Índice
- Afinal, por que junho é o mês do Orgulho LGBTQIA+?
- Personagens LGBTQIA+ nos jogos
- Birdo – Super Mario Bros 2 (1988)
- Poison – Final Fight (1989)
- Alucard – Castlevania (1997)
- Neeko, Diana e Leona – League of Legends (2007)
- Trevor Philips – GTA V (2013)
- Ellie – The Last of Us (2013)
- Cremisius Aclassi – Dragon Age: Inquisition (2014)
- Kung Jin – Mortal Kombat X (2015)
- Chloe Price – Life is Strange (2015)
- Soldado 76 e Tracer – Overwatch (2016)
- Makoa Gibraltar – Apex Legends (2019)
- Veja também:
- Descubra mais sobre Showmetech
Junho é marcado para a comunidade LGBTQIA+ como o mês do Orgulho e faremos parte deste momento ao listarmos personagens LGBTQIA+ nos jogos, evidenciando que, apesar do frequente boicote e repressão, ainda resistimos e somos representados em várias mídias atuais, inclusive nos jogos!
Afinal, por que junho é o mês do Orgulho LGBTQIA+?
Tudo começou na cidade de Nova York, em 1969, quando policiais realizaram atos de violência contra o público LGBTQIA+ que estava no famoso bar, Stonewall. As pessoas que estavam dentro do bar, frequentadores e outras pessoas da comunidade que presenciaram o ato, resistiram por dias, recebendo todo o suporte contra os atos discriminatórios. Uma das pessoas mais importantes neste ato, a travesti e ativista Marsha P. Johnson, é lembrada com seu devido mérito até hoje como pioneira no ativismo LGBTQIA+.
Personagens LGBTQIA+ nos jogos
Birdo – Super Mario Bros 2 (1988)
Considerada a primeira personagem transexual no mundo dos jogos, Birdo é uma criatura que se assemelha a um dinossauro, assim como o famoso Yoshi. No jogo ela é uma vilã que atira ovos de sua boca para causar dano. No manual do jogo americano diz: “é um garoto que pensa ser uma garota”. Birdo é icônica por ser retratada como a primeira trans nos jogos, por ser forte e bastante carismática, principalmente nas suas aparições mais recentes. A moça ainda participa de vários outros títulos da Nintendo como Super Mario RPG, Mario Tennis e Super Smash Bros.
Poison – Final Fight (1989)
Tendo sua primeira aparição em Final Fight, Poison é uma mulher transexual poderosa. Final Fight é um jogo beat-’em-up (comumente conhecido no Brasil como “briga de rua”, onde a personagem vai passando pelo estágio conforme luta com inimigos) e geralmente são vistas poucas mulheres nesse tipo de jogo, principalmente na época em que foi lançado. Poison foi apresentada como uma vilã forte que saltava para escapar de ataques e usava uma voadora para atacar.
A princípio Poison seria uma mulher cis, mas temendo ações judiciais afirmando que no jogo havia espancamento de mulheres, a Capcom a registrou como transexual, o que continua errado, pois trans ou cis, Poison continua sendo uma mulher. Alguns anos depois a personagem foi inclusa em outros títulos como Street Fighter × Tekken e Ultra Street Fighter 4.
Alucard – Castlevania (1997)
Tendo sua primeira aparição em 1989 no jogo Castlevania III: Dracula’s Curse, Adrian Tepes, ou como é popularmente conhecido, Alucard, foi eternizado por seu protagonismo no título Castlevania: Symphony of the Night, inicialmente produzido para PlayStation (1). Apesar de não ser dito nestes títulos, Alucard é bissexual, e essa característica é explorada em outras mídias (que não informarei pois pode ser spoiler para alguém desavisado). Pegando os fãs da série de surpresa, o dampiro e filho de Drácula, por ser bissexual, também faz parte da comunidade LGBTQIA+.
Neeko, Diana e Leona – League of Legends (2007)
League of Legends possui mais de cem personagens jogáveis, entre eles as mais variadas características como suas terras natais, idiomas conhecidos, se são humanos ou não… inclusive sua sexualidade. Neeko é uma vastaya (espécie híbrida de animais selvagens e humanos) que possui atração por outras personagens femininas e, conforme divulgado por um funcionário da Riot Games, ela é lésbica.
Além dela também temos Diana e Leona, que são de tribos opostas e, apesar da rivalidade de seus clãs, possuem uma paixão romântica mútua. Inclusive este ano a Riot está comemorando o mês do Orgulho LGBTQIA+ tendo Diana e Leona em destaque. Incluo também uma menção honrosa ao Varus, campeão que é composto pela junção de um casal de homens gays.
Trevor Philips – GTA V (2013)
Apesar de GTA ser um jogo que não é tão comumente jogado pela comunidade LGBTQIA+ (exceção à febre causada pela Samira Close após suas streams com a personagem Agatha Feroz), o jogo também possui personagens LGBTQIA+. Neste caso temos o pansexual Trevor Philips. Um violento sociopata que mata sem remorso algum. Definitivamente essa não é uma das melhores influências para a comunidade, mas com certeza é muito importante que haja esse tipo de inclusão, independente do jogo. Introduzir personagens LGBTQIA+ atrai não somente um público específico para o jogo, mas também enriquece a história do personagem e do jogo como um todo.
Ellie – The Last of Us (2013)
Uma das personagens LGBTQIA+ mais icônicas dos últimos tempos, Ellie da franquia The Last of Us possui bastante visibilidade no mundo gamer. Sua sexualidade foi explorada no segundo título da saga, onde, infelizmente, muitas pessoas acabaram criticando o jogo e dizendo que isso não deveria ser abordado, o que causou um certo burburinho na época de seu lançamento. A protagonista é muito forte e resistente, passando por diversas lutas e perdas durante sua jornada, é satisfatório ver alguém com a história de Ellie representando a comunidade LGBTQIA+.
Ellie é lésbica e possui uma relação com Dina, que é uma mulher bissexual. Há um momento no jogo em que ambas estão dançando e acabam sofrendo represália por terem se beijado. É uma cena revoltante e emocionante, trazendo bastante identificação para à comunidade LGBTQIA+. A empresa responsável pelo jogo, Naughty Dog, costuma investir na história dos jogos e dos personagens, algo que com certeza abrilhanta a experiência do jogador. Esperamos ver mais exemplos!
Cremisius Aclassi – Dragon Age: Inquisition (2014)
Neste RPG vemos Cremisius Aclassi, também conhecido como Krem. Ele é um garoto trans, ou seja, nasceu garota mas nunca se identificou com o gênero. Seu pai precisou se vender à escravidão para ajudar a família e depois disso, Krem se juntou ao exército para tentar melhorar essa situação. Como o jogo retrata uma época bem antiga, aqui o papel das mulheres durante guerras e conflitos eram limitados, então Krem subornava o curandeiro que realizava exames físicos para que não expunha sua condição. Posteriormente Krem se juntou aos Qunari, um grupo que não fazia distinção de gênero para quem se juntava a eles, desde que desempenhassem seu papel como deveria.
Kung Jin – Mortal Kombat X (2015)
Um dos jogos mais famosos de luta no mundo inteiro possui, em sua gama de títulos e personagens, uma figura LGBTQIA+. Estamos falando de Kung Jin, sobrinho do famoso Kung Lao, ambos possuindo exímias habilidades com projéteis: arco e flecha e chapéu, respectivamente. Participante da Sociedade da Lótus Branca, Kung Jin acredita que pode ser rejeitado por ser gay, um medo que não se atém somente aos jogos eletrônicos. Até então tido como único LGBTQIA+ em Mortal Kombat, também contamos com o casal Mileena e Tanya, que foi confirmado por uma das desenvolvedoras do jogo, Stephanie Brownback, através de um podcast.
Chloe Price – Life is Strange (2015)
Chloe Price é aquela adolescente punk rock, rebelde e que possui todos aqueles problemas juvenis. Ela é apaixonada por Rachel e conforme você vai jogando, descobre mais sobre o relacionamento de ambas e o próprio desenvolvimento da personagem, que inclusive sofre de depressão, característica comum entre jovens LGBTQIA+, por não conseguirem se sentir inseridos em rodas de amigos, dentro da própria família e inclusive seguros consigo mesmo. Life is Strange é uma saga muito interessante e que possui uma história e tanto, e Chloe aparece como protagonista no título Life os Strange: Before the Storm, onde seu relacionamento com Rachel é mais abordado.
Soldado 76 e Tracer – Overwatch (2016)
Overwatch ganhou o prêmio de Jogo do Ano em 2016, o que trouxe grande reputação ao FPS da Blizzard. Nele há vários personagens maravilhosos, incluindo o Soldado: 76 e a tida como protagonista do game, Tracer; e eles são gays. Por se tratar de um jogo grande — e de uma empresa grande — Overwatch acabou recebendo muitas críticas sobre a sexualidade dos personagem terem sido exploradas, algo que, infelizmente, acaba sendo comum neste nicho. Entretanto, a comunidade LGBTQIA+ e seus aliados receberam a informação com bastante felicidade e orgulho, principalmente por termos uma (como Ellie em The Last of Us, outra) protagonista LGBTQIA+ nos jogos.
Makoa Gibraltar – Apex Legends (2019)
Por último e definitivamente não menos importante, temos o conhecido como Gibraltar, personagem jogável no battle royale Apex Legends. Na história, vemos que Gibraltar é um homem gay que sua gentileza chega ser tamanha tal qual sua altura, mas não se engane, há quem diga que ele consegue esmagar um crânio com suas próprias mãos. É abordado em sua história que possui problemas relacionados ao seu pai e que namora um moço chamado Nikolas.
Personagens LGBTQIA+ estão em vários títulos dos jogos e apesar de muitas pessoas não saberem disso, por de fato não ser algo que necessariamente deva ser um espanto, é algo gratificante e significativo para quem é da comunidade, por conseguirem enxergar representatividade em um mundo que tanto nos omite e banaliza pelo simples fato de amarmos quem amamos.
Veja também:
Ainda sobre personagens LGBTQIA+, Confira Out, o curta-metragem com o primeiro protagonista gay da Pixar.
Fonte: Dragged gaming, WhatCulture e Advocate.
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