Interstellar voyage wide

O buraco negro que Interestelar criou e não nos mostrou

Avatar de maicon strey

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Quem foi ao cinema assistir o filme Interestelar nem imagina que o buraco negro, no filme chamado de Gargantua, é a representação “mais próxima do real” já foi feita sobre o tema, mesmo levando-se em conta as modificações feitas a título de agradar ao público.
Para ajudar em toda a parte científica do filme, os produtores puderam contar com o apoio do cientista Kipp Thorne. Durante as pesquisas e produção das cenas espaciais foi desenvolvido um novo modelo para criar as imagens de um buraco negro, utilizando fundamentos reais da teoria da relatividade de Einstein e tudo mais que se tem direito. Após a finalização do modelo, os produtores acharam a imagem poluída demais, então algumas modificações foram feitas para que a imagem se tornasse mais agradável.

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Na imagem ao lado podemos ver cada um dos níveis que o buraco negro teve durante a produção do filme. No primeiro quadro vemos a simulação utilizada no filme e todos vimos. Thorne e os produtores descrevem esta como uma versão “moderadamente realística”

As outras duas imagens mostram como um buraco negro realmente deveria parecer. As principais modificações foram a utilização de feixes de raios de luz ao invés de raios individuais e também a diminuição da rotação do anel que circunda o buraco negro.

A primeira modificação torna a imagem mais suave e agradável aos olhos. Na versão original a imagem tinha um brilho um pouco instável e a variação luminosa causava um desconforto importante.

A segunda modificação foi mais estética mesmo, pois com a alta rotação do anel as partículas ficavam muito dispersas tornando a imagem confusa aos espectadores. Após o tratamento tudo ficou mais simétrico e mais fácil de ser compreendido.

Mesmo não tendo utilizado as imagens completas no filme, o trabalho realizado pela equipe junto ao estúdio Double Negative foi tão preciso que o cientista resolveu transformar aquilo num artigo científico que foi enviado para publicação em novembro de 2014 e publicado em janeiro de 2015.

Interestelar é um dos filmes mais fiéis aos aspectos científicos que tivemos nos últimos anos, ganhando ótimas críticas de especialistas como Neil De Grasse Tyson que, em uma entrevista no canal FOX, declarou dar nota ente 8 e 9 (numa escala de 0 a 10) para a cena em relação a sua “fidelidade ou precisão científica”.

Esperamos que venham muitos filmes científicos nos próximos anos e que eles possam contribuir para a evolução tecnológica e de exploração espacial.

Quer saber mais? Então assista esse vídeo (não oficial) mostrando como tudo foi feito:


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