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O Showmetech TRIO é um compilado com as notícias mais interessantes da semana. Hoje vamos falar de um possível novo período geológico da Lua, que deve ter relação direta com a interferência de atividades humanas; trouxemos também um pouco sobre cientistas que desenvolveram “mini cérebros” a partir de células-tronco; e mostraremos estudos que apontam como o Ozempic, remédio utilizado no tratamento da diabetes, pode ajudar também na redução do consumo de álcool. Esse é o Showmetech TRIO, o seu trio semanal de notícias.
Novo período geológico lunar
O impacto da atividade humana nas características naturais da Terra levou pesquisadores a propor a existência de uma nova época geológica, o Antropoceno. Agora, essa influência também pode ser observada na Lua, de acordo com um grupo de pesquisadores da Universidade de Kansas, nos Estados Unidos, que argumenta que as atividades de agências espaciais na superfície lunar já têm mais impacto que os eventos naturais.
Os pesquisadores defendem a necessidade de designar uma nova era geológica para a Lua, considerando essas alterações. Desde 1959, quando a União Soviética lançou a sonda Luna 2, os seres humanos têm interferido na superfície lunar. Posteriormente, os Estados Unidos, a China e a Índia também realizaram pousos na Lua.
Segundo os pesquisadores, foram identificadas perturbações causadas pelos humanos em pelo menos 59 locais na superfície lunar. As missões espaciais também deixaram objetos descartados, como partes de espaçonaves, bandeiras, bolas de golfe e resíduos.
Essas interferências humanas têm provocado mais movimentação de regolito – a camada superficial de solo lunar – que os processos naturais, como os impactos de meteoróides e os escassos fenômenos como terremotos lunares fracos, esporádicos.
Atualmente, a Lua está no Período Copernicano, que remonta a mais de um bilhão de anos, enquanto a Terra passou por cerca de 15 períodos geológicos no mesmo intervalo de tempo. Justin Allen Holcomb, cientista da Universidade de Kansas, destaca que ainda há muita variação nas estimativas dos impactos humanos na Lua, mas os cientistas expressam preocupações devido aos planos das agências espaciais de explorar ainda mais o satélite natural da Terra.
Mini cérebros desenvolvidos por células-tronco
Cientistas divulgaram, em um artigo de 2021, descobertas sobre mini cérebros desenvolvidos em laboratório a partir de células-tronco. Eles apresentaram a formação espontânea de estruturas oculares. Cultivados em placas, cientistas observaram o crescimento de dois corpos ópticos bilateralmente simétricos num processo semelhante ao desenvolvimento de estruturas oculares em embriões humanos. Esse resultado contribuirá para a compreensão dos processos de diferenciação e desenvolvimento ocular, além de oferecer informações valiosas sobre doenças oculares.
É importante ressaltar que esses organoides cerebrais não devem ser confundidos com cérebros reais. São estruturas tridimensionais em pequena escala, cultivadas a partir de células-tronco, obtidas de humanos adultos e submetidas a um processo de engenharia reversa com potencial para se desenvolverem em diversos tipos de tecidos.
Nesse contexto, as células-tronco são direcionadas a se desenvolverem em pequenas esferas de tecido cerebral, sem apresentar características semelhantes a pensamentos, emoções ou consciência. Esses “mini cérebros” são utilizados para propósitos de pesquisa nos quais o uso de cérebros reais vivos não seria possível, ou no mínimo eticamente desafiador. Isso inclui testes de respostas a medicamentos e observações do desenvolvimento celular em condições adversas específicas.
OZEMPIC contra o alcoolismo
Os benefícios do Ozempic e do Wegovy podem estar além da perda de peso. Por mais de uma década, estudos têm indicado que medicamentos semelhantes, inicialmente desenvolvidos para tratar a diabetes, possuem um efeito colateral: reduzem o desejo por álcool.
Já em 2011, pesquisadores na Índia observaram que um medicamento chamado liraglutido, um agonista do receptor de GLP-1 utilizado no tratamento da diabetes, provocou uma diminuição no consumo de álcool em um pequeno grupo de pacientes. 9 dos 63 participantes pesquisados interromperam completamente o consumo de álcool.
Os sinais indicativos de que esses tipos de medicamentos poderiam ser eficazes no tratamento do alcoolismo são observados há alguns anos. O primeiro agonista do receptor GLP-1 foi introduzido no mercado em 2005 na forma de exenatida, e relatos de uma redução no desejo por álcool têm sido consistentemente registrados desde então.
Se, de fato, essa droga segura e já aprovada puder reduzir o anseio por álcool, seu potencial para tratar o Transtorno por Uso de Álcool (também conhecido pela sigla AUD), que afeta estimadamente mais de 280 milhões de pessoas em todo o mundo, seria altamente promissor.
Com a disseminação do Ozempic nos últimos meses, surgem cada vez mais indícios de que esse medicamento não apenas diminui o apetite por alimentos, mas também reduz o desejo por compras online, tabagismo, roer unhas e consumo de álcool. Isso pode ser um indicativo de efeito ansiolítico, ou seja, combatendo consequências da ansiedade.
Você confere a seguir o Showmetech TRIO desta semana:
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Confira a nossa última edição do Showmetech TRIO! Como de costume falamos sobre diversos assuntos relacionados a games, tecnologia e cultura pop. Dá só uma olhada no que trouxemos:
- Dream Track, ferramenta que clona vozes;
- Influencer de IA faturando muito!;
- Tesla Cybertruck.
Fonte: Wired e Science Alert
Revisado por Glauco Vital em 11/12/23.
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