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Quando falamos de tecnologia de ponta para Smart TVs, rapidamente surgem essas duas siglas: OLED e QLED. Entretanto, como descobrir qual delas é a mais indicada para o seu uso? Bom, é isso que vamos tentar responder agora para vocês!
A principal representante da tecnologia QLED é a Samsung, enquanto a representante da OLED é a LG. Claro que outras empresas também já possuem suas preferências de tecnologia. Porém, as duas gigantes são as líderes de mercado em suas tecnologias e, constantemente, trocam farpas e indiretas questionando qual delas é a melhor.
Entre qualidades e defeitos, vamos analisar um pouco aqui o que temos de informação sobre cada uma, bem como suas características. Além disso, é bom dar uma olhada nas indicações de uso de cada uma, pois mesmo que tenham qualidades e defeitos próprios, nem sempre são indicadas para qualquer tipo de uso. Mas tudo a seu tempo.
As vantagens do OLED
OLED vem do inglês Organic Light Emitting Diode, ou seja, Diodo Emissor de Luz Orgânico. Nessa tecnologia desenvolvida pela própria LG, a Smart TV conta com um painel repleto de diodos orgânicos que substituem as lâmpadas LED.
Essas tecnologia permite que esses pequenos díodos acendam de forma autonoma, dispensando painéis traseiros de iluminação. Isso faz com quê TVs com essa tecnologia tenham um sistema de contraste muito mais vívido do que todas as suas concorrentes. Sendo a única tecnologia a alcançar de fato o “verdadeiro preto”.
Além disso, o problema do ângulo de visão que outros modelos de TV possuem é resolvido aqui. Por conta desse funcionamento que dispensa iluminação traseira, o espectador consegue ver perfeitamente a tela OLED quase que em qualquer posição dos 180º ao redor dela. O que faz essa a melhor TV para muitas pessoas verem ao mesmo tempo.
Em termos de hardware em si, os diodos orgânicos das TV OLED são ainda menores que os LED. Com isso, a espessura do aparelho é bem menor, ocupando menos espaço. Outro aspecto interessante da tecnologia é o fato dela permitir a criação de telas curvadas com o mesmo nível de resistência das tradicionais.
QLED e suas qualidades
Para início de conversa, o QLED mantém a iluminação traseira, sendo essa uma das principais diferenças entre ela e a tecnologia OLED. Entretanto, mesmo que isso pareça um atraso se comparada à concorrente, isso permite cores mais precisas em altos níveis de brilho.
Junto a isso, esses modelos de Smart TV possuem um filtro de reflexão baixíssimo. Isso possibilita melhoras consideráveis na poluição por reflexos de fora do painel. Com se não bastasse, o nível de fidelidade que essa tecnologia possui com cores é incrível!
Fora essas qualidades, temos também o brilho das TV QLED. Sua faixa de brilho pode variar de 1500 a 2000 nits, enquanto a média de outros aparelhos é de 1000 nits. Isso permite que as imagens em uma TV QLED fiquem bem em qualquer tipo de ambiente.
A Samsung ainda conseguiu, com isso tudo, diminuir a quantidade de cabos que saem do seu aparelho de TV. Ela fez isso tirando as conexões de locais visíveis. Apenas um de força e um cabo óptico saem da TV, conectando-se com um hub externo, chamado One Connect. Este sim, junta todas as conexões necessárias.
Pensando ainda nessa convergência de equipamentos, a QLED centraliza tudo em seu Q Smart. Essa funcionalidade, inserida no sistema SmartTizen, permite que o usuário acesse todos os menus de todos os aparelhos conectados de uma única vez.
Os problemas da OLED
Entretanto, temos alguns problemas relacionados às duas tecnologias. Primeiramente, sobre o OLED, o potencial máximo de brilho do aparelho é bem baixo. Com isso, as imagens são bem mais escuras que normalmente vemos em outros aparelhos. Isso afeta diretamente o volume de cor deixando cenas muito claras com problemas nos níveis de saturação.
Fora isso, problemas com alguns modelos que utilizam essa tecnologia foram identificados. Esses problemas são relacionados, principalmente, a transição de cenas. Nesses momentos, são formados borrões de movimento na TV que atrapalham a experiência. Isso se dá porque alguns fabricantes suvaizam a ação de movimento desligando os OLED antes da tela ser redesenhada.
Por fim, o principal ponto fraco do OLED é a sua vida útil. Esta é muito inferior a de aparelhos semelhantes. Em sua última estimativa, temos um número de 14 mil horas de uso de vida útil. Nessa mesma lógica, TVs como as de LCD e LED chegam a mais de 25 mil horas.
QLED e suas fraquezas
Inicialmente, temos no QLED o problema do preto. Como a TV é muito focada no alto nível de brilho, as escalas mais próximas do preto nem se comparam com as alcançadas pelas TV OLED. Além disso, o chamado preto absoluto nunca é alcançado por este modelo.
Outra de suas desvantagens é em suas invoações, que são bem poucas. Para os consumidores mais ávidos por novidades tecnológicas, pouco realmente é inédito nas QLED. O que temos aqui é de fato a melhor forma de aproveitar tecnologias já utilizadas antes, como a de pontos quânticos.
O efeito Burn-In
Porém, existe um ponto de divergência entre as duas tecnologias que pode ser crucial para uma parcela muito significativa de consumidores: os usuários de videogames. As pessoas ávidas por consumir games podem não gostar muito do rendimento das OLED, principalmente por conta da sua durabilidade.
Utilizando-se em média um televisor ligado 5 horas por dia, os OLED durariam em média 7 anos, o que é bastante tempo. Entretanto, caso a tela seja utilizada por muito tempo em um ponto estático, ela pode começar a ter marcas. Essas marcas, são justamente o ponto fraco para utilizar esse tipo de tecnologia para videogames.
Esse efeito, chamado de Burn-In, se dá quando um imagem estática fica manchada na tela mesmo após o jogo ou imagem ser removida dali. A própria Samsung, aproveitando o ponto fraco da concorrência, lançou um vídeo comparativo entre este aspecto em uma TV OLED e outra QLED. Mantendo jogadores utilizando a TV por cerca de 12h a TV OLED apresentou sinais de Burn-In, enquanto a QLED não.
https://www.youtube.com/watch?v=IYmymw8mDOU
A Samsung se sente tão confiante nesse quesito que ela prometeu uma garantia de 10 anos contra o efeito Burn-In.
Balanço final: o preço
Em um balanço final, podemos considerar que a QLED consegue um resultado quase tão bom quanto o da OLED. Como se não bastasse esse “empate técnico” seus preços inicialmente são bem semelhantes também. Modelos Samsung e LG das respectivas tecnologias possuem uma média de 6 mil reais em preço para seus equivalentes em 55 polegadas.
Entretanto, essa igualdade começa a desaparecer quando aumentamos o tamanho dos aparelhos. Um modelo de 65′ da Samsung (QLED) está na faixa de 12 a 13 mil reais. Enquanto isso, um modelo de mesmo tamanho da LG (OLED) está quase 16 mil. Isso se dá, principalmente, por conta da produção da tecnologia das OLED ser bem complexa.
Qual escolher?
Pudemos ver aqui que tanto a OLED como a QLED possuem características bem interessantes. Entretanto, algumas diferenças cruciais nas duas fazem uma separação muito categórica de seu público. Caso você não se importe em gastar um pouquinho mais por uma tecnologia mais inovadora, a OLED é ótima para você.
Entretanto, se seu foco é a durabilidade e se pretende utilizar a TV também para games, é melhor olhar com mais carinho para a QLED. Do mesmo modo, se você prefere uma TV que ocupe pouquíssimo espaço na sala, a OLED é melhor. Mas se prefere controles mais condensados e otimizados, a QLED será o suficiente pra você.
Com isso, esperamos deixar mais claro os pontos de convergência e divergência entre as duas tecnologias que, atualmente, competem em tom de igualdade no mercado.
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