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A próxima viagem à Lua já está sendo planejada: sob o nome de Missão Artemis, a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos, também conhecida como NASA, confirmou nesta segunda (03) todos os nomes na cápsula espacial Órion. O evento para o anúncio de todos os nomes aconteceu ao meio-dia, no Centro Espacial Johnson, com transmissão ao vivo tanto pelo site da agência como pelo seu canal do YouTube. Confira nessa matéria outras informações sobre como a NASA revela a equipe e o que se sabe até o momento sobre a missão.
Qual o objetivo da missão Artemis?
A missão Artemis, cuja fase atual é conhecida como Artemis 2, está prevista para novembro de 2024. Diferente da viagem anterior, dessa vez a nova vai ter uma equipe dentro da cápsula Órion. No entanto, a National Aeronautics and Space Administration (NASA) não almeja aterrissar na Lua, apesar de planejar que os astronautas, futuramente, estejam presentes na superfície lunar.
A trajetória de retorno livre planejada para a Artemis 2 promete ser bastante sofisticada. No começo, os aeronautas terão a possibilidade de fazerem exercícios, além de assistência na saúde e no suporte para habitação. Tanto o trânsito de saída como de chegada à Lua estão previstos para durarem quatro dias, segundo a agência norte-americana.
A presença humana no satélite natural da Terra, na verdade, só é esperada para acontecer na Artemis 3, que está prevista para acontecer só em 2025. Ou seja, a Artemis 2 é como se fosse um ensaio para o que está por vir nos projetos da agência norte-americana para explorar a Lua e outros planetas. Outra informação que já foi adiantada pelo órgão espacial dos EUA é que a 3ª missão vai, pela primeira vez, ter uma mulher como integrante.
Veja quem são os novos integrantes da missão Artemis 2
A cerimônia no Centro Espacial Johnson divulgou hoje os quatro participantes da segunda parte da missão Artemis: Christina Koch (44 anos), Jeremy Hanson (47), Reid Wiseman (47) e Vitor Glover (46) são os astronautas confirmados pela NASA para fazerem a viagem à Lua. Koch, Wiseman e Glover são estadunidenses e o astronauta Hanson é quem vai representar a Canadian Space Agency (CSA).
Christina Koch é uma engenheira eletricista com um recorde por passar 328 dias no espaço: nenhuma mulher antes dela tinha conseguido passar tanto tempo no fora da Terra. Em outubro de 2019, ela participou da primeira missão que contou só com mulheres em atividade extraveicular, que acontece quando os astronautas precisam explorar o exterior do espaço fora de suas naves.
Jeremy Hanson, representando o Canadá, foi aviador na Royal Canadian Air Force (Força Aérea Real Canadense). Hanson irá explorar o espaço pela primeira vez graças à missão Artemis. Junto a Koch, ele vai trabalhar na assistência como especialista em missões na viagem espacial.
Reid Wiseman, por sua vez, trabalhou como chefe na sede dos astronautas da NASA, mas chegou a ser piloto da Marinha dos EUA também. Wiseman chegou a ir ao espaço em 2015, estando na Estação Espacial Internacional e, com essa experiência em liderança, será o comandante nessa nova fase da exploração espacial.
Já Victor Glover é um piloto de teste, também integrante da Marinha dos EUA. Ele começou atuar na NASA em 2013 e foi ao espaço em 2020 pela primeira vez. Ele foi o primeiro afro-americano a ficar na estação espacial por um tempo considerável de seis meses, e está escalado como piloto na fase 2 da Artemis.
“A equipe da Artemis 2 representa milhares de pessoas trabalhando de forma incansável para nos levar às estrelas. Essa é a equipe dessa missão, é a nossa equipe, é a equipe da humanidade“.
Bill Nelson, administrador da NASA.
Canadá: o novo país que vai integrar a missão Artemis
Quatro astronautas vão participar da viagem, sendo três deles da NASA e um do Canadá. Dessa forma, o país passa a ser o segundo a viajar até o satélite natural da Terra. Participante do programa lunar da agência norte-americana, o país possui hoje apenas quatro astronautas em atividade por meio da CSA, a Agência Espacial do Canadá. Com maiores investimentos em pesquisas aeroespaciais, a NASA, por sua vez, possui 42 astronautas ativos no momento.
O novo país que vai fazer parte da missão, vai colaborar com um braço robótico, chamado Canadarm 3. Ele será que será acoplado ao Lunar Gateway, a estação lunar extraterrestre que vai servir para orbitar o satélite natural da Terra, sendo também um passo inicial para exploração profunda do espaço. Aliás, a agência espacial estadunidense já tinha informado que o outro país norte-americano vai estar no Gateway, a longo prazo.
Além do Canadá, a European Space Agency (ESA) — a Agência Espacial Europeia — e a Japan Aerospace Exploration Agency (Agência de Exploração Espacial de Japão, em tradução livre) e outras organizações de astronomia estão envolvidas na missão Artemis. Outra diferença marcante em relação à viagem do programa Apollo, realizada há mais de 50 anos, é que a missão vai contar com uma tecnologia moderna para o pouso dos astronautas: o Human Landing System (Sistema de Aterrissagem Humano, em tradução livre).
Como foi a missão especial para a Lua Artemis 1?
O projeto da NASA com a Artemis 1 procurou permitir a exploração do homem no ambiente lunar. A meta também envolve um sonho que há muito tempo vem sido uma ambição em viagens espaciais: chegar até Marte. Esse primeiro passo na longa jornada espacial teve conclusão no dia 11 de dezembro do ano passado, quando a cápsula Órion chegou a Terra, caindo no Oceano Pacífico à meia-noite.
A Artemis 1 teve três fases, ao todo. No começo, a cápsula Órion iniciou partindo do Centro Espacial Kennedy, para chegar à Lua com um voo ideal sobre a sua superfície. Em seguida, a cápsula foi influenciada pela órbita da Lua, para poder sobrevoar em torno do satélite natural. Objetivo alcançado, ele retornou para o nosso planeta em dezembro, com monitoramento da NASA.
A fase inicial da Artemis conseguiu uma conquista marcante: atingiu mais de 434 mil km de distância do nosso planeta em direção ao espaço, durante seu tempo fora longe do nosso alcance (25 dias e meio). Para se ter uma ideia, a distância em que a Estação Espacial Internacional está, em relação ao nosso planeta, é mil vezes menor que isso.
Veja também:
Novo traje para astronautas da NASA | TRIO
Fonte: Gizmodo | BBC News | Blog da NASA | NASA (site oficial)
Revisado por Glauco Vital em 3/4/23.
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