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A ideia de padronizar as placas veiculares do Brasil com as do restante do Mercosul vem sendo adiada desde 2016. Contudo, segundo uma resolução publicada nesta quinta-feira (8) pelo Conselho Nacional de Trânsito, Contran, os carros vendidos no Brasil a partir de 1º setembro deste ano já terão as novas placas.
Foco em segurança
Além de um layout padronizado com outros países do Mercosul, as placas a serem adotadas no Brasil terão novidades para impedir a prática de clonagem: com a adoção de um chip e um código QR em cada placa, ambos contendo informações sobre o veículo e o condutor, o governo federal espera tornar mais fácil a identificação deste tipo de crime.
Assim como acontece nas placas padronizadas da União Européia, um modelo único de placa para todo o Mercosul pode facilitar a fiscalização por veículos roubados ou utilizados como instrumento de outros crimes.
Outra novidade das placas é um sistema de identificação diferente do atualmente utilizado no Brasil. Por aqui, as placas veiculares são compostas de três letras e quatro números. Já no novo padrão, no entanto, a única regra é que o último caractere seja um número, para não atrapalhar as cidades que adotam o esquema de rodízio. ()
Mudanças no visual
As mudanças no visual das placas também têm como alvo dificultar as fraudes. Ao todo, são nove elementos de segurança, incluindo marcas d’água, estampas, bandeiras e até mesmo uma faixa holográfica, igual as presentes em notas de R$ 50 e 100.
Em veículos particulares, a placa terá fundo branco e inscrições em preto. Já em carros comerciais, como os táxis, o padrão branco e vermelho continua valendo. Segundo a resolução publicada pelo Contran, as dimensões das novas placas também serão as mesmas das usadas hoje em dia. Ou seja, 40 x 13 cm para carros e 20 x 17 cm para motos.
Será que dessa vez é pra valer?
Apesar de países como a Argentina e o Uruguai já utilizarem as novas placas, o Brasil vem adiando a implementação do novo layout desde 2016. Quando questionado sobre o por que dos atrasos envolvendo a mudança, o Departamento Nacional de Trânsito, o Denatran, alegou que o novo padrão exige um banco de dados integrando todos os membros do Mercosul.
Caso a ideia realmente vá pra frente desta vez, todos os veículos emplacados a partir de 1º de setembro terão de trazer o novo padrão. Além disso, para os modelos fabricados antes desta data, o prazo final para trocar a antiga placa pela nova é de até dezembro de 2023.
Mesmo com tanta tecnologia nas novas placas, espera-se que o custo da troca continue o mesmo. Entre R$ 120 e R$ 200, a depender de cada município.
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