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Os notebooks tiveram um aumento de demanda com a pandemia do novo coronavírus, em que as pessoas se viram obrigadas a deixar seus escritórios e salas de aula para trabalhar e estudar em casa. Com isso, veio a necessidade de se investir em boas máquinas, e um dos pontos a se avaliar na compra de um novo laptop é a placa de vídeo, mas como escolher entre uma placa integrada ou dedicada? Qual a sua função? A que tipo de público elas são voltadas? E é exatamente isso que iremos responder aqui.
O que é uma placa de vídeo?
Antes de mais nada é importante tirar o elefante branco dessa matéria. Por mais que muitas pessoas saibam a finalidade dessas peças, e para outras seja um pouco óbvio, é importante ter conhecimento sobre qual é o objetivo por trás dos chips gráficos. As GPUs (Unidades de Processamento Gráfico) são responsáveis por gerar a imagem que você vê na tela do seu computador, seja a própria área de trabalho do Windows ou de um vídeo que você assiste pelo YouTube.
Placa integrada vs placa dedicada
Quando falamos em notebooks essas placas gráficas se dividem em duas tipos: as integradas e as dedicadas. Cada uma delas possui o mesmo objetivo de fornecimento de imagens, entretanto, são criadas para trabalharem de formas distintas.
Integrada
Quando falamos em uma placa de vídeo integrada nos referimos àqueles chips que são embutidos na nossa placa-mãe e construídos juntos com o processador. Devido a essa razão eles são menores, mais baratos, e consomem menos energia do sistema, visto que o seu desempenho também é inferior.
Bem, por ser inferior não significa que elas não funcionem de maneira correta, e muito pelo contrário. São as placas de vídeo integradas que equipam a grande maioria de notebooks vendidos. Alguns modelos de entrada, como o Lenovo IdeaPad S145, conta com um processador Intel Celeron e vem equipado com uma placa de vídeo integrada da Intel, a UHD Graphics 620.
Quando falamos em placas desse perfil não podemos esperar performances extraordinárias, ainda mais quando acopladas a CPUs mais fracas, como o próprio Celeron ou um Pentium. Entretanto, processadores mais parrudos como um i5 podem ter esse mesmo chip gráfico incluso, mas por se tratar de um sistema mais potente conseguirá gerenciar aplicações mais pesadas de uma forma melhor.
Falando nisso, uma placa de vídeo integrada pode não ser a melhor escolha caso você esteja procurando rodar jogos pesados, como os grandes lançamentos, ou usar programas de edição que exijam mais da sua máquina, como editores de vídeo (Sony Vegas, Adobe Premiere, After Effects) e ferramentas de edição (Blender, Cinema4D).
Claro, é preciso ter ciência que existem infinitas combinações de hardware em um notebook e usar placas integradas não quer dizer que você não poderá renderizar um vídeo, apenas que esse processo será bem lento. Assim como alguns jogos poderão rodar na sua máquina, mas não espere muito, até porque é uma característica de placas de vídeo integradas compartilharem memória RAM do sistema. Por exemplo, caso você tenha 8GB de memória RAM em seu sistema, 1 ou 2GB poderão ser “emprestados” à placa de vídeo.
Portanto, uma placa integrada é recomendada para aquele usuário que pretende realizar tarefas mais cotidianas com seu notebook, como apenas navegar na internet, escrever documentos no Word, assistir filmes, e etc.
Dedicada
Se antes o assunto eram tarefas mais simples, agora podemos subir o nível e trabalhar com mais poder de fogo. Isso acontece pois uma placa de vídeo dedicada para notebooks não é mais acoplada a um processador, mas sim ligada separadamente na placa-mãe.
Essa ligação distinta permite que a placa gráfica tenha mais performance para aplicações pesadas, visto que é projetada para isso e também não precisa compartilhar mais memória, já que possui memórias dedicadas e um pequeno ventilador para garantir que essa construção não aqueça demais, mas mesmo assim ficam bem quentes.
Com isso, podemos chegar à conclusão que esses chips são bem mais poderosos do que os anteriores, entregando um desempenho alto para jogos AAA, como Call of Duty Warzone, Doom, Shadow of the Tomb Raider e vários outros. Entretanto, é importante salientar que ter uma placa de vídeo dedicada em seu notebook não é sinônimo de rodar todo e qualquer game, já que seguimos a mesma lógica de placas para desktops: quanto mais pesado o game for, mais poderosa sua placa gráfica precisa ser.
Programas de edição e renders também não fogem dessa regra. Quanto mais potente as suas configurações forem, mais rápidos serão os resultados finais de um projeto. E aqui também é bom frisar que apenas um chip gráfico potente não fará milagres. É essencial que o seu processador e memórias estejam em equilíbrio com todo o conjunto. Faz sentido, não?
Para termos de comparação usaremos o mesmo exemplo de notebook citado anteriormente, o Lenovo IdeaPad S145, mas dessa vez uma versão superior do modelo, com 8GB de RAM, processador Intel Core i5 8265U, e uma NVIDIA GeForce MX110. É interessante notar que por mais que o aparelho possua uma placa de vídeo integrada ele não vai bem em games, justamente por já não se tratar de uma peça de alta performance.
Entretanto, se virarmos a página para outros notebooks, como o modelo gamer Lenovo Legion Y540 que traz um Core i7 9750H, 16GB de RAM e uma GPU GeForce RTX 2060, a situação já muda drasticamente. Estamos falando de um produto de alto desempenho e que enfrentará todos os lançamentos do mercado em qualidades altas a 60 frames e em 1080p, além de ter desempenho suficiente para encarar softwares de edição pesados sem trazer dor de cabeça. O único problema aqui é o preço de R$ 9.749,00.
Não há para onde correr. Se um computador de mesa equipado com uma boa placa de vídeo já não é barato, um notebook equivalente pode facilmente sair pelo dobro do preço. Portanto, na hora de escolher o seu aparelho e a placa de vídeo que virá junta a ele é importante pensar nos altos custos que isso inclui.
Conclusão
Escolher uma placa de vídeo para o seu notebook não é tão difícil, basta se atentar para qual é o seu perfil de consumidor e que tarefas você irá desempenhar com o vindouro aparelho. Caso esteja à procura de algo mais casual e não possa gastar muito, a melhor opção deve ser um chip integrado. Entretanto, se o que você quer é performance e pretende trabalhar ou passar horas em aplicações pesadas e jogos, a resposta é uma placa dedicada, mas prepare-se para investir um boa quantia nisso.
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