótipo. A empresa garantiu que o Revolution, nome dado a ele na época, teria retrocompatibilidade total com o Game Cube e um sistema de download de jogos chamado de Virtual Console. Esse sistema permitiria com que os jogadores comprassem e baixassem jogos antigos de outros aparelhos da Nintendo.
Foi durante a E3 de 2005 que muitos jogos hoje considerados clássicos como Alan Wake, Spore, The Witcher, Age of Empires III e muitos outros foram revelados ao público.
2006 — A febre dos controles por movimento
Com o Xbox 360 já lançado e o iminente lançamento do PlayStation 3 e do Nintendo Wii (novo nome do Revolution), agora era a hora de apresentar os jogos. A Microsoft entrou forte na feira, com Forza 2 e Fable 2 e apresentando mais uma vez Gears of War. Além disso, ela apresentou o sistema da Xbox Live Arcade, que vendia jogos de forma digital, e também novidades acerca do Windows Service.
Querendo aproveitar e demonstrar o potencial gráfico do PlayStation 3, a Sony apresentou um jogo que com o tempo se tornou um dos carros chefes da empresa: Uncharted. Para o PSP, a empresa apresentou Killzone: Liberation, produzido pela Guerrila Games.
Mas quem entrou com tudo na feira foi a Nintendo. O Wii roubou totalmente a cena com seu controle de movimento e, além disso, a Nintendo apresentou nada mais, nada menos do que Super Mario Galaxy, Wii Sports, Super Smash Bros. Brawl e Metroid Prime 3; todos jogos que marcaram sua época no console da Big N. Para seu portátil, a empresa anunciou The Legend of Zelda: Phantom Hourglass.
2007 — O ano da diminuição da feira
A organização da E3 resolveu mudar o escopo e o local da feira em 2007, indo para Santa Mônica. As empresas, por outro lado, continuavam apostando tudo na feira e dando seu melhor. A Nintendo, como uma empresa que gosta de inovar de tempos em tempos, apresentou para o público uma série de periféricos para o Wii, com a pistola Wii Zapper, a Wii Balance Board e outros. O foco da empresa havia se voltado para o público casual, o que garantiu boas vendas do seu console.
Do outro lado da disputa, a Sony e a Microsoft se preocuparam em mostrar jogos. A dona do PlayStation mostrou uma série de jogos, como Gran Turismo 5 e inFamous, além de reforçar o lançamento de Uncharted, que estava próximo. O Xbox, por sua vez, trouxe o terceiro capítulo de Halo, Bioshock e Assassins Creed.
2008 — A revolução digital
Seguindo a mesma toada do ano anterior, a feira foi diminuta, mas nem por isso seus anúncios deixaram a desejar. A Sony, que vinha sofrendo com sua rede online, a PlayStation Network (também conhecida como PSN), anunciou parcerias com estúdios de cinema para incrementar seu serviço. Nos jogos, a empresa anunciou o game do simpático Sackboy, o LittleBigPlanet, e também informou a criação do Greatest Hits, que trazia grandes clássicos do console pela metade do preço.
A Nintendo seguiu a sua onda casual e apresentou vários jogos dessa linha, como o Wii Music, uma resposta a títulos como Guitar Hero. Mas nem tudo foi tão ruim. Animal Crossing: City Folk foi apresentado, e também foi anunciado que a empresa estava trabalhando em jogos da franquia Mario, Zelda e Pikmin, mas esses últimos de forma mais discreta.
Por fim, a Microsoft, pela primeira vez na história da feira, permitiu que os donos do Xbox 360 assistissem à apresentação da empresa através da Xbox Live. Nos jogos, diversos títulos foram apresentados, como Final Fantasy XIII, Gears of War 2 e Fable 2.
2009 – Os Beatles tomam o palco
Em 2009 tudo voltou ao normal, e o evento voltou a ser gigante como era em 2007. A Microsoft só faltou colocar fogo nas cortinas do palco, já que trouxe Paul McCartney e Ringo Starr para divulgar Rock Band: The Beatles. Ela fez também a primeira apresentação do Projeto Natal, o sensor de movimentos da empresa de Bill Gates. Outros jogos também foram apresentados, como Halo: Reach, Halo 3: OSDT, Forza Motorsport 3 e Crackdown 2.
A Nintendo resolveu agradar os fãs de longa da empresa e anunciou dois jogos para o Nintendo Wii: Metroid: Other M e Super Mario Galaxy 2. Shigeru Miyamoto também deu as caras para informar que um novo game da franquia Zelda estava em desenvolvimento.
Nessa época, a Sony sofria com as vendas do PlayStation 3. Para tentar reverter a situação, a empresa começou sua apresentação com Uncharted 2 e mostrou uma série de outros títulos, como Gran Turismo 5, Final Fantasy XIV, The Last Guardian e fechou com God of War 3. Ela anunciou também o PlayStation Move, que caiu no esquecimento em pouco tempo.
2010 — O ano dos detectores de movimento
Seguindo a tendência criada pela Nintendo com o Wii, Sony e Microsoft investiram em seus detectores de movimento. A Microsoft apresentou oficialmente o seu Kinect, com diversos jogos que aproveitavam ao máximo o seu sensor. Outros games foram anunciados, como Fable 3 e o Call of Duty do ano.
A Nintendo mostrou que não estava para brincadeiras e Shigeru Miyamoto revelou a mais nova aventura de Link em The Legend of Zelda: Skyward Sword, considerado o primeiro jogo da série em sua linha do tempo principal. Outras duas franquias receberiam novos títulos, Donkey Kong e Kirby, e o Nintendo 3DS foi apresentado.
O novo portátil da Nintendo tinha como diferencial a capacidade de reproduzir o efeito de três dimensões em uma tela sem a necessidade de óculos. Como jogo de lançamento, ela mostrou o game Kid Icarus: Uprising, que abusa do 3D. Para fechar os anúncios, haviam os remasters de outros games para o portátil, com destaque para Star Fox 64 e The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D.
Enquanto isso, a Sony anunciou a PlayStation Plus, que prometia dar uma série de jogos para seus usuários, além de descontos na loja e outros cacarecos. No campo dos games, a empresa anunciou Infamous 2, Killzone 3, LittleBigPlanet 2 e muitos outros.
2011 – A Nintendo tenta recuperar os players hardcore
O ano de mais uma geração de consoles. Depois de encher os tubos de dinheiro com o Wii, a Nintendo sentiu que precisava lançar um novo console para agradar os seus fãs de velha guarda, ou os jogadores hardcore. Assim, a empresa trouxe à E3 o Wii U (um nome tanto infeliz). O console possui um tablet que serve tanto como tela (às vezes tela de suporte) quanto como controle. Ele possui um microfone, dois alto falantes, câmera e tela de toque.
A Sony queria bater de frente com a Nintendo no mundo dos portáteis e fez mais uma investida, com o bom PlayStation Vita. O novo aparelho tinha tela de toque, dois analógicos e uma tela de alta qualidade, entre outras funcionalidades.
Correndo por fora estava a Microsoft, que focou nos jogos. Como novidade, ela anunciou Halo 4 e o remake do primeiro título da franquia, chamado de Halo: Combat Evolved Anniversary. Houve ainda apresentações de Gears of War e Forza Motorsport 4.
2012 – O ano de Watch Dogs
Esse foi um ano de transição para a indústria dos games. Apesar do Wii U já ter sido anunciado, nem Sony nem Microsoft estavam prontas para mostrar seus novos aparelhos. Além disso, como o custo de produção estava cada vez maior, poucas empresas apostavam em novas franquias no fim de geração.
A Nintendo mostrou a nova aventura do Mario em New Super Mario Bros. U, e também Pikmin 3 e Rayman Legends. A Microsoft trouxe um ar de frescor para suas franquias, anunciando o excelente Forza Horizon e Gears of Wars: Judgement, além de trazer novas cenas para Halo 4. A mãe do PlayStation mostrou nada mais, nada menos do que The Last of Us naquela feira, game que viria a arrebatar uma legião de fãs no futuro, e outro game exclusivo – Beyond: Two Souls. Para o seu portátil, o PlayStation Vita, que derrapava nas vendas, a empresa anunciou uma nova aventura de Sackboy em LittleBigPlanet, Assassin’s Creed III: Liberation e outros games.
Mas dentre todos os jogos, um deles roubou a cena: Watch Dogs, da Ubisoft. Mostrando gráficos incrivelmente absurdos (tão absurdos que nem dá para mensurar aqui), o game prometia bater de frente com a franquia GTA, mas como sabemos, tudo foi um grande exagero. Watch Dogs é um bom jogo, mas sua apresentação exagerada acabou mais machucando-o do que trazendo-lhe benefícios.
2013 – O capítulo da guerra dos consoles
E mais uma vez, estamos em ano de uma nova geração. A Microsoft foi a primeira a fazer a sua apresentação, mas falhas de comunicação afetaram muito a mensagem que a companhia queria passar. A ideia da empresa era transformar o seu Xbox One em uma central multimídia, mas muita gente não entendeu a ideia. No campo dos jogos, a empresa de Bill Gates apresentou diversos jogos, como Halo 5, Forza Motorsport 5 e o impressionante Ryse: Son of Rome.
A Sony, como sempre, detonou seu adversário ainda durante o evento. O PlayStation 4 iria custar US$ 399 , enquanto o Xbox One sairia por US$ 499. Além disso, a empresa se aproveitou de todos os erros da sua rival e tirou muito sarro da situação. Alguns jogos deram as caras no evento, como Knack, Killzone: Shadowfall e The Order: 1886.
Enquanto isso, a Nintendo sofria. O 3DS derrapava nas vendas, o Wii U ia muito mal e a empresa via as desenvolvedoras abandonando o seu console de mesa. Então, ao invés de fazer uma grande apresentação no palco, a casa do Mario apresentou um vídeo gravado. Alguns bons jogos foram anunciados, como Super Mario 3D World (que acabou de receber um remaster), Mario Kart 8 (que também já recebeu uma nova versão) e um novo Super Smash Bros., que saiu para o 3DS e o Wii U.
2014 – O ano da realidade virtual
Com os consoles da geração lançados e estabelecidos, era a hora de apresentar os jogos. E, para variar um pouco, ninguém quis arriscar muito, então era a hora de apresentar uma grande quantidade de sequências. A Microsoft apresentou Gears of War 4, Halo 5: Guardians, Halo: The Master Chief Collection, Forza Horizon 2 e, como única novidade, Quantum Break.
A Nintendo, ainda sofrendo com as vendas do Wii U, apresentou alguns jogos interessantes para seus fãs. Ela garantiu a exclusividade de Bayonetta 2, além de apresentar outros jogos, como Xenoblade Chronicles X, Hyrule Warriors, Mario Maker e o que viria a ser The Legend of Zelda: Breath of the Wild.
Quem chamou um pouco mais de atenção foi a Sony, já que ela apresentou o Project Morpheus, o sistema de Realidade Virtual para o PlayStation 4. Alguns games também surgiram na feira, como LittleBigPlanet 3, Persona 5 e Uncharted 4.
2015 – A retomada da Xbox
Foi em 2015 que a Microsoft mudou totalmente de direção. Phil Spencer já havia tomado posse da direção do Xbox e tudo começou a melhorar. Foi nessa E3 que ela anunciou o programa de retrocompatibilidade com consoles anteriores, que veio a ser expandido com o tempo, e já emendou anunciando Rare Replay, com 30 jogos clássicos da Rare. Foram anunciados também Forza Motorsport 6, Recore e alguns jogos multiplataforma.
A Sony, por outro lado, contra-atacou com o anúncio de uma grande remake: Final Fantasy 7. Além dele, foram apresentados outros games, como o ótimo Horizon Zero Dawn, o retorno de The Last Guardian e Uncharted 4: A Thief ‘s End. Por fim, a Nintendo pareceu guardar suas armas e apresentou pouca coisa. Dentre os destaques, temos Mario Tennis: Ultra Smash, Mario Maker novamente e Star Fox Zero.
2016 – Microsoft e Nintendo dominam o evento
A apresentação da Nintendo foi dominada por um único jogo: The Legend of Zelda: Breath of the Wild. A empresa dissecou todas as novidades do jogos e roubou totalmente a cena. A Sony, por sua vez, apresentou uma série de jogos para seu sistema de realidade virtual, além de outros ótimos jogos, como God of War, Death Stranding, Spider Man, Detroit: Become Human, Days Gone e muitos outros.
A Microsoft iniciou seu evento apresentando uma nova versão menor do seu console, o Xbox One S, e o sistema Play Anywhere, onde um jogo comprado no Xbox poderia ser jogado no PC e vice-versa. Foi nessa E3 que o famigerado e natimorto Scalebound foi anunciado, além de jogos como Forza Horizon 3, Halo Wars 2, State of Decay 2 e muitos outros.
2017 – Phil Spencer e o Xbox One X
Até o ano de 2017, a Microsoft vinha perdendo no quesito poder para a Sony, mas Phil Spencer começou sua apresentação mudando isso. Até então conhecido como Project Scorpio, foi oficialmente anunciado o Xbox One X, muitas vezes mais poderoso que o Xbox One original. Um dos grandes jogos anunciados na feira foi Forza Motorsport 7, junto a Metro Exodus e muitos outros.
A concorrente direto da Microsoft, a Sony não tinha muita coisa para mostrar esse ano, então ela requentou vários títulos previamente anunciados, como God of War, Spider Man, Days Gone, Detroit: Become Human e outros.
A Nintendo, correndo por fora, já havia lançado e maravilhado o mundo com o Nintendo Switch, mas mais especificamente com The Legend of Zelda: Breath of the Wild. Então só restou à Big N apresentar o que todos esperavam: mais jogos. Para isso, ela anunciou Arms, Splatoon 2 e um novo jogo da franquia Pokémon, que pela primeira vez chegaria a um console de mesa. Houve também uma maior divulgação do novo game do bigodudo mais amado do mundo em Super Mario Odyssey, que seria lançado no final daquele ano.
2018 – The Last of Us, Halo e Fire Emblem
Para a Sony, o ano de 2018 foi no mínimo diferente. Sua apresentação começou com um solo de banjo, seguido de um trailer do vindouro The Last of Us Part II, e depois seguiu com uma conversa longa e um trailer de Ghost of Tsushima. Outros jogos já anunciados deram as caras, como Kingdom Hearts 3 e alguns outros.
No lado verde da força, a Microsoft começou com o mais novo capítulo da sua clássica franquia: Halo Infinite, cujo lançamento deve ser realizado no fim de 2021, depois de uma série de adiamentos. A empresa seguiu mostrando Ori and the Will of the Wisps e mais detalhes de games como Forza Horizon 4, entre outros.
Mas quem roubou a cena do evento foi a Nintendo. Ela anunciou Super Smash Bros. Ultimate, que ainda está recebendo diversas atualizações e DLCs. Tivemos ainda Fire Emblem: Three Houses, Octopath Traveler (que na época se chamava Octopath Project) e um novo game, Daemon X Machina.
2019 – A Sony abandona a feira, o Xbox muda tudo
O ano de 2019 foi diferente para a E3: a Sony desistiu de participar do evento, o que abriu caminho para a Nintendo e a Microsoft brilharem. A casa do Mario não perdeu tempo e anunciou uma série de jogos para o Nintendo Switch. Dentre os mais importantes podemos citar Luigi’s Mansion 3, No More Heroes 3, Astral Chain, Marvel Ultimate Alliance 3, Animal Crossing: New Horizons e muitos outros títulos.
A Microsoft apresentou durante a E3 a menina dos olhos: o Xbox GamePass Ultimate, que junta os serviços da Xbox Live Gold e do Xbox GamePass em um só. A empresa continua adicionando jogos no serviço e melhorando sua qualidade; além disso, ainda anunciou uma série de jogos como CrossFireX, Gears Pop, Minecraft Dungeons, The Outer Worlds e muitos outros.
Em 2020, por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus, a E3 acabou sendo cancelada, mas já está garantida para acontecer em 2021, entre os dias 12 e 15 de junho – e teremos uma cobertura completa aqui no Showmetech.
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