Você já pensou que as grandes empresas de tecnologia, especialmente os desenvolvedores de aplicativos que você utiliza no dia a dia, podem programar seus dispositivos para que você e sua família fiquem ligados a eles o tempo todo? Pois é, segundo um antigo executivo de uma das grandes empresas de tecnologia isto está acontecendo.
Se você fica olhando fixamente para o seu smartphone o tempo todo e não consegue fazer outra coisa quando vê alguma foto de alguém, ou fica desesperado quando tem uma nova notificação em sua rede social, você provavelmente é uma vítima de hacking cerebral. Sim, hacking cerebral. A recente revelação é do gerente de produtos do Google. E você pode estar se perguntando o que tem a ver isso?
Segundo a pesquisa “Futuro Digital em Foco Brasil 2015” (Digital Future Focus Brazil 2015), divulgada pela consultoria comScore mostra que os brasileiros já eram líderes em tempo gasto nas redes sociais, com o total de 650 horas por mês. A nossa média é 60% maior do que a do resto do planeta.
Mesmo assim podemos nem sempre estar viciados. O uso constante dos smartphones, por exemplo, pode estar ligado ao tédio, mas ‘vício’ talvez seja uma palavra muito forte para o que realmente está acontecendo. Para ser qualificado psicologicamente de vício, o aparelho ou o comportamento em questão têm que causar um estresse significativo à pessoa. Porém é preciso estar atento se o uso dos smartphones está afetando a sua vida pessoal, ou se está atrapalhando a vida profissional.
Estes aplicativo podem usar de truques para que você fique cada vez mais tempo preso a suas tecnologias. As grandes empresas precisam que os criadores de aplicativos forneçam os mais recentes algoritmos em alta tecnologia, que são usados para aprimorar os aplicativos e sua capacidade de serem cada vez mais clientes satisfeitos. Por outro lado, as grandes empresas também têm seus bancos de dados. Essas gigantes da tecnologia, aproveitam dessas informações para fornecer aos clientes tudo o que eles querem.
Também há empresas que usam algumas táticas de acordo com a característica do cliente para que ele fique preso a seus dispositivos e isso pode ter efeitos negativos dependendo do alcance que isso pode ter sobre a saúde a longo prazo e a falta de conhecimento de que o cliente está sendo usado pelas empresas.
De acordo com o site Tapscape, o ex-gerente de produtos do Google, Tristan Harris, disse que o Facebook usa truques semelhantes ao usado por casinos para garantir que você permaneça ligado ao seu dispositivo o maior tempo possível. Ele está entre os poucos executivos que esteve dentro das empresas de tecnologia a admitir publicamente que as empresas responsáveis “pela programação dos dispositivos móveis” estão trabalhando para garantir que você e sua família tenham o desejo de sempre estarem conectados aos seus telefones.
Como eles deixam você viciado?
De acordo com Harris, as gigantes do Vale do Silício, como o Facebook e o Google, estão empregando o que os programadores de computador chamam de “hacking cerebral” para fazer com que o seu cérebro fique conectado ao smartphone. As técnicas de hacking do cérebro usadas foram emprestadas dos casinos e são conhecidas por destruir a capacidade das pessoas se concentrarem.
Ou seja, os fluxos de notificação do Facebook são feitos para excitar o cérebro para que ele sempre necessite daquele aplicativo, da mesma forma que as máquinas caça-níqueis. Eles são voltados para distrair sua mente e criar um hábito. Os aplicativos podem, muitas vezes, permitir que os usuários coletem recompensas gradualmente ao longo do tempo, ou criar notificações que tenham uma periodicidade. O que faz com que o usuário permanece sempre interessado e abastecido com novos conteúdos.
Através dessas táticas, eles estão empenhados em moldar seus pensamentos e sentimentos.
Soluções?
A tecnologia trouxe para nós imensos benefícios. No entanto, ele também pode ser usado de uma forma que atrapalhe o nosso foco, destrua nossos relacionamentos e até mesmo cause diversos efeitos à saúde. Uma dessas maneiras é o cérebro viciado, que tem sido empregado por gigantes da tecnologia para nos deixar viciado em nossos dispositivos.
O que difere uma pessoa viciada, ou alguém que teve o cérebro “hackeado” é como ela age com suas redes sociais. É preciso lembrar que elas foram feitas para nos aproximar, facilitar a comunicação e não nos colocar em um mundo paralelo.
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