A Netflix, o YouTube e o Globoplay anunciam que vão diminuir a qualidade do streaming no Brasil durante a pandemia da COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus. Objetivo da medida, implementada nesta semana, é evitar congestionamento das redes, já que mais pessoas estão em casa, seja por quarentena ou distanciamento social.
No caso da Netflix, a assessoria de imprensa informou que a mudança deve ocorrer em até dois dias. Na prática, pouca coisa vai mudar, porque o público vai continuar tendo acesso a conteúdos em alta definição. Só que a qualidade mais alta de exibição de cada pacote de serviço – Ultra Alta Definição, Alta Definição e Definição Padrão – não será mais disponibilizada.
“Se você estiver particularmente sintonizado com uma qualidade de vídeo específica, poderá notar uma ligeira diminuição na qualidade em cada resolução.”
Comunicado da Netflix
Já no YouTube, a mudança já está valendo. Quando o usuário clica em algum vídeo, a plataforma exibe na qualidade de definição padrão (SD), que é a resolução de 480p.
Leia abaixo a nota da assessoria de imprensa do Google sobre a subsidiária YouTube, na íntegra:
“Continuamos a trabalhar em estreita colaboração com governos e operadoras de rede em todo o mundo para minimizar o impacto no sistema durante essa situação sem precedentes. Na semana passada, anunciamos que estamos temporariamente exibindo os vídeos do YouTube com qualidade de definição padrão (SD) na União Europeia. Dada a natureza global dessa crise, a partir de hoje expandimos essa mudança para o mundo todo”.
A Globo anunciou que seus serviços de streaming terão limitação na entrega de dados a partir desta semana. A medida vai afetar o Globoplay, G1, Globoesporte.com, GShow e Globosat Play. Com essa mudança, as resoluções 4K e 1080p (Full HD) não estarão disponíveis. O objetivo, segundo a empresa, é evitar o colapso da infraestrutura.
A medida afeta apenas o tráfego de dados, de forma que não há limites para quantidade de vídeos e/ou horas assistidas.
Streaming na Europa
A Netflix e o YouTube já haviam adotado a redução na qualidade do streaming na Europa, onde a pandemia da COVID-19 está mais grave e vários países decretaram confinamento como medida de contenção do novo coronavírus.
As autoridades chegaram a fazer um apelo às plataformas para ajudarem a manter a estabilidade da internet. Isso porque o home office e o confinamento na Europa, que se tornou o epicentro da pandemia, provocaram um aumento do tráfego nas redes.
Tanto a Netflix quanto o YouTube concordaram em reduzir a velocidade dos fluxos de transmissão durante 30 dias.
“Nós desenvolvemos, testamos e implantamos uma maneira de reduzir o tráfego da Netflix nas redes em 25%, começando pela Itália e Espanha, que estavam experimentando o maior impacto.”
Ken Florance, vice-presidente de entrega de conteúdo
Fontes: ABC News, Folha de S. Paulo, Olhar Digital e UOL
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