A Apple confronta diretamente o Netflix ao criar seu próprio provedor de conteúdo streaming. A iniciativa, ainda sem anúncio oficial, também representa ameaça direta às companhias de TV por assinatura convencionais (como a NET, Sky ou DirecTV).
As previsões relativas à confortável situação das empresas provedoras de TV por assinatura convencionais devem mudar. A razão se deve à recente popularidade das provedoras de “TVs por internet“, ou “Streaming TV“, onde o conteúdo é disponibilizado de acordo com gosto do cliente de forma “on demand“(imediata) por empresas como Netflix, Apple, Plex e várias outras.
Por enquanto, tal serviço ainda se encontra em desenvolvimento. Sabe-se apenas que a Apple tem conversado com as proprietárias dos conteúdos (Sony, HBO, MGM,…) em busca de enriquecer sua programação. Por enquanto não existe data de lançamento nem qualquer confirmação do projeto pela Apple. Assim que surgirem mais informações sobre o serviço e seu lançamento, atualizaremos todos os detalhes. Hulu e Sling TV também estão entre as empresas importantes que, no momento, negociam com a Apple seus termos de adesão.
Como se sabe, o próprio Netflix está entre os serviços encontrados nos dispositivos Apple. Resta saber se esta parceria continuará.
Mas o que é televisão via “streaming”, e por que ela ameaça a forma padrão de TV por assinatura?
Para quem ainda não experimentou, o modelo de conteúdo televisivo via internet (streaming TV) vêm crescendo e já desponta como opção funcional, prática e viável para substituir qualquer serviço de TV à cabo convencional. Basta uma conexão de internet (com pelo menos 10 Mbps de velocidade) e uma Smart TV, Apple TV, smartphone, Chromecast ou um computador ligado diretamente à TV.
As vantagens são:
- Assistir conteúdo antes de sua estreia na TV convencional;
- Programas, filmes e séries exclusivas dos serviços de streaming, bem como conteúdo de sites como YouTube, Vimeo e vários outros sites conhecidos da internet;
- Nesta modalidade, as tarifas costumam ser mais acessíveis ou inteiramente gratuitas;
- O usuário escolhe e assiste seus programas na hora que preferir;
- Mobilidade total, isto é, toda programação pode ser vista em qualquer plataforma, onde quer que o usuário esteja, via PC, tablet, smartphone ou similares.
Neste setor, o Netflix ainda se destaca como o mais popular provedor de conteúdo audiovisual por streaming do mercado. Com ele é possível assistir uma ampla biblioteca de filmes, séries e outros programas de tv. A assinatura começa por R$17, 90, preço muito menor que o praticado pela Net e suas similares.
A forma como se assiste TV ganha um grande “update” com esta novidade. Por exemplo… você senta na poltrona… pega seu telefone e abre seu aplicativo preferido de streaming (Netflix, Plex, Apple TV….. a lista só cresce); seu telefone vira um controle remoto “touch screen”, onde a programação fica acessível na ponta dos dedos. Basta escolher o programa, série ou filme desejado, para que este seja exibido em sua TV no momento que desejar. Grade de programação é coisa do passado.
Não significa que você possa ver qualquer programa que quiser, cada provedor possui sua biblioteca própria, restrita aos contratos feitos com as companhias produtoras de conteúdo cinematográfico, televisivo e audiovisual. Mas como se trata da internet, existem inúmeras formas de assistir, praticamente tudo que existir na rede.
Não se pode negar, já era hora deste reinado da “velha guarda” acabar. Exemplo disso, constata-se o amplo crescimento do movimento conhecido como “Cut the Cord“(corte o cabo – do inglês), que observa adesão cada vez maior de usuários que cancelam seus serviços de TV a cabo convencionais.
Outra crítica ao modelo atual é percebida toda vez que o usuário deseja adicionar determinado canal a seu pacote, para então se deparar com a imposição por parte destes “carteis“, pela inclusão de outros canais indesejados, porém tarifados, no pedido. Mesmo sendo prevista e proibida pelo Código de Defesa do consumidor, a “venda casada” continua como prática padrão exercida pelos maiores nomes do setor de TV por assinatura.
Como pessoal opinião do editor que vos fala, não costumo apreciar as atitudes da companhia criada por Steve Jobs e Wosniak, porém, recebo essa novidade com grande apreço, pois este que parecia ser eteno, monopólio das companhias de TV a cabo, bem como seus abusos, configuram algo que me causa profundo desprezo.
Quanto à inciativa por parte da Apple, já se esperava essa novidade, pois a companhia sempre desejou manter o controle total pelo conteúdo que disponibiliza, contrapondo-se as regras coercitivas impostas pelas transmissoras de conteúdo. Mas é previsto, como de costume, a disponibilização exclusiva do serviço apenas aos dispositivos fabricados pela companhia.
Fonte: Bgr.
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