Depois de 40 anos de atividade, a Panasonic encerra fabricação de TVs no Brasil. A empresa já havia estudado a paralisação da produção de TVs em Manaus e decidiu seguir com o fechamento até o fim do ano. Em um mercado supercompetitivo como o de televisores, companhias como Samsung e LG acabaram detendo a maioria dos consumidores, tornando os negócios do nicho não mais vantajosos como antes para a Panasonic. A Sony também seguiu o mesmo caminho em março deste ano.
Como consequência, foi feita a demissão em massa de 130 funcionários que trabalhavam com as TVs da marca. O número representa 5% dos trabalhadores totais da empresa no Brasil. A Panasonic pretende continuar a fabricar itens de som, voltados ao setor automotivo, soluções corporativas e outros produtos para casa, o que segundo a empresa é uma tendência global da marca.
O futuro da Panasonic
O vice-presidente de eletrodomésticos da Panasonic, Sergei Epof, disse em entrevista que a empresa reforçou sua qualidade em outros produtos para fazer o desligamento do cenário de televisores no País.
Foi um movimento global planejado para o Brasil depois de crescer nos demais pilares da empresa. Eu não vejo o acontecimento como algo ligado ao momento atual do Brasil
Sergei Epof, vice-presidente de eletrodomésticos da Panasonic
A Panasonic ainda afirma acreditar na sua posição no mercado brasileiro e continuará a trazer novos produtos visando outros públicos, além das TVs. “Essa decisão criará uma oportunidade para as outras frentes de negócio nas quais a Panasonic continua a crescer”, declarou a empresa.
Instalada no Polo Industrial de Manaus, nenhuma outra fábrica ao redor do Brasil terá suas portas fechadas permanentemente. A corporação tem funcionários atuando em Extrema, em Minas Gerais, onde são produzidos refrigeradores e máquinas de lavar, e em São José dos Campos, onde são feitas suas famosas pilhas. Na capital paulistana, está localizado um escritório administrativo.
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