Parece que os tablets realmente estão chegando ao fim. Já falamos diversas vezes que estes dispositivos, que se encaixam entre smartphones e notebooks, não tem tido um bom desempenho em vendas nos últimos anos. Vários fatores contribuem para isso, mas o mais evidente realmente é o desinteresse dos consumidores.
Em 2016, o mercado brasileiro de tablets vendeu aproximadamente 4 milhões de unidades. Esse número já representa uma diminuição de 32% em relação a 2015, que também teve queda de 20% nas vendas em relação ao ano anterior. Pelo segundo ano consecutivo temos menos vendas e a previsão para 2017, segundo a IDC, é que o total de vendas no Brasil caia para 3,7 milhões.
Desde 2010, quando o primeiro iPad deu início à corrida dos tablets no mercado, tivemos um ápice de vendas em 2014 com 9,4 de unidades vendidas e de lá pra cá esse número só diminui. Ou seja, o ápice destes gadgets já passou e muito se deve ao fato de smartphones com telas de 5 polegadas (ou mais) suprirem nossa necessidade de um dispositivo para consumir conteúdo.
O preço também é outro fator determinante para a compra. Muita gente prefere investir um pouco mais e comprar um notebook, que um tablet, ou ficar somente com seu smartphone para tarefas mais casuais, como assistir vídeos, ouvir música, navegar na internet e redes sociais.
Tais dados fazem parte do estudo IDC Brazil Tablets Tracker Q4, realizado pela IDC Brasil. Esse estudo diz que do total de tablets vendidos ano passado, apenas 26,5 mil foram notebooks com telas destacáveis, os chamados 2-em-1.
Mesmo com uma queda expressiva nas vendas, um aspecto positivo aconteceu: “em 2016, passado o boom de vendas de tablets, 80% do mercado ficou dominado por três empresas que resistiram ao período de crise e à canibalização destes dispositivos. Isso deixou o setor mais saudável e com produtos que oferecem melhor experiência de uso ao consumidor“, diz Wellington La Falce, analista de mercado da IDC Brasil.
Tais empresas, Apple, Samsung e Lenovo, continuam trazendo opções para os consumidores, e opções com mais qualidade e recursos para o dia a dia e produtividade. Opções como o iPad Pro e Galaxy Tab S3 criaram um nicho dentro do mercado de tablets focado em produtividade, mas ainda não conseguiram alavancar as vendas. Segundo a IDC, o iPad Pro representa apenas 10% das vendas de iPads.
Ainda de acordo com o estudo, os produtos comercializados em 2016 ficaram numa faixa de preço apenas 3% maior do que no ano anterior. “Em 2015, os tablets custavam, em média, R$ 500. No ano passado, os preços ficaram na faixa de R$ 513“, completa La Falce.
Qual é o problema dos tablets? Eles são realmente desnecessários, ou o preço ainda não agrada os consumidores? Deixe sua opinião nos comentários.
Fonte: IDC
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