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O mundo acompanha um misterioso vírus que colocou a China em alerta. Chamado de Coronavírus (2019-nCoV), o surto tem deixado dezenas de pessoas com sintomas semelhantes ao de pneumonia. Autoridades chinesas confirmaram nesta quarta-feira (22) que subiu para 17 o número de mortos e ainda há 444 pessoas infectadas.
Outros países asiáticos já foram afetados. São eles: Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Tailândia. Os Estados Unidos registraram o primeiro caso na última terça, 21 de janeiro. Segundo o The New York Times, a pessoa afetada é um homem de 30 anos que chegou ao estado de Washington.
O que é Coronavírus e como ele surgiu?
Segundo o Ministério da Saúde, os Coronavírus são grupos virais capazes de provocar infecções respiratórias em animais e seres humanos. Eles recebem esse nome por conta de suas espículas na espécie, que parecem uma coroa.
Em seres humanos, os Coronavírus podem provocar problemas respiratórios leves ou moderados. Os sintomas mais comuns são: febre, dificuldade de respirar, dor de garganta, coriza e tosse.
Ainda não há muitos detalhes sobre a variante do vírus que surgiu na China (também chamada de “novo coronavírus 2019” e “2019-nCov”). A Organização Mundial de Saúde (OMS) explica que diversos coronavírus (que são conhecidos) estão circulando em animais que ainda não infectam seres humanos.
Com o avanço de
pesquisas, é possível identificar novos vírus. Por exemplo, em 2002
identificou-se que o SARS-CoV foi transmitido de gatos para humanos, na
China. Entre 2002 e 2003, a SARS-CoV deixou mais de 800 mortos. Em 2012,
localizaram o MERS-CoV em camelos dromedários que infectou humanos na Arábia
Saudita.
Autoridades chinesas acreditam que o novo coronavírus 2019 surgiu em um mercado de carne e peixe em Wuhan, na China. O local também comercializa outros animais como coelhos e pássaros.
De acordo com reportagem do VOX, agentes de saúde de Wuhan relatam que os pacientes infectados com Coronavírus eram “principalmente funcionários e compradores de negócios”. Portanto, há a suspeita de que o vírus possa se propagar para os humanos a partir de um dos animais do mercado.
Ainda assim, novos
casos começaram a surgir com pessoas que não estiveram no mercado. Ou seja,
isso traz um desdobramento ao caso, mostrando que a infecção pode ocorrer de
humano para humano. O próprio governo da China confirmou essa informação.
Ameaça Global
O NYT mostrou que um homem de 30 anos está infectado no Estado de Washington, sendo este o primeiro caso no país. Ele mora no condado de Snohomish (EUA) e estava em Wuhan, com retorno aos Estados Unidos no dia 15 de janeiro.
Três dos principais
aeroportos do país estão sendo monitorados: em Nova York (JFK), em Los Angeles
(LAX) e em São Francisco (SFO). Os aeroportos de Chicago e Atlanta começaram a
examinar passageiros que chegam de Wuhan.
Os riscos para o Brasil
Uma pessoa no Brasil pode estar infectada com Coronavírus. A confirmação veio da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). A paciente, uma mulher brasileira de 35 anos, está internada no Hospital Eduardo de Menezes. De acordo com a nota divulgada pela Secretaria Estadual de Saúde, a paciente esteve em Xangai (China) e desembarcou em Belo Horizonte no dia 18 de janeiro. Ela apresenta sintomas compatíveis com a doença.
Neste mês, o Ministério da Saúde alertou as vigilâncias sanitárias de portos e aeroportos para reforçar os cuidados e orientar os viajantes.
Entre as orientações,
estão: utilizar lenço descartável para higiene nasal, lavar e higienizar as
mãos com frequência, lavar as mãos após espirrar e tossir, manter os ambientes
bem ventilados, entre outros.
Sintomas do Coronavírus (e tratamentos)
Os sintomas podem
variar de acordo com o vírus. Mas os mais comuns são: sintomas
respiratórios, febre, tosse, falta de ar e dificuldades respiratórias. Em
casos mais graves, a pessoa pode ter pneumonia, insuficiência renal, síndrome
respiratória aguda grave e até morte.
Por ser uma doença
descoberta recentemente, não é possível falar em tratamentos eficazes. A Organização
Mundial de Saúde diz que quando surge uma doença nova, não há vacina até
que seja desenvolvida. A criação dela pode demorar alguns anos.
Há informações de que
o National Institutes of Health já está trabalhando em uma vacina para
combater a doença. Entretanto, como bem alertou a OMS, ela pode levar cerca de
um ano para chegar aos postos e hospitais. (theseedpharm.com)
Emergência de saúde
Com novos casos
surgindo fora China, existe a possibilidade da Organização Mundial de Saúde declarar
“emergência de saúde pública de interesse internacional” a qualquer
momento.
A OMS irá se reunir nesta quarta-feira, 22 de janeiro, em Genebra (Suíça) para decidir se decreta ou não emergência de saúde. A classificação foi utilizada em outras situações de surtos pelo mundo. Por exemplo, em 2009, quando houve o auge do vírus H1N1 (a gripe suína). Também foi declarado emergência com a zika vírus e a febre amarela, que afetou a África Ocidental e a República democrática do Congo.
Fontes: Business Insider; Vox; NYT; OMS; Ministério da Saúde; Organização Mundial de Saúde (OMS).
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