O ano começou triste para os fãs brasileiros da Nintendo. A empresa Gaming do Brasil, subsidiária da Juegos de Video Latinoamérica e responsável pela distribuição nacional de consoles de jogos, acaba de anunciar o encerramento destas atividades já em janeiro. De acordo com Bill van Zyll, diretor e gerente geral para América Latina da Nintendo of America, “o Brasil é um mercado importante para a Nintendo e lar de muitos fãs apaixonados mas, infelizmente, desafios no ambiente local de negócios fizeram nosso modelo de distribuição atual no país insustentável”.
Ele completa informando que “estes desafios incluem as altas tarifas sobre importação, que se aplicam ao nosso setor e a nossa decisão de não ter uma operação de fabricação local. Trabalhando junto com a Juegos de Video Latinoamérica, iremos monitorar a evolução do ambiente de negócios e avaliar a melhor maneira de servir nossos fãs brasileiros no futuro”.
Relação problemática
Há mais de um ano que a relação entre o Brasil e a Nintendo não anda nada bem. Para muitas pessoas, é impossível comprar conteúdo na loja online eShop do portátil Nintendo 3DS. E a causa disso é, justamente, porque a empresa falhou em se adequar às regulamentações bancárias que impossibilitam que cartões de crédito de bancos, como Bradesco, Itaú e Santander efetuem operações em lojas online que apresentam preços em reais, mas cobram em dólares.
Além disso, também não existe a loja online do console Wii U, um problema que impede jogadores de comprarem conteúdo exclusivo online, como os games clássicos do Virtual Console, e gera outras situações constrangedoras para marca e cliente. O game Mario Kart 8 recebeu um conteúdo extra gratuito que brasileiros não conseguem baixar, porque é preciso acessar a loja online. Mas, se não tem loja, não tem compra, certo?
E, para completar, a empresa também passa longe da tendência atual de oferecer títulos com tradução para o português, frustrando fãs leais dos consoles e games da Nintendo.
Contudo, a Juegos de Video Latinoamérica permanece como distribuidora da Nintendo para a América Latina. “Somos parceiros da Nintendo na distribuição de seus produtos na América Latina há 14 anos e continuamos comprometidos com a marca. E, enquanto nenhuma outra mudança acontece para outros mercados da região, estamos em uma posição em que precisamos reavaliar nossa abordagem na distribuição no Brasil”, comentou Bernard Josephs, CEO da Juegos de Video Latinamérica.
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