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Minha primeira vez com um drone: testamos o Mavic Air

Avatar de carlos eduardo corrales
Testamos o novo drone da DJI, o Mavic Air. Veja quais foram as nossas primeiras impressões.

Nesta sexta, 2 de março, a DJI recebeu a imprensa paulistana no Jockey Clube para lançar oficialmente seus produtos por aqui. O Showmetech esteve lá e contou em detalhes como foi. Neste artigo, no entanto, a coisa fica mais pessoal. Afinal, depois da apresentação, os jornalistas presentes puderam brincar com um Mavic Air. Mais do que isso, foi a minha primeira vez com um drone!

Logo de cara algo se destacou: as alavancas. Como o gamer dedicado que sou, esperava que as alavancas do drone seguissem a lógica universal dos videogames. Ou seja, a esquerda controla o boneco, enquanto a direita gira e vai para cima e para baixo.

No Mavic Air, no entanto, a coisa é invertida. A alavanca esquerda gira, sobe e desce o brinquedo, enquanto a direita o movimenta para frente, para trás e para os lados. Obviamente, nesta minha primeira vez não fiz nenhuma manobra radical, mas esta lógica invertida fazia que eu tivesse que pensar antes de fazer qualquer coisa.

Quase um videogame

Felizmente, o piloto que estava a meu lado para me ensinar (e, imagino, para garantir que eu não destruísse o brinquedinho de quatro mil reais) disse que é possível inverter as alavancas, fazendo com que fique igual a um videogame. Não testei desta forma, mas como diz aquela música, “se esse drone, se esse drone fosse meu, eu mandava, eu mandava inverter isso”.

Mavic air

Tirando isso das alavancas, gostei muito de como o Mavic Air se movimentava. Assim como num videogame, quanto mais você inclina as alavancas, mais rápido ele se move. “Não precisa inclinar muito, vai com calma”, disse o piloto antes mesmo de eu colocar minhas mãos cheias de dedos no controle, certamente antecipando que algum dos jornalistas presentes se empolgasse e espatifasse o brinquedo contra uma parede.

O controle, pelo menos no que me foi permitido fazer, é bem simples. Bem mais simples do que controlar um helicóptero por controle remoto, por exemplo, e isso me agradou muito. Mas o mais legal mesmo veio depois.

Como um jedi

O Mavic Air pode também ser controlado por gestos. Ficando na frente dele e fazendo o sinal de ok com as mãos, ele decola. A partir daí, ele começa a seguir a palma da sua mão. Pela minha experiência na milenar arte dos jedis, é exatamente como usar a força. Mão para cima ele sobe. Mão para baixo ele desce. Para os lados, ele circula você. É bem divertido.

Você também pode baixar a mão e sair andando, do tipo “tô nem aí pra você”, e ele te segue feito um fiel cachorrinho. Um cachorrinho bem caro e tecnológico. E que voa!

Também é possível afastar as mãos para que ele se afaste ou aproximá-las para, veja só, fazer ele chegar mais pertinho. Para filmar, você deve fazer um quadrado com os dedos polegares e indicadores de ambas as mãos, como um diretor de cinema. É tudo bastante intuitivo.

Mavic air
Este é o gesto de filmar.

No entanto, como sempre acontece em produtos controlados por gestos, a coisa não funciona perfeitamente. Era comum eu mandar o drone subir e ele se recusar. Além disso, mais de uma vez ele me perdeu. Simplesmente parou de fazer o que eu mandava e o piloto teve que me registrar novamente. Isso aconteceu de forma mais grave quando eu saí andando esperando que ele me seguisse. Parece que este cachorrinho não é assim tão fiel.

Para manter a comparação com videogames, controlar o drone com movimentos é como jogar Wii. É divertido, mas o controle do Xbox possibilita uma precisão bem maior. Tivesse eu um drone desses, provavelmente brincaria com os gestos, mas na hora da coisa ficar séria, usaria o controle remoto.

O problema de ter testado o brinquedo é que eu saí do evento doido para comprar um. Acho que vou pedir um aumento.


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