Meta demite mais de 11 mil funcionários do facebook, instagram e whatsapp

Meta demite mais de 11 mil funcionários do Facebook, Instagram e WhatsApp

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Número representa 13% do quadro total de colaboradores da companhia

A Meta, holding que controla o Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou uma demissão em massa no início desta quarta-feira (9). Ao todo, 11 mil funcionários foram desligados da companhia, número que corresponde a cerca de 13% do total de colaboradores do quadro da empresa. O comunicado foi dado pelo CEO, Mark Zuckerberg, em carta encaminhada aos funcionários.

“Hoje estou compartilhando algumas das mudanças mais difíceis que fizemos na história da Meta. Decidi reduzir o tamanho de nossa equipe em cerca de 13% e dispensar mais de 11 mil de nossos talentosos funcionários. Também estamos tomando várias medidas adicionais para nos tornarmos uma empresa mais enxuta e eficiente, cortando gastos e estendendo a pausa nas contratações até o primeiro trimestre de 2023″

Mark Zuckerberg

A medida já havia sido anunciada no dia anterior por Zuckerberg, durante reunião com executivos da companhia. Durante o encontro, o CEO disse que era responsável pelos erros da empresa e que seu excesso de otimismo sobre o crescimento levou ao excesso de pessoal, segundo fontes familiarizadas com a reunião.

Meta demite mais de 11 mil funcionários do facebook, instagram e whatsapp
Comunicação da demissão em massa de funcionários foi realizada pelo CEO da Meta, Mark Zuckerberg (Reprodução/Internet)

No Brasil, os funcionários foram informados da demissão por e-mail, que chegou a Caixa de Entrada logo após o comunicado oficial emitito pela empresa no site, segundo o que foi apurado pelo Estadão.

No total, a Meta possuía cerca de 87 mil funcionários em todo o mundo. Esta é maior demissão registrada pela empresa até hoje. Além do corte de funcionários, o CEO disse que novas contratações vão continuar congeladas e que vai anunciar novas medidas para cortar gastos em breve.

Queda nos lucros

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A Meta indicou apontou o cenário econômico como principal fator para a sua decisão; empresa enfrentou queda de mais de 70% no valor das suas ações (Reprodução/Internet)

A Meta apontou o cenário econômico como principal fator para a sua decisão, mas investidores internacionais também se mantêm cautelosos diante dos gastos da companhia e ameaças ao principal negócio do grupo, as redes sociais, com novas restrições para reduzir a capacidade dessas plataformas de rastrear os usuários para segmentar anúncios.

Este ano, a Meta enfrentou uma queda de mais de 70% no valor de suas ações, após anunciar o récuo no número de usuários ativos do Facebook. Na ocasião, isto representava a primeira queda em mais de 18 anos, um reflexo da queda da popularidade da rede social entre o público mais jovem, que passou a migrar para redes sociais vizinhas, como o Instagram e TikTok.

Com isso, o lucro da companhia caiu pela metade no terceiro trimeste de 2022 (cerca de 52% se comparado ao mesmo período do ano passado), ficando em US$ 4,4 bilhões. Os números foram divulgados em um contexto de estagnação do número de usuários e redução da receita da companhia com publicidade.

Volume de gastos com o metaverso

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Os investimentos realizados pela Meta com o seu projeto de metaverso também teve um impacto na saúde financeiro da companhia (Reprodução/Internet)

Os investimentos realizados pela Meta com o seu projeto de metaverso também teve um impacto na saúde financeiro da companhia. Segundo o apurado por fontes internacionais, até o momento, a Reality Labs, unidade de metaverso, resultou em perdas de US$ 9,44 bilhões em receita, somando-se aos US$ 10 bilhões do ano passado. E a empresa projeta que as perdas crescerão ainda mais em 2023. A expectativa é a de que os lucros só sejam realmente colhidos daqui a dez anos!

Apesar dos problemas, Zuckerberg acredita que bons resultados virão adiante. “Acredito que a priorização, a disciplina e a eficiência mais rígidas que estamos promovendo em toda a organização nos ajudarão a navegar no ambiente atual e emergir como uma empresa ainda forte. Como sempre, sou grato a todos na Meta por seu trabalho árduo e a todos vocês por estarem nesta jornada conosco”.

Big techs em crise e mais demissões

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Na semana passada, o Twitter cortou cerca de 3.700 posições, depois que Elon Musk concluiu a compra da empresa por US$ 44 bilhões (Reprodução/Internet)

As principais empresas do ramo de tecnologia foram impactadas pela inflação e juros nos Estados Unidos. Entre as cinco maiores, só a Apple conseguiu registrar um crescimento do lucro em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Além da Meta, outras impactadas foram a Microsoft, que registrou uma queda de 14,4%, e a Alphabet, dona da Google que marcou -26,5%.

Este é o segundo grande anúncio de demissão em massa divulgado em um curto espaço de tempo. Na semana passada, o Twitter cortou cerca de 3.700 posições, depois que Elon Musk concluiu a compra da empresa por US$ 44 bilhões. A Lyft (app de carona) e a Seagate (fabricante de discos rígidos) também anunciaram demissões.

Veja também:

Enquanto a Meta passa por dificuldades, a Apple continua entregando bons resultados. Esta semana, foi divulgado que a companhia de Tim Cook continua sendo a mais valiosa do mundo. Confira o ranking.

Fontes: Estadão, The Verge, Business Insider.


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