O Ministério da Saúde anunciou na terça-feira (28) que há três novos casos suspeitos do coronavírus chinês (2019-nCo) no Brasil. Um foi registrado em São Leopoldo (RS), outro em Curitiba (PR) e em Belo Horizonte (MG). Esta é a segunda vez que BH registra suspeita de coronavírus. O primeiro alerta ocorreu em 22 de janeiro, mas a contaminação foi descartada.
No Rio Grande do Sul, o Ministério havia informado que a possível vítima era de Porto Alegre. No entanto, logo houve atualização para o registro na Região Metropolitana da capital gaúcha, em São Leopoldo. Os três novos casos são monitorados por agentes de saúde do Brasil.
“Os pacientes se enquadraram na atual definição de caso suspeito para nCoV-2019 (o novo coronavírus), estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ou seja, apresentaram febre e, pelo menos um sinal ou sintoma respiratório, e viajaram para área de transmissão local nos últimos 14 dias”, diz a nota do Ministério da Saúde.
Coronavírus: classificação de risco
Com os três registros, o Ministério da Saúde elevou a classificação de risco para o país. Até segunda-feira passada, 27 de janeiro, o Brasil estava no nível um, que significa “alerta”. Agora, passa a valer o nível dois: perigo iminente. A classificação vai até o nível três (emergência em saúde pública), que é acionada quando há casos confirmados no país.
- Nível 1 – alerta
- Nível 2 – perigo iminente
- Nível 3 – emergência em saúde pública
De acordo com Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde, o Brasil está preparado caso haja registros confirmados do novo coronavírus no país. “Temos um sistema de vigilância robusto, reconhecidamente robusto, que já passou por três momentos de muita intensidade: SARS, Influenza e zika. Em todas as ocasiões nosso sistema de saúde respondeu muito bem”, disse o chefe da pasta.
Durante coletiva de imprensa na terça (28), o ministro orientou que viagens à China devem ser realizadas em casos de extrema necessidade.
Sintomas
O novo coronavírus apresenta sintomas parecidos com gripe e pneumonia. O vírus pode causar febre e dificuldade para respirar em casos menos graves. No entanto, o quadro pode piorar para síndrome respiratória aguda grave e insuficiência renal.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda lavar bem as mãos, cobrir a boca e o nariz toda vez que for espirrar, e cozinhar bem alimentos como ovos e carne.