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Febre mundial, principalmente entre os adolescentes, a boy band sul coreana BTS deverá interromper suas atividades artísticas para que os sete membros do grupo possam servir ao exército de seu país. A informação vem da empresa que os agencia, a Big Hit, que ainda informou um possível retorno próximo de 2025, assim que os sete garotos tenham finalizados com seus compromissos militares.
BTS no exército
A Big Hit afirma que o primeiro membro do BTS a entrar no exército será o artista mais antigo do grupo: Kim Seok-jin, conhecido como Jin. O jovem de 29 anos planeja se alistar assim que seu projeto solo for lançado no final de outubro de 2022.
O sistema de recrutamento militar regente na Coreia do Sul exige que todos os homens aptos sirvam pelo menos 18 meses nas forças armadas aos 28 anos, devido às ameaças contínuas da Coreia do Norte. Existem isenções disponíveis para certos atletas e artistas performáticos, especialmente aqueles que trabalham com música clássica e tradicional.
Quando Jin completou 28 anos em 2020, o governo ofereceu a ele um atraso de 20 anos para entrar no exército em reconhecimento aos esforços do BTS em “melhorar a imagem internacional da Coreia“. Ele foi uma das primeiras estrelas do K-pop a receber tal indulto.
Em junho de 2022 a banda anunciou via vídeo que estava fazendo uma pausa de duração não especificada. O rapper do grupo RM, também conhecido como Kim Nam-joon, disse neste mesmo vídeo que depois de 10 anos vivendo como BTS e trabalhando em todos os nossos horários, é fisicamente impossível [para ele] amadurecer mais.
Vida artística e militar?
Possivelmente esse crédito que o grupo possui com o país, pode lhes render um “trabalho extra”, uma vez que as autoridades locais estão cogitando deixar com que os meninos possam servir ao exército e, também, realizar suas performances como boy band. Sem falar em um debate que aparentemente está movimentando o parlamento sul coreano para discutir sobre a duração deste período para três semanas.
O ministro Lee Jong-sup já se posicionou sobre o caso, afirmando que há uma possibilidade dos garotos fazerem as duas atividades ao mesmo tempo. O serviço militar é controverso na Coreia do Sul, pois os homens devem cumprir seus deveres como parte dos esforços para se defender contra a vizinha Coreia do Norte, que tem armas nucleares.
Ao longo dos anos, alguns homens ganharam isenções — podendo adiar o serviço ou fazer um serviço mais curto. Os contemplados pela facilidade incluem vencedores de medalhas nos Jogos Olímpicos e Asiáticos, bem como músicos e dançarinos clássicos que ganham os principais prêmios em certas competições.
A obrigação militar no país
Há esses rumores de que os meninos do BTS não precisarão passar por tanto tempo assim na vida militar porque já houveram casos semelhantes. O jogador de futebol do Tottenham, Son Heung-min, completou seu serviço militar obrigatório de três semanas em 2020, além de ser vencedor de um prêmio pelo melhor desempenho. Son ganhou uma isenção do serviço militar obrigatório de 21 meses depois de ajudar a Coreia do Sul a vencer os Jogos Asiáticos de 2018.
O BTS anunciou em junho que estava fazendo uma pausa para crescer e buscar projetos solo por um tempo e deixou claro que essa separação não seria uma despedida para sempre. Em uma sessão parlamentar, o ministro da Defesa Lee Jong-sup disse que, ao permitir que o BTS continue se apresentando, os militares podem servir aos interesses nacionais sem afetar o encolhimento dos recursos devido às baixas taxas de natalidade no país.
A boy band com sete membros tem grande crédito com o governo da Coreia do Sul como uma das grandes influências na disseminação da cultura coreana pelo mundo. Um exemplo mais formal disso é o fato do dicionário Oxford ter anunciando no ano passado que estava adicionando 26 palavras coreanas à sua edição.
Eles foram nomeados como os artistas mais vendidos do mundo em 2021 em um gráfico recentemente compilado pelo órgão da indústria da música, o IFPI. A banda se tornou a primeira banda asiática a ganhar o prêmio de artista do ano no American Music Awards no ano passado, e se encontrou com o presidente dos EUA, Joe Biden, na Casa Branca em maio para discutir crimes de ódio contra asiáticos.
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