Quando se fala em programadores e desenvolvedores, o que nos vem à mente é a imagem de pessoas jovens e antenadas no mundo tech. Na WWDC 2017, Conferência de Desenvolvedores realizada pela Apple, um anúncio feito pelo CEO da empresa Tim Cook nos chamou a atenção e suscitou a pergunta: em que idade se deve começar a aprender a programar?
De acordo com ele, o mais jovem desenvolvedor presente na Conferência tinha 10 anos. Trata-se do jovem Yuma, que começou a programar aos 6 anos. Além disso, a desenvolvedora mais experimentada era a japonesa Masako Wakamiya, que, com mais de 80 anos, lançou seu primeiro aplicativo na App Store.
O exemplo de Yuma mostra uma tendência atual. Cada vez mais escolas tem introduzido programação e robótica em seus currículos. Várias escolas especializadas possuem como programa pedagógico usar a programação como ferramenta de desenvolvimento cognitivo de crianças e adolescentes.
Não só a importância da tecnologia da informação, mas também a sua capacidade de estimular o desenvolvimento lógico e cognitivo tem feito com que a procura por cursos de tecnologia para crianças cresç cada vez mais. Isso sem contar o contato natural que os mais jovens têm com a tecnologia. Yuma é fruto desse novo contexto. Além de começar a aprender cedo, foi um pouco mais além e já tem 5 aplicativos na loja da Apple. Não é à toa que chamou a atenção de Tim Cook.
Aprender a programar depois de mais velho
A situação oposta porém é mais interessante. Com novos desenvolvedores aprendendo cada vez mais cedo, cresce também a imagem de que tecnologia e programação é algo “jovem”, que exige energia e entusiasmo que “apenas” a juventude possui.
O mesmo Tim Cook apresentou uma contra-prova na WWDC 2017. Masako Wakamiya tem 82 anos e além de um aplicativo na loja da Apple, gerencia também um portal na internet para registrar memórias de pessoas que viveram no Japão durante a Segunda Guerra Mundial. Wakamiya decidiu que iria aprender a usar bem um computador já com 60 anos de idade, pois queria continuar atualizada e conectada com o mundo. Aprender a programar foi ainda mais tarde.
O mercado profissional é um tanto ingrato com desenvolvedores de idade avançada. É sabido que a empregabilidade de pessoas mais velhas diminui à medida que a idade avança, principalmente em áreas vistas como jovens e empreendedoras, como TI.
No entanto, apesar de a idade avançada poder fazer com que o tempo de aprendizado seja um pouco maior, o exemplo de Masako mostra que não é impecilho para aprender a programar. Tenha você 30, 40 ou 60 anos, o aprendizado não só é possível como ainda pode render frutos saborosos como a participação na conferência de uma das maiores referências da indústria do mundo.
Conclusão
Nunca é cedo nem tarde demais para aprender a programar. Cada idade tem as suas dificuldades e facilidades. Depois de mais velho talvez você tenha mais dinheiro pra investir e objetivos bem definidos. Mais jovem você terá mais facilidade e capacidade de arriscar. Em ambos os casos aprender é possível, Yuma e Wakamiya estão aí para dar o exemplo.
Para fechar, ficam dois vídeos. Um referente a apresentação que Wakamiya fez no TedTalks em 2015, e outro com uma entrevista de outra jovem programadora que participou da WWDC 2017.
https://www.youtube.com/watch?v=sfQmio9uhBw
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