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Um companheiro diário na vida de todo o mundo definitivamente é o celular — ou smartphone. Este aparelho nos acompanha no trabalho, comunicação, entretenimento e das mais variadas maneiras. Um levantamento apontou que no segundo trimestre deste ano, o Brasil teve um aumento de mais de 3% no mercado de celular. Vem conferir mais dados sobre a pesquisa.
Mais de 11 milhões de aparelhos vendidos
O IDC (International Data Corporation) realizou um levantamento no mercado de celular no Brasil e exibiu que o país fechou o período em alta, com 3,1% de aumento de vendas na área. Na ocasião foram vendidos 11,3 milhões destes dispositivos móveis, algo em torno de 345 mil a mais do que o mesmo período em 2021.
Falando sobre receita, nos meses de abril, maio e junho de 2022, a soma chegou a mais ou menos R$ 17 bilhões, um número 14,1% maior, quando comparado com o mesmo período de 2021. Este valor construiu para um resultado total neste semestre de R$ 36,7 bilhões, representando outra alta, dessa vez de 16,8% — também maior quando comparado com o primeiro semestre de 2021. Os dados coletados são referentes ao estudo IDC Brazil Mobile Phone Tracker Q2/2022, também da IDC Brasil.
Apesar de estar em queda, o mercado voltado para aparelhos que são mais simples ou que possuem menos recursos, quando comparados com os atuais, mostram que ainda há espaço para eles. Dos mais de 11 milhões de dispositivos vendidos (um número exato de 11.379.327), entre os meses de abril e junho deste ano, 10.873.792 representam smartphones e 505.535 dos demais celulares, números que representam 4% a mais e 12,9% a menos do que no segundo trimestre de 2021, respectivamente.
O volume de vendas de feature phones (celulares comuns) é bem menor, mas continua tendo espaço principalmente fora dos grandes centros urbanos, atendendo um público que utiliza o aparelho mais como telefone e não tanto como dispositivo de alta tecnologia ou de acesso à internet.
Reinaldo Sakis, gerente de Pesquisa e Consultoria de Consumer Devices da IDC Brasil, explicando o fenômeno
Ainda de acordo com Reinaldo Sakis, o gerente de pesquisa da IDC afirma que ainda no 2º trimestre deste ano, a média de valor dos smartphones foi de R$ 1.878, um número 11% menor quando comparado com o 1º trimestre de 2022. Isso se dá por consequência de um conjunto composto por mais produtos com valores mais baixos, além de ser 10% maior do que o que foi registrado no 2º trimestre de 2021. Outra justificativa seria o reflexo do incremento de chips e seu respectivo custo, além da desvalorização do real e o frete, que se tornou mais caro.
1º trimestre de 2022
No início do ano, entre janeiro e março de 2022, o IDC Brazil Mobile Phone Tracker Q1/2022 já tinha registrado mais de 11 milhões de aparelhos, destes 10.642.417 foram smartphones e os outros 536.987 são referentes aos aparelhos comuns, os features phones.
Houve uma queda de quase 6% em relação ao mesmo período em 2021. Ainda no 1º tri/2022, o valor médio dos aparelhos era de R$ 1.725, um número 26,7% maior, quando comparado com o primeiro trimestre do ano passado. E a receita deste período foi de R$ 19,2 bilhões, aumento de 19,3% em comparação ao 1ºtri/2021.
Vislumbre para o mercado de celular em 2022
O primeiro semestre de 2022 foi bastante desafiador para o mercado de celular brasileiro. De acordo com a IDC Brasil, alguns fatores como a guerra na Ucrânia, a paralisação de fábricas na China e a recorrente instabilidade econômica sofrida por todo o mundo, afetam não somente o valor dos componentes utilizados na fabricação dos smartphones e celulares, mas também em sua distribuição.
A falta de componentes teve um grande impacto no primeiro semestre de 2022, mas não deve protagonizar o movimento no restante do ano. O que deverá afetar as vendas é o comprometimento da renda do consumidor, em decorrência da alta da inflação e das taxas de juros, que forçarão a IDC Brasil a revisar, mais uma vez, as previsões para baixo.
Reinaldo Sakis, gerente de Pesquisa e Consultoria de Consumer Devices da IDC Brasil, sobre a baixa expectativa para o mercado de celular no Brasil em 2022
Por estes motivos, além de desafios que o mercado interno sofre e as incertezas do país — como as eleições que ocorrem neste mês de outubro –, acarretam em projeções reduzidas.
O brasileiro sempre quer ter o smartphone atualizado em suas mãos, mas algumas preocupações de curto prazo como eleições, juros altos e incertezas em relação a economia devem afastar os consumidores das lojas no segundo trimestre.
Reinaldo Sakis, gerente de Pesquisa e Consultoria de Consumer Devices da IDC Brasil, sobre a tendência de consumo do brasileiro
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