Um dos grandes “segredos” por trás da alta velocidade dos iPhones é que seus chips são projetados pela própria Apple. Diferentemente do que acontece com o Android, os iPhones contam com chips projetados especificamente para eles. Ou seja, a Apple desenha as características dos Apple AX de acordo com as exigências do iOS. Já os fabricantes Android costumam usar chips projetados por terceiros. Por exemplo, o Snapdragon 820/821 é um dos chips mais poderosos de 2016. Mas a Qualcomm, sua fabricante, trabalha com diversos fabricantes, como Samsung, LG, Xiaomi e Motorola, para mencionar somente alguns. Ou seja, deve lidar com as particularidades de cada um, como interfaces gráficas proprietárias e componentes exclusivos.
Apple A11
Segundo o BGR, o Apple A10 do iPhone 7/7 Plus ganha do Snapdragon 821 do Pixel/Pixel XL do Google por uma boa margem em alguns benchmarks. Esse é um resultado comum ano após ano, algo que provavelmente acontecerá de novo em 2017 com o iPhone 8. Ainda segundo o BGR, espera-se que o A11 seja desenvolvido em um processo de fabricação de 10 nanômetros (e não 7 nanômetros, como esperava-se), ainda que não seja o único. Qualcomm (Snapdragon), HiSilicon (Kirin), MediaTek (Helio) e Spreadtrum já prometeram fazer o mesmo. No caso, esses chips seriam projetados pela TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Company) ou pela Samsung, que garantiram que suas fábricas estarão prontas para tal em 2017.
As especificações do Apple A11 ainda são um mistério. O Apple A10 foi o primeiro chip da empresa a implementar 4 núcleos. No caso, usa a arquitetura big.LITTLE, com dois núcleos de alto desempenho e outros dois de economia de energia. Foi um marco para o iPhone, que usa processadores dual-core desde o iPhone 4S. Com o iPhone 8, a Apple provavelmente manterá os quatro núcleos, mas com uma organização interna diferente. Como geralmente acontece, virá também com uma das mais poderosas GPUs disponíveis da Imagination Technologies, isso pareado com 3 ou 4 GB de memória RAM.
Rumores apontam para o uso da tecnologia OLED, mas a resolução de tela provavelmente será o mesmo. Esse ponto, por si só, já “alivia” a configuração, já que os concorrentes Android costumam trabalhar com resoluções Quad-HD. Apesar de usar menos núcleos, o Apple A11 continuará a usar seus núcleos exclusivos. Isso implica em uma eficiência maior, já que eles serão projetados exclusivamente para o iPhone 8. Temos uns bons meses pela frente, mas dificilmente nos decepcionaremos com a configuração do próximo iPhone, cotado para ser o mais revolucionário da empresa até então.
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