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Você já ouviu falar sobre a tecnologia DLSS da Nvidia? Abreviatura para Deep Learning Super Sampling, ela é uma das apostas da companhia para entregar jogos em uma qualidade mais alta ao mesmo tempo em que também fornece um maior desempenho em quadros por segundo, o que soa um pouco estranho a primeira vista, já que os dois pontos geralmente trabalham de forma totalmente oposta. Mas afinal de contas, o que é DLSS e como ela funciona na prática? Nesta matéria, o Showmetech responde essas e outras perguntas, além de listar os principais games e placas de vídeos compatíveis com o recurso.
O que é DLSS e como ela funciona?
Deep Learning Super Sampling, conhecida também como DLSS, é uma tecnologia de inteligência artificial criada pela multinacional Nvidia com o intuito de incrementar o desempenho do seu computador, mesmo quando você executa configurações mais altas. Ela surgiu a partir de uma pesquisa interna da Nvidia, mais precisamente em 2016, quando a equipe apresentou um algoritmo especializado em reparar e reconstruir imagens danificadas ou com pedaços intencionalmente removidos. Utilizando dessa IA, o principal objetivo é colocar menos pressão em sua GPU, renderizando a imagem original em uma resolução mais baixa e, posteriormente, aumentando a imagem para dar a impressão de que está sendo executada em uma resolução mais alta.
De forma bastante prática, imagine-se jogando um título AAA com configurações máximas em um monitor 4K com gráficos fantásticos e de tirar o fôlego. Com o DLSS ativado, na verdade, o game estaria rodando a 1080p, sendo então aumentado pela IA para 4K. Isso significa que, por estar jogando apenas em 1080p, o impacto para a placa de vídeo seria muito menor do que se ela, de fato, estivesse tendo que trabalhar para entregar uma resolução 4K. Sendo assim, temos jogos menos pesados, um menor estresse para a placa de vídeo e ganhos notórios de frames por segundo (FPS), isso tudo sem trazer prejuízos para a qualidade gráfica.
Sendo uma tecnologia exclusiva da plataforma Nvidia GeForce RTX, ela trabalha em conjunto com o sistema de Ray Tracing, também criado pela Nvidia e que usa “traçados de raios” para criar melhores efeitos de luz, deixando os jogos mais realistas e exuberantes. Em 2020, a companhia anunciou a segunda versão da DLSS, que estreou no mercado juntamente com a API DirectX 12 Ultimate, abrindo as portas para o desenvolvimento de jogos com melhores índices de iluminação, sombras e texturas.
DLSS 2.0 e as mudanças em relação à 1ª geração
Com o DLSS 2.0, a Nvidia entrega uma velocidade de processamento duas vezes maior que a primeira geração, além de desempenho superior a 60 FPS em jogos na resolução 4K. Esta segunda geração surgiu como uma tentativa de eliminar alguns problemas, como os borrões que surgiam durante o processo de preenchimento de pixels. Outra novidade é a possibilidade de escolher entre três modos de prioridade: equilibrado, desempenho ou qualidade de imagem.
Lembra também quando falamos que o primeiro objetivo desse recurso era aumentar a qualidade gráfica e a performance em simultâneo? Pois bem, com a chegada da segunda versão, o trabalho de suavização de bordas, que impede que a imagem fique serrilhada, fica a cargo da DLSS. Normalmente é o recurso anti-serrilhado que faz esse trabalho, mas ele pesa bastante no desempenho do game, por isso o DLSS 2.0 promete resolver dois problemas em um processo só.
Outro ponto que mudou foi como a IA se comporta em cada máquina. Antes, o treinamento de inteligência artificial era feito para cada jogo em específico. Cada game tinha o seu código base do DLSS e a empresa tinha que decidir quais partes dele iriam participar desse treinamento de aprendizado. Isso demandava uma enorme carga de trabalho para que o recurso funcionasse de forma satisfatória. Agora, o DLSS trabalha de maneira um pouco diferente. Ele utiliza a imagem em uma qualidade bem inferior que será renderizada posteriormente e terá as informações de vetores de movimento do jogo processados de modo a treinar o algoritmo.
Os modos de qualidade de imagem do DLSS 2.0
Como dito mais acima, a chegada do DLSS 2.0 trouxe novos recursos para facilitar a vida do jogador. Entre as novidades estão os três modos de uso que podem ser personalizados conforme a necessidade. São eles: qualidade, equilibrado e desempenho. Com eles, o jogador pode escolher o que vai querer em cada jogo: uma imagem melhor e com mais detalhes, mais desempenho ou uma combinação dos dois.
O que estes modos fazem na prática é mudar a maneira como a imagem é renderizada, já que, a depender da seleção do jogador, a renderização será realizada em um quarto, um terço ou metade do tamanho da imagem. Caso o modo de qualidade esteja ativo, por exemplo, uma imagem em 4K será renderizada em Full HD e depois ampliada para a sua resolução original pela tecnologia.
Quais jogos suportam DLSS da Nvidia?
Quando o DLSS foi lançado pela Nvidia, pouquíssimos jogos eram compatíveis com o novo recurso. Ao longo do tempo, a empresa tentou torná-lo mais acessível aos desenvolvedores para que ele não precise ser treinado em jogos específicos para ter o melhor desempenho, mas, em vez disso, poderia ser mais amplamente integrado ao maior número possível de jogos. A lista oficial de jogos que suportam DLSS está em constante expansão e, atualmente, inclui mais de 150 jogos, segundo a própria Nvidia. Dentre eles estão os seguintes títulos:
- Amid Evil
- Alan Wake Remastered
- Anthem
- Aron’s Adventure
- Back 4 Blood
- Baldur’s Gate 3
- Battlefield 2042
- Battlefield V
- Bright Memory
- Call Of Duty: Black Ops Cold War
- Call of Duty: Modern Warfare
- Call of Duty: Warzone
- Control
- Crysis Remastered and Crysis Remastered Trilogy
- Cyberpunk 2077
- Death Stranding
- Deliver Us The Moon
- DOOM Eternal
- Enlisted
- Everspace 2
- F1 2020
- Final Fantasy XV
- Fortnite
- Ghostrunner
- Grand Theft Auto: The Trilogy
- Into The Radius VR
- Iron Conflict
- Justice
- Lego Builders’s Journey
- Marvel’s Avengers
- Mechwarrior V: Mercenaries
- Metro Exodus
- Metro Exodus PC Enhanced Edition
- Minecraft
- Monster Hunter: World
- Mount & Blade II Bannerlord
- Mortal Shell
- Naraka: Bladepoint
- Nioh 2: The Complete Edition
- No Man’s Sky
- Outriders
- Rainbow Six Siege
- Red Dead Redemption 2
- Ready or Not
- Redout: Space Assult
- Rust
- Severed Steel
- Scavengers
- Shadow of the Tomb Raider
- System Shock Demo
- The Medium
- The Fabled Woods
- War Thunder
- Watch Dogs Legion
- Wolfenstein Youngblood
- Wrench
Placas de vídeo RTX mais atuais com suporte ao DLSS
Atualmente, apenas placas de vídeo da série RTX possuem suporte ao DLSS. Confira a seguir, quais modelos RTX atuais da Nvidia oferecem a tecnologia.
RTX 3080 Ti – vendido na Amazon por R$ 13.298.
RTX 3080 – vendido na Amazon por R$ 9.990.
RTX 3070 Ti – vendido na Amazon por R$ 7.078.
RTX 3070 – vendido da Amazon por R$ 6.349.
RTX 3060 Ti – vendido na Amazon por R$ 6.102.
RTX 3060 – vendido na Amazon por R$ 4.799.
RTX 3050 – vendido na Amazon por R$ 3.199.
AMD prepara tecnologia semelhante para 2022
Em busca de competir com a tecnologia da Nvidia, a AMD anunciou oficialmente sua próxima geração da tecnologia FSR (FidelityFX Super Resolution), que será incorporada nos jogos AAA mais recentes. Na prática, o FSR 2.0 pode superar uma série de burocracias desse tipo de funcionalidade e ser compatível com quase todos os jogos do mercado.
A nova tecnologia da AMD é baseada no algoritmo 1.0 do FSR e funciona diretamente pelo software de gerenciamento de drivers das placas Radeon. Em outras palavras, isso significa que o FSR 2.0 não vai exigir que os desenvolvedores de jogos implementem instruções da tecnologia de resolução aprimorada no código do game para dar suporte a ela – como ocorre com o DLSS –. A ideia da companhia é que tudo seja feito de forma automática e sem barreiras.
“Nós nunca paramos de investigar soluções melhores para ajudar a tornar os jogos melhores, então vocês não devem estar surpresos em ouvir que aumentamos a qualidade de nossa solução de aumento de escala! Estamos muito animados com o que alcançamos com o FSR 2.0 e mal podemos esperar para compartilhar com vocês em breve”
AMD em comunicado
As novidades do FSR 2.0 entregam:
- Qualidade de imagem similar ou melhor do que a nativa usando dados temporários:
- Anti-aliasing de alta qualidade;
- Qualidade de imagem mais alta que o FSR 1.0 em todas as configurações/resoluções de qualidade;
- Não há necessidade de um hardware dedicado de Inteligência Artificial;
- Aumento na taxa de quadros em jogos suportados de uma ampla gama de produtos e plataformas, tanto da AMD quanto em concorrentes selecionados.
O FSR 2.0 está previsto para ser lançado no segundo semestre de 2022.
O futuro da DLSS
É nítido que o DLSS 2.0 permitiu um grande salto em performance das placas de vídeo da Nvidia em jogos, unindo qualidade gráfica e desempenho. Apesar disso, ainda há pontos que necessitam de atenção e melhorias. Pensando nisso, a empresa fez questão de ressaltar que a rede DLSS continuará crescendo e melhorando com o tempo.
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No primeiro dia do NVIDIA GTC, a NVIDIA lançou arquitetura Hopper focada em inteligência artificial. Confira todos os detalhes nesta matéria do Showmetech.
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