Chatgpt em espaçonaves t alt cabine com telas e cadeiras em nave espacial, com ambiente visível pelos vidros da frente

NASA vai contar com tecnologia do ChatGPT em espaçonaves

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Em evento, a NASA mostra o desenvolvimento de tecnologia semelhante ao ChatGPT em espaçonaves, permitindo o uso de linguagem natural na comunicação entre tripulantes e veículo

Às estrelas: a tecnologia presente no ChatGPT vai chegar até o espaço. A agência espacial dos Estados Unidos, NASA, trabalha no desenvolvimento de sistemas de comunicação aprimorados para espaçonaves, que vão contar com Inteligência Artificial (IA). O sistema do ChatGPT em espaçonaves permitirá aos tripulantes comandar a espaçonave em linguagem natural, e fará com que o veículo também responda em linguagem natural sobre sua operação.

Durante um workshop que aconteceu entre 20 a 22 de junho, voltado à discussão de sistemas cognitivos para comunicação espacial, membros da NASA afirmaram que a interação com as naves vai atingir um nível de compreensão inédito de diversos fenômenos astronômicos. Agora, você confere mais sobre como as novas tecnologias de IA vão ser implementadas nas espaçonaves, aqui no Showmetech.

Como a tecnologia do ChatGPT em espaçonaves vai contribuir nas viagens ao espaço?

Tecnologias de ia gif mostrando tars se movimentando ao centro da imagem, em meio a um mar raso, onde se encontram outros aeronautas
No futuro, as tecnologias de IA da NASA vão ser ainda mais interativas (Imagem: Paramount Pictures/Reprodução).

Se você só achava que robôs como os de Interestelar (2014) e o famoso (porém temido) HAL 9000, de 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968), iriam apenas existir em filmes por muito tempo, pode estar um pouco enganado. Pode ser que eles não andem girando em outras superfícies fora da Terra, mas estas interações “deixam de ser ficção científica”, segundo a pesquisadora visitante da NASA, Larissa Suzuki.

A ideia é que nós vamos chegar a um ponto onde nós vamos ter interações como conversas com veículos espaciais, e eles também nos respondam, mandando alertas e descobertas interessantes que encontrem no sistema solar e além dele.

Larissa Suzuki, pesquisadora visitante da NASA
Sistema generativo t alt tars visto de frente, com computador à mostra, exibindo linhas de operação do sistema do robô
Tendo um sistema generativo eficiente, é possível ver informações cada vez mais precisas do espaço; no filme Interestelar (2014), o TARS funciona recebendo instruções dos astronautas (Imagem: Paramount Pictures/Reprodução).

A expectativa com ferramentas IA robustas em espaçonaves abarca outras funções importantes, como a detecção de falhas em transmissões de dados. Sobre isso, a Suzuki adiantou que, futuramente, tendo essas novas tecnologias os astronautas não vão ter problemas com sistemas que acabam perdendo sinal. Em relação a problemas operacionais, a pesquisadora também afirma que os exploradores vão ter menos trabalho, já que as tecnologias de IA podem indicar o que deve ser feito no caso de algum problema técnico em alguma peça dos veículos, por exemplo.

Conheça Larissa Suzuki, uma das responsáveis pelo avanço de sistemas de IA na NASA

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Pesquisadora, Larissa Suzuki trabalha tanto para a NASA como para o Google (imagem: Graeme Robertson/The Guardian).

Imagine trabalhar com computadores que indicam tipos de manobras a serem feitas no espaço. Ou ficar ocupado na construção de sistemas complexos, para análise de diversos tipos de substâncias e materiais encontrados fora do nosso planeta. Isso é apenas uma parte de tudo o que Suzuki desenvolve para a NASA, ao mesmo tempo em que exerce o cargo de diretora técnica no Google.

Eu sofria de bullying na escola todo santo dia por ser autista e não ter os mesmos interesses de outras garotas da minha idade.

Larissa Suzuki
Larissa suzuki t alt palestra em que a mulher está em frente a púpito vestindo ropuas de cores laranja e preto
Larissa Suzuki está em uma das galerias de uma exposição do Space Museum (Imagem: Information Age/Reprodução).

Desde a época da escola, ela pensava em trabalhar com tecnologia em prol da humanidade. Antes de trabalhar com tecnologia, Suzuki chegou a cursar música na faculdade, planejando se tornar uma pianista. Mais tarde, mudou de interesse e embarcou de vez em ciências da computação, contribuindo hoje para que os sistemas de exploração no espaço sejam capazes de interagir a aprender entre si, sobre o que eles encontram em outros planetas.

Sua contribuição para a ciência foi reconhecida numa exposição do Space Museum em Londres, recentemente. Ela aparece em uma das peças da galeria da atração local. “Eu gostaria que a próxima geração celebrasse não só as mulheres pelo seu passado, mas as engenheiras modernas também“, diz a diretora de tecnologia em relação à exposição.

Qual a contribuição de machine learning para a astronomia do futuro?

Tecnologias de ia talt protótipo sobre mesa quadriculada de fundo preto, onde se vê um objeto com ligaturas em cor branca
Machine learning e tecnologias de IA estão envolvidos no futuro da exploração espacial (Imagem: NASA/Reproduçõa).

Não só sistemas semelhantes ao ChatGPT vão estar em naves do futuro: o aprendizado de máquina, ou machine learning (em inglês) está fazendo parte de novos projetos aeroespaciais. Isso é apenas uma parte do que a NASA planeja para o desenvolvimento tecnológico de sua exploração espacial, que já tem o papel de peças feitas por IA, como o EXoplanet Climate Infrared TElescope (EXCITE; Telescópio para Climas de Exoplanetas Infravermelhos, em tradução livre).

O pesquisador e engenheiro do Goddard Space Flight Center (Centro Goddard de Voos no Espaço) da NASA, Ryan McClelland, dá uma noção de como isso está evoluindo na agência espacial. Usando um software para arquitetura e design peças, conhecido como CAD, McClelland descreve que um engenheiro pode simplesmente pedir para que um sistema generativo crie um veículo, apenas com as indicações das partes que ele deve ter. Se a pessoa indicar como as partes do objeto vão se acoplar e em que espaços ele vai ser utilizado, o sistema AI vai criar uma nave apropriada às condições que forem informadas.

Suzuki, por sua vez, também está envolvida em pesquisas com machine learning. Um de seus trabalhos no momento é encontrar formas de guiar astromóveis — como os que exploram o solo de Marte — a não só encontrar materiais interessantes em outros lugares no espaço, mas também compartilhar informações mais completas sobre esses itens, enquanto fazem estudos em cima desses objetos. Dessa forma, o conhecimento gerado sobre o que há lá fora não fica tão dependente de envios de imensas bases de dados para os astrônomos aqui na Terra.

O que achou das novidades que a Larissa Suzuki contou? Acha que vamos ter novas descobertas feitas pela IA no espaço? Fala pra gente nos comentários do Showmetech!

Veja também:

Fonte: PCMag | Guardian | GeeksforGeeks | The Register

Revisado por Glauco Vital em 27/6/23.


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