Em “Perdido em Marte”, o personagem de Matt Damon é o primeiro colonizador do planeta. Afinal, ele conseguiu criar um ambiente adequado para plantar batatas e, assim, sobreviver enquanto aguardava resgate. Mas, como Marte perdeu sua atmosfera há 4,2 bilhões de anos atrás, quando seu campo magnético morreu, seria impossível cultivar qualquer coisa ali. Pelo menos, por enquanto.
Uma equipe de cientistas comandada pela NASA pretende mudar essa situação. Eles querem criar um campo magnético, além do planeta, no Ponto de Lagrange L1. Em teoria, eles criariam uma magnetosfera artificial capaz de desviar os ventos solares e radiações, conservando o que restou da atmosfera.
As simulações indicam que há ainda a possibilidade da atmosfera ficar tão grosa que derreteria o dióxido de carbono do gelo localizado no pólo norte. Como consequência, provocaria o efeito estufa, restaurando os oceanos que um dia existiram ali. Em outras palavras, Marte seria um planeta muito mais convidativo do que aquele encontrado por Damon no longa-metragem. Passaria a ter condições para ser habitável.
O Desafio em Marte
Pode parecer mirabolante, mas não é. Os cientistas já estão fazendo pesquisas para montar estruturas infláveis capazes de criar uma pequena magnetosfera. O grande desafio desta experiência em Marte é o tempo.
Estas estruturas teriam um efeito rápido refletindo a radiação. Entretanto, não se sabe ainda quanto tempo demoraria para a atmosfera ficar mais grossa e, assim, aumentar a temperatura do planeta. Poderia levar décadas.
Ainda assim, é incrível pensar que essa missão está realmente sendo considerada. Se tudo correr bem, seríamos capazes de preservar e melhorar a atmosfera de Marte sem, necessariamente, alterar diretamente o planeta. O Matt Damon plantando batatas nem parece mais tão impressionante assim, não é mesmo?
O que você acha desse experimento? A gente vai, um dia, conseguir habitar Marte? Deixe sua opinião nos comentários!
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