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Há algum tempo, fizemos um comparativo aqui no Showmetech sobre o OLED e o QLED. Quando falamos de tecnologia de ponta para Smart TVs, rapidamente surgem essas duas siglas. Porém, chegou a hora de introduzir mais um concorrente nessa briga: o MicroLED. Então que tal retomarmos a esse assunto?
A principal representante da tecnologia QLED é a Samsung, enquanto a representante da OLED é a LG. Já o MicroLED está sendo desenvolvido inicialmente pela Samsung também, em resposta a algumas vantagens do OLED da rival.
Entre qualidades e defeitos, vamos analisar um pouco aqui o que temos de informação sobre as três. Além disso, é bom dar uma olhada nas indicações de uso de cada uma. Isso para sabermos se a nova aposta da Samsung é realmente mais viável do que as anteriores.
Retomando as vantagens do QLED
A principal diferença do QLED para as duas outras tecnologias comparadas aqui é o fato dele manter a iluminação traseira. Entretanto, mesmo que isso pareça um atraso, permite cores mais precisas com níveis de brilho bem elevados.
Contudo, os modelos de Smart TV QLED possuem um filtro de reflexão baixíssimo. Assim, ele garante melhoras consideráveis na poluição por reflexos de fora do painel. Além disso, o nível de fidelidade que essa tecnologia possui com cores é surpreendente.
Ainda temos também o brilho das TV QLED, que pode variar de 1500 a 2000 nits, enquanto a média de outros aparelhos é de 1000 nits. Isso permite que suas imagens sejam bem mais nítidas em qualquer tipo de ambiente. Sobre a instalação, esses televisores possuem pouquíssimos cabos de instalação visíveis. Isso por conta do One Connect, um hub externo que junta todas as conexões necessárias.
Os pontos altos do OLED
Por sua vez, o OLED, tecnologia desenvolvida pela própria LG, conta com um painel repleto de diodos orgânicos que substituem as lâmpadas LED na sua televisão. Essa tecnologia permite que seus pequenos díodos acendam de forma autônoma, dispensando painéis traseiros de iluminação.
Assim, TVs com essa tecnologia possuem um sistema de contraste muito mais vívido do que as concorrentes. Sendo que pode também alcançar o chamado “verdadeiro preto”. Fora isso, o problema do ângulo de visão que outros modelos de TV possuem é resolvido na OLED.
Por conta da ausência de iluminação traseira, o espectador consegue ver as imagens da tela OLED quase que em qualquer posição dos 180º ao redor dela com perfeição. Em termos de hardware em si, os diodos orgânicos das TV OLED são ainda menores que os LED. (https://inboundrem.com) Com isso, a espessura do aparelho é bem menor, ocupando menos espaço e permitindo a criação de telas curvas.
As vantagens do MicroLED
É importante já começarmos dizendo que a tecnologia de MicroLED da Samsung não é igual às TVs de LED. Entretanto, ela se assemelha bastante ao OLED da LG. Isso por conta de recursos que a equiparam com a concorrente como o “verdadeiro preto” e a taxa de contraste infinita.
Agora em comparação, o MicroLED não é simplesmente igual ao OLED. Entre suas particularidades estão o fato da tecnologia contar com material inorgânico para a produção de luz, o nitreto de gálio (GaN). O OLED, em comparação, utiliza produtos orgânicos.
A vantagem do GaN do MicroLED nesse caso é o fato dele dispensar o uso de camadas com polarizadores ou encapsulamento diante do painel de milhões de LEDs. Com isso, a tela MicroLED consegue ser ainda mais fina que o OLED! Seu consumo de energia também é bem menor, consumindo cerca de 50% menos energia do que o OLED e 90% menos que um LCD tradicional.
Por fim, uma última vantagem do MicroLED é a sua abrangência. Isso porque os painéis mais finos junto com a economia incrível de energia faz dele uma tecnologia útil não só para TVs. Pense nas possibilidades de aplicar essa tela futurista em smartphones, por exemplo.
Os pontos fracos do QLED
Inicialmente, temos no QLED o problema do preto. Comparado ao OLED ou ao MicroLED, a escala mais próxima do “verdadeiro preto” alcançado pela QLED é um cinza muito escuro. Isso porque a TV é muito focada no alto nível de brilho. Assim, suas escalas mais próximas do preto nem se comparam com o preto absoluto do OLED ou do MicroLED.
Outra de suas desvantagens é em suas inovações, que são bem poucas. Para os consumidores mais ávidos por novidades tecnológicas, pouco realmente é inédito nas QLED. O que temos aqui é de fato a melhor forma de aproveitar tecnologias já utilizadas antes, como a de pontos quânticos.
OLED e seus problemas
Por sua vez, o OLED possui um potencial máximo de brilho muito baixo. Com isso, as imagens são bem mais escuras que normalmente vemos em outros aparelhos. Isso afeta principalmente cenas muito claras, as quais ficam com problemas nos níveis de saturação.
Outro ponto fraco do OLED é a sua vida útil. Esta é muito inferior a de aparelhos semelhantes. Em sua última estimativa, temos um número de 14 mil horas de uso de vida útil. Nessa mesma lógica, TVs como as de LCD e LED chegam a mais de 25 mil horas. O MicroLED possui vida útil ainda maior, por conta de seus componentes inorgânicos.
Entretanto, seu ponto fraco mais relevante é o chamado efeito Burn-In. Isso pode ocorrer caso a tela da TV seja utilizada por muito tempo em um ponto estático. Com isso, marcas podem surgir em sua tela, o que prejudica o uso para determinados consumidores, como os de videogames.
O único ponto fraco do MicroLED
Vocês podem estar pensando: qual seria o problema de uma tecnologia que consegue superar os problemas do OLED, que era até então a tecnologia mais avançada de telas. Pois bem, na verdade, a tecnologia em si não possui um defeito claro. Sua vida útil é a maior do mercado, possui iluminação alta como o QLED, mas alcança o preto absoluto como o OLED. Some aí que ela é a menor tecnologia do mercado, sendo otimizada para uso até em smartphones.
Pois bem, o “calcanhar de Aquiles” do MicroLED é o seu valor de mercado. Isso porque a tecnologia ainda é extremamente cara de ser produzida. Além disso, o fato de ter uma vida útil muito maior, derivada de seus materiais inorgânicos só contribui mais ainda pro aumento do seu valor para o consumidor final.
Em comparação, isso a deixa um pouco em desvantagem com as outras tecnologias, que possuem um preço mais equiparado de mercado. Entretanto, vale lembrar que a igualdade entre QLED e OLED começa a desaparecer com o aumento do tamaho das telas. Ao ponto de em modelo de 65′ da Samsung (QLED) custar entre 12 a 13 mil reais enquanto um do mesmo tamanho da LG (OLED) está quase 16 mil. Nessa lógica, um MicroLED semelhante será ainda mais caro, mas somente teremos certeza no segundo semestre.
Então qual é a melhor?
Se você leu nosso texto anterior vai lembrar que falamos que algumas diferenças cruciais entre o QLED e o OLED fazem uma separação muito categórica de seu público. Isso porque enquanto a inovação de qualidade e tecnologia está nas mãos do OLED, o conforto para quem usa telas por um longo período está com o QLED.
Entretanto, quando adicionamos o MicroLED à competição, as coisas mudam um pouco. A Samsung o MicroLED com sua nova TV, a The Wall, e provou ser uma tecnologia genuinamente nova. Ela combina todos os pontos positivos das outras: brilho de pico muito alto, reprodução de cores extremamente grande, pretos absolutos, ângulos de visão mais amplos e sem risco de retenção de imagem ou de queima de tela.
Porém, essa perfeição vem com um custo altíssimo de produção que está, inclusive, atrasando a chegada do MicroLED ao mercado final. Com isso, mesmo que ele seja a tecnologia do futuro, ainda está longe de ser paupável para os consumidores. Com isso, o QLED ainda é válido, mesmo com vantagens do OLED em inovação. Agora, se você não possui problemas em gastar bem mais por uma tecnologia mais completa e duradoura, talvez esperar o final do ano pelo possível lançamento das primeiras MicroLED é a opção.
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