Índice
De lutar pela sobrevivência em um mundo inundado, passando pelas ruas violentas cheias de mafiosos em Chicago até lutar contra monstros terríveis para salvar seu mundo da ruína, o mês de dezembro nos presenteou com diversos jogos indie que proporcionam experiências fantásticas e inesquecíveis por um preço muito acessível. A seguir você confere os principais destaques para os melhores jogos indie de novembro para PC (Steam), PlayStation 4, Xbox One e Nintendo Switch.
Empire of Sin
John Romero, game designer famoso por criações como Doom, Wolfenstein e Quake, desenvolveu uma nova obra, desta vez de forma independente. Empire of Sin se passa durante a vigência da Lei Seca estadunidense, na década de 1920, período recheado de histórias de mafiosos e violência. É exatamente neste contexto que o jogador é mergulhado.
Empire of Sin é um jogo de estratégia com combate por turnos. O objetivo do jogador, que deve escolher iniciar seu império com um gângster dentre 14, entre reais e fictícios, para conseguir chegar ao poder da cidade de Chicago. É claro que se manter no topo entre os criminosos não será uma tarefa fácil.
No jogo, não apenas os combates são gerenciáveis, como também a economia de toda a rede criminosa. O jogo tem um nível elevado de dificuldade, porém mantém o jogador instigado a pensar nos detalhes para obter sucesso financeiro e opressor contra seus oponentes.
Os visuais são um dos pontos fortes de Empire of Sin, que possui bons efeitos de iluminação, que chamam a atenção do jogador mesmo após algumas horas de jogatina.
Disponível: PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch, PC.
Chronos Before the Ashes
Desenvolvido pela Gunfire Games e publicado pela THQ Nordic, Chronos Before the Ashes é um game com grande inspiração no estilo “Dark Souls”. Logo no início, o game deixa claro a missão do personagem: se tornar um verdadeiro guerreiro e salvar sua terra de uma força maligna cruel e implacável.
Todos os elementos de RPG estão lá, então fãs do gênero vão se sentir muito confortáveis enquanto estiverem escolhendo os melhores atributos para o herói e como utilizar as armas mais eficazes. O grande destaque do jogo fica por conta da atmosfera de terror misturada com mistério, que cria cenários únicos e desafios assustadores com cada combate.
Existem quebra-cabeças espalhados ao longo da experiência, embora eles não sejam realmente o ponto forte do jogo. Depois, há os chefes e mini-chefes. Embora alguns sejam divertidos de derrotar depois de descobrir a melhor forma de combatê-los, geralmente não são tão divertidos de lutar quanto os inimigos normais. O chefe final, em particular, oferece um combate inusitado mas muito recompensador.
O jogo está disponível para PC e Nintendo Switch, porém, se você preza por uma qualidade gráfica satisfatória é altamente recomendável jogar Chronos no PC, pois a versão de Switch apresenta visuais muito desfocados e de baixa resolução. Apesar disso, a Gunfire Games merece todo o crédito por tentar construir o modelo Dark Souls em vez de apenas pegá-lo emprestado, criando um jogo que pode não ser perfeito, mas tem uma forte identidade própria.
Disponível: PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC.
Röki
Desenvolvido pela Polygon Treehouse, Röki é um clássico jogo de aventura. O jogador assume o papel de Tove, uma jovem que procura resgatar seu irmão desaparecido Lars de um monstro misterioso. Ao longo do caminho, Tove encontrará uma série de criaturas diferentes, incluindo trolls, tomten e até mesmo o Gato de Yule. Para quem é fã da cultura e mitologia dos povos escandinavos, Röki é um prato cheio!
Röki se destaca de outros jogos de aventura, em parte graças à sua bela direção de arte. O estilo cel shaded do game lembra muito The Legend of Zelda: The Wind Waker, fazendo os personagens se misturarem perfeitamente ao ambiente, desde suas pegadas na neve até suas interações com os itens.
No entanto, não é apenas uma nova camada de tinta que torna Röki bem-sucedido. Röki é tão desafiador quanto outros jogos de aventura, mas se estrutura de uma maneira que quebra a rotina usual de quebra-cabeças nefastos e coleta de itens. Isso é particularmente claro nos fortes segmentos autônomos de Röki, incluindo aquele em que o jogador foge de uma aranha gigante, ou com um grande momento de final de jogo em que o jogador usa dois personagens simultaneamente para resolver quebra-cabeças.
Tudo isso está ligado a uma história profunda, pessoal e envolvente. Embora haja pouca ameaça mecânica no jogo, ao mesmo tempo a jornada de Tove é intensa e o destino de Lars sempre parece estar em jogo. Ao longo do caminho, isso é usado para revelar lentamente sua complexa história familiar e uma mitologia mais profunda ao mesmo tempo.
Röki, portanto, tem uma mistura que o impulsiona acima da maioria dos outros jogos de aventura indie. A jogabilidade, a história e o estilo de arte de Röki se interligam sem esforço e criam uma experiência única ao jogador.
Disponível: Nintendo Switch e PC.
Forager
Forager é um game de aventura desenvolvido pela HopFrog e publicado pela Humble Bundle que coloca você como um bravo explorador que precisa aprender a sobreviver erguer uma comunidade em uma ilha deserta. Ele combina mecânica de jogo ociosa com exploração, cultivo, produção e combate ativos, e tem uma vantagem perigosa: todos os recursos em Forager voltam a crescer rapidamente depois que são coletados. Não apenas as plantas, mas as vacas, os depósitos de ouro e as lápides que abrigam os mortos-vivos – tudo renovado em questão de minutos.
Mesmo nas ocasiões em que a terra é momentaneamente estéril, você pode simplesmente criar mais terra. Porém, para visitar as novas técnicas você irá precisar de pontes que podem ser construídas com um clique e tudo com a força de sua inseparável picareta!
Porém, como muitos outros jogos de clicker, Forager o incentiva a buscar um estado de automação perfeita – delegando os cliques servis às máquinas para que você possa passar mais tempo clicando nas coisas importantes da vida. Você terá que ficar sempre atento aos seus recursos se precisar construir ou melhorar sua forja, por exemplo, para fabricar equipamentos melhores e poder coletar mais itens da ilha.
Ah, e não se esqueça que o progresso pode trazer algumas consequências desagradáveis, como uma infestação de mortos-vivos ou mesmo catacumbas cheias de monstros que você precisará desbravar. Se você gosta de simuladores que misturam mecânicas de games de aventura — assim como o popular “Minecraft” — então você vai adorar explorar essa ilha cheia de tarefas para fazer, recursos para coletar e mistérios para descobrir.
Disponível: PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC.
The Flame in the Flood
À primeira vista, The Flame in the Flood retrata um mundo lindamente trabalhado com seu uso de arte estilizada e áudio encantador. Porém, o que o título de estreia do estúdio The Molasses Flood realmente detalha é a dura realidade da sobrevivência. Fome, sede, sono, pernas quebradas e ataques de urso, tudo isso faz parte de um mundo que tenta constantemente derrubar o jogador (nos mesmos moldes de clássicos games de sobrevivência modernos, como “Don’t Starve”).
Situado em um mundo onde a água subiu e inundou a terra, a jovem Scout e sua cadela Daisy partiram para encontrar uma torre de rádio depois de descobrir uma transmissão de rádio que precisava de um sinal mais forte. Usando uma jangada para navegar pelo rio caudaloso, os jogadores param em diferentes áreas geradas por procedimentos que fornecem suprimentos, abrigo e a ameaça iminente de morte.
O conceito geral é simples. Colete suprimentos para garantir a sobrevivência por tempo suficiente para chegar ao dia seguinte e continue descendo o rio. E é isso; é um ciclo muito repetitivo que não verá nenhuma confusão importante antes dos créditos rolarem. Haverá melhorias na jangada que tornarão a navegação mais fácil e diversos inimigos que permitirão a criação de novos itens, mas o loop de encontrar uma área, obter suprimentos e começar a navegar raramente muda.
Cada detalhe é importante. Fome e sede são fatores importantes, mas em breve você estará lidando com a necessidade de sono, armas, remédios e uma variedade de outros suprimentos menores que seriam realmente necessários para sobreviver neste tipo de ambiente hostil. A fabricação é simples e sempre há aquela sensação de alívio quando o item certo é encontrado para sobreviver.
The Flame in the Flood é um título deslumbrante que tenta encontrar um bom equilíbrio entre realismo e dificuldade. As ideias e conceitos são inteligentes e apresentados com um realismo surpreendente. Esse senso de realismo é preciso e é a maior força de The Flame in the Flood e, inversamente, sua maior fraqueza.
Disponível: PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC.
The Hong Kong Massacre
Pólvora, vingança, violência e movimentação rápida. Em The Hong Kong Massacre, um detetive deseja vingar a morte de seu parceiro, e para isso ele sai pelo submundo das ruas de Hong Kong para encher bandidos de bala. A história é clichê, mas é o suficiente para este jogo, que refina a jogabilidade.
The Hong Kong Massacre exige bastante do jogador, que precisa ter bons reflexos para se dar bem no jogo, já que os bandidos estão prontos para acabar com o detetive, e cada tiro é fatal. Para ajudar a se planejar para o combate, o jogador dispõe de uma limitada mecânica que diminui a velocidade que o tempo passa, e é crucial aprender a usá-la para vencer os difíceis cenários.
Conforme o jogador avança no jogo, novas armas vão sendo desbloqueadas, e os combates ficam cada vez mais interessantes.
Disponível: PlayStation 4, Nintendo Switch e PC.
Unto The End
Sobreviver não é uma tarefa fácil. Em Unto the End, um pai precisa passar por ambientes inóspitos para voltar para casa e se reencontrar com sua família. Durante a jornada, o pai, personagem principal da aventura, precisará enfrentar criaturas selvagens e outras pessoas que também tentam sobreviver — e se defender.
Unto the End é um jogo de ação e aventura em duas dimensões que tem seu combate como principal mecânica. Para conseguir progredir no jogo, o jogador terá que dominar os diferentes tipos de movimentos quando em confronto com outro personagem. Mecânicas de bloqueio e evasão são tão ou mais importantes do que o ataque em si. Este, por sua vez, tem sua própria curva de aprendizagem, já que saber escolher entre ataques de curta e de longa distância é a diferença entre vitória e fracasso.
A Big Sugar, empresa responsável pelo desenvolvimento do jogo, foi cuidadosa na elaboração de bons efeitos sonoros, de modo que jogar Unto the End com fones de ouvido é uma experiência, se não inovadora, ainda assim prazerosa. Os sons produzidos pelo pai nos momentos de combate passam a sensação realista de que a sobrevivência exige muito de si, o que faz com que o jogador seja mais cuidadoso ao enfrentar os desafios do game.
Disponível: PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC.
Gostou destes jogos? Confira também os melhores jogos indie que trouxemos no mês de novembro!
Descubra mais sobre Showmetech
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.