O caso da famosa judia, Anne Frank, nunca teve um final muito conclusivo — até o momento. Após 77 anos de sua morte, a dúvida sobre como ela foi entregue aos campos de concentração nazistas sempre se manteve em mistério. Porém, com a ajuda da tecnologia atual, supõe-se que Arnold van den Bergh teria sido seu delator. Entenda.
Sobre a nova descoberta
Uma equipe do FBI responsável pelo caso, considerado arquivado (chamado cold case, ou caso gelado, em tradução literal), passou seis anos desvendando as ligações entre Anne Frank e potenciais suspeitos, usando, para tal artifício, algoritmos computadorizados de modo a dinamizar a investigação, dado que isso levaria muitos anos se fosse feito por mãos humanas.
O time conseguiu algumas pistas sobre como Anne Frank foi enviada aos campos de concentração. De acordo com as pesquisas, o suspeito é Arnold van den Bergh, um (também) judeu de Amsterdã. Os indícios apontam que ele tenha entregado o local onde Anne Frank e sua família estavam numa tentativa de proteger a própria família depois de perder seus já parcos direitos.
Arnold van den Bergh fazia parte do Conselho Judaico de Amsterdã, órgão que havia sido forçadamente instituído em áreas judaicas para implementar políticas nazistas. Em 1943 este grupo foi desfeito e seus membros enviados aos campos de concentração.
No fim das contas, a equipe responsável descobriu que Arnold van den Bergh não havia sido levado a nenhum campo de concentração e que, na verdade, ele estava vivendo em Amsterdã, na época. E pelas pesquisas, aparentemente, há indícios de que havia algum membro do Conselho Judaico entregando informações aos grupos nazistas.
Em arquivos de outros investigadores que trabalharam no caso, também havia menções sobre Arnold van den Bergh. Nos arquivos de ex-detetives foi encontrado, ainda, um bilhete destinado a Otto Frank, anônimo, que identificava van den Bergh como o delator.
O Diário de Anne Frank
A história de Anne Frank foi bastante difundida nas mídias, inclusive num livro pelo qual a a vida da moça foi registrada num diário, pelo qual ela relatava como vivia junto de sua família no sótão de uma casa em Amsterdã. Foram anotados seus medos, pequenas alegrias e cotidiano, bem como suas lutas para sobreviver ao Holocausto, terrível período pelo qual os nazistas implementavam sua política desumana.
Tudo o que foi registrado nesse diário — e posteriormente reproduzido nos livros ao redor do mundo — fala sobre os diversos episódios de fome e a constante angústia de serem descobertos neste esconderijo. O livro em português foi publicado exclusivamente pelo Grupo Editorial Record, devidamente autorizado pela Fundação Anne Frank. Você pode encontrar o livro “O Diário de Anne Frank – Edição Oficial” na Amazon.
No vídeo abaixo você encontra mais informações sobre as recentes descobertas do caso. O vídeo está em inglês e por enquanto ainda não dispõe de legendas — provavelmente por ser muito recente (lançado hoje).
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Fonte: BBC.
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