Índice
- Origem do mês do orgulho LGBTQIAP+
- Documentários LGBTQIAP+ refletem a luta, direitos e afetos de pessoas queer
- Melhores documentários LGBTQIAP+
- A Morte e Vida de Marsha P. Johnson (2017)
- Atrás da Estante (2019)
- Bixa Travesty (2019)
- Carta Para Além dos Muros (2019)
- Divinas Divas (2016)
- Dzi Croquettes (2009)
- Equal (2020)
- Flee – Nenhum Lugar Para Chamar De Lar (2021)
- Gayby Baby (2015)
- Howard – Sons de Um Gênio (2018)
- Indianara (2019)
- Laerte-se (2017)
- Meu Amigo Claudia (2009)
- Meu Corpo É Político (2017)
- Minhas Famílias (2019)
- Oriented (2015)
- Paris is Burning (1990)
- Peter Tatchell: Do Ódio ao Amor (2021)
- Pray Away (2021)
- Pride (2021)
- Revelação (2020)
- São Paulo em Hi-Fi (2013)
- State of Pride (2019)
- Strike a Pose (2016)
- Transversais (2021)
- Trixie Mattel: Moving Parts (2019)
- Untold: Caitlyn Jenner (2021)
- Visible: Out on Television (2020)
- Welcome to Chechnya (2020)
No mês de junho, diversas celebrações ao redor do mundo destacam a luta, a resistência e as conquistas da comunidade LGBTQIAP+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Queers, Intersexuais, Assexuais, Pansexuais e outras identidades de gênero e orientações sexuais não conformes). Nesse contexto, os documentários LGBTQIAP+ têm desempenhado um papel fundamental ao retratar as experiências, as histórias e as vivências das pessoas queer. Por meio de produções audiovisuais poderosas e inspiradoras, esses documentários ajudam a ampliar a visibilidade, a compreensão e o respeito à diversidade e às trajetórias da comunidade LGBTQIAP+.
Origem do mês do orgulho LGBTQIAP+
O mês de junho é internacionalmente reconhecido como o Mês do Orgulho LGBTQIAP+, uma ocasião que reúne uma série de eventos, manifestações e celebrações em todo o mundo. A origem dessa comemoração remonta à madrugada de 28 de junho de 1969, quando frequentadores do bar Stonewall Inn, em Nova York, resistiram a uma batida policial violenta e desencadearam uma série de protestos e manifestações durante vários dias. Esse episódio ficou conhecido como a Revolta de Stonewall.
A Revolta de Stonewall foi um marco na luta pelos direitos LGBTQIAP+, tornando-se um símbolo de resistência e mobilização. Desde então, o mês de junho foi escolhido para celebrar o orgulho LGBTQIAP+ e lembrar a importância da diversidade, da igualdade e do respeito.
Documentários LGBTQIAP+ refletem a luta, direitos e afetos de pessoas queer
Os documentários LGBTQIAP+ são poderosas ferramentas que amplificam as vozes e as vivências da comunidade queer. Essas produções cinematográficas exploram questões relacionadas à identidade de gênero, orientação sexual, luta por direitos, discriminação, aceitação familiar e muitos outros temas relevantes. Ao retratar histórias reais, experiências pessoais e jornadas de autodescoberta, esses documentários proporcionam uma oportunidade única de educação, conscientização e empatia.
Essas obras cinematográficas não apenas documentam as lutas e os desafios enfrentados pela comunidade queer, mas também destacam suas conquistas, seus triunfos e suas contribuições para a sociedade como um todo. Ao mostrar a diversidade e a complexidade das vidas queer, os documentários LGBTQIAP+ promovem a compreensão e ajudam a desconstruir estereótipos e preconceitos.
Com narrativas cativantes, entrevistas emocionantes e imagens impactantes, os documentários LGBTQIAP+ proporcionam uma plataforma para que as pessoas queer sejam ouvidas, vistas e compreendidas. Essas produções estimulam discussões importantes, desafiam normas sociais e promovem uma sociedade mais inclusiva e acolhedora para todos.
Ao indicar e assistir a documentários LGBTQIAP+, estamos contribuindo para uma maior visibilidade e reconhecimento da comunidade queer, além de honrar suas histórias, suas lutas e seus afetos. É uma oportunidade para celebrar a diversidade humana e para ampliar a conscientização sobre as questões enfrentadas pela comunidade LGBTQIAP+, enquanto nos inspiramos nas experiências e nas conquistas compartilhadas por meio dessas obras cinematográficas.
Melhores documentários LGBTQIAP+
Criamos uma lista abrangente de documentários LGBTQIAP+ para que você conheça histórias reais e inspiradoras de pessoas queer ao longo dos anos. Nesta seleção, buscamos títulos que estejam disponíveis em plataformas de streaming no Brasil. Conheça agora os títulos (em ordem alfabética de título):
A Morte e Vida de Marsha P. Johnson (2017)
A Morte e Vida de Marsha P. Johnson (The Death and Life of Marsha P. Johnson) é um documentário dirigido por David France que investiga a misteriosa morte da ativista transgênero Marsha P. Johnson, uma das figuras mais importantes do movimento queer e dos direitos LGBTQ+. O filme aborda a vida de Marsha e sua atuação fundamental durante a Revolta de Stonewall em 1969, bem como sua participação na fundação da organização Street Transvestite Action Revolutionaries (STAR). Através de entrevistas com amigos, ativistas e pessoas próximas a Marsha, o documentário examina o legado dela e levanta questões sobre a violência enfrentada pela comunidade LGBTQIAP+.
O documentário recebeu aclamação da crítica e foi indicado a vários prêmios. O filme foi indicado ao Grande Prêmio do Júri do Festival de Sundance em 2017 e ganhou o Prêmio de Documentário Outfest de Audiência. A história de Marsha P. Johnson é uma poderosa narrativa queer que evidencia sua importância como uma figura pioneira do ativismo LGBTQIAP+.
A Morte e Vida de Marsha P. Johnson está disponível para streaming na Netflix.
Atrás da Estante (2019)
Documentário dirigido por Rachel Mason, Atrás da Estante (Circus of Books) mergulha na história da livraria e loja de vídeos pornográficos gay chamada Circus of Books, localizada em Los Angeles. O filme é um retrato íntimo de Karen e Barry Mason — o casal que administrou a loja por décadas, e pais da diretora do documentário — e explora a conexão entre sexualidade, pornografia e a comunidade queer. Ao longo do documentário, são entrevistados funcionários da loja — como a drag queen Alaska Thunderfuck, vencedora da segunda temporada de RuPaul’s Drag Race All Stars –, clientes regulares e personalidades da indústria pornográfica, revelando a importância do espaço para a comunidade LGBTQIAP+ e seu papel na luta pelos seus direitos.
Elogiado pela crítica, o documentário ganhou o Prêmio do Público no Festival de Cinema de Tribeca em 2019 e foi indicado ao Prêmio GLAAD de Melhor Documentário. Através da história da família Mason e de sua relação com a comunidade queer, o filme aborda temas como aceitação, representatividade e sexualidade, destacando a relevância do Circus of Books na história do movimento LGBTQIAP+.
Atrás da Estante está disponível para streaming na Netflix.
Bixa Travesty (2019)
Bixa Travesty, dirigido por Claudia Priscilla e Kiko Goifman, é um documentário brasileiro que retrata a vida e a carreira artística da rapper, cantora e performer Linn da Quebrada — que ganhou destaque anos mais tarde, ao participar do Big Brother Brasil 2022, reality show da Rede Globo. O filme aborda questões de identidade de gênero, sexualidade e resistência, destacando a trajetória de Linn como uma figura icônica e provocadora na cena musical brasileira.
O filme ganhou o Teddy Award de Melhor Documentário no Festival Internacional de Cinema de Berlim em 2018, além de outros prêmios em diversos festivais de cinema ao redor do mundo. O documentário apresenta a jornada de Linn da Quebrada, uma mulher negra e transexual, e sua luta para quebrar estereótipos e enfrentar a transfobia e a homofobia presentes na sociedade brasileira. Com uma abordagem ousada e provocativa, Bixa Travesty desafia normas de gênero e revela a força e o talento de Linn como artista queer.
Bixa Travesty está disponível para streaming na Globoplay.
Carta Para Além dos Muros (2019)
Dirigido por André Canto, Carta Para Além dos Muros é um documentário que aborda a epidemia de HIV/AIDS no Brasil. O filme apresenta uma visão histórica e contemporânea da doença, explorando sua evolução ao longo dos anos e a luta pela prevenção, tratamento e conscientização.
O filme conta com a participação de renomados especialistas, incluindo o médico Drauzio Varella, que oferece insights sobre a situação atual da epidemia no país. Além disso, o documentário destaca histórias pessoais de indivíduos que vivem com HIV/AIDS, suas experiências, desafios e conquistas. Betinho, Cazuza e outras personalidades também são abordados no filme, destacando suas contribuições para a conscientização e para romper o estigma em torno da doença.
Carta Para Além dos Muros está disponível para streaming na Netflix.
Divinas Divas (2016)
Dirigido por Leandra Leal, Divinas Divas é um documentário que resgata a história das primeiras artistas travestis do Brasil. O filme narra a trajetória de ícones como Rogéria, Jane di Castro e Divina Valéria, que fizeram história nos palcos do teatro Rival, no Rio de Janeiro, durante os anos 1960 e 1970. Divinas Divas aborda não apenas a carreira artística dessas mulheres, mas também seus desafios pessoais, lutas pela aceitação e os obstáculos enfrentados em uma sociedade conservadora.
Divinas Divas recebeu ampla aclamação da crítica e vários prêmios. O documentário foi vencedor do Prêmio de Público no Festival do Rio em 2016 e recebeu o Prêmio Especial do Júri no Festival de Cinema de Cartagena. Através de entrevistas emocionantes e performances inesquecíveis, o filme revela a força e a resiliência dessas artistas transgênero pioneiras, além de retratar a importância do teatro como espaço de expressão e resistência para a comunidade queer.
Divinas Divas está disponível para streaming na Netflix.
Dzi Croquettes (2009)
Este documentário brasileiro revisita a história do grupo de teatro Dzi Croquettes, formado por artistas homossexuais e drag queens nos anos 1970. O filme, dirigido por Raphael Alvarez e Tatiana Issa, explora o impacto e a influência desse grupo na cena cultural brasileira durante o regime militar, bem como sua relevância para a comunidade queer e a luta por liberdade de expressão.
Dzi Croquettes recebeu diversos prêmios e reconhecimentos, incluindo o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de Melhor Documentário em 2010. O documentário apresenta entrevistas com os membros sobreviventes do grupo, além de imagens de arquivo e performances icônicas. Ao relembrar a história do Dzi Croquettes, o filme destaca sua ousadia artística, sua resistência política e sua contribuição para o fortalecimento do movimento queer no Brasil.
Dzi Croquettes está disponível para streaming em Canais Globo.
Equal (2020)
Esta série documental de quatro episódios se aprofunda na história do movimento LGBTQIAP+ nos Estados Unidos, desde os anos 1950 até os anos 2000. Cada episódio aborda uma década específica e destaca as lutas e conquistas do movimento queer ao longo do tempo. Equal utiliza uma combinação de material de arquivo, entrevistas contemporâneas e dramatizações para recontar eventos históricos e destacar as personalidades e figuras importantes que estiveram na vanguarda da luta pelos direitos LGBTQ+.
A série retrata momentos cruciais na história, como as Revoltas de Stonewall, em 1969, que marcaram o início de um movimento mais ativo pela igualdade de direitos. A série também aborda a campanha contra a discriminação no emprego, a epidemia da AIDS e a luta pelo casamento igualitário. Personagens importantes, como Marsha P. Johnson, Sylvia Rivera, Bayard Rustin e Christine Jorgensen, entre outros ativistas e líderes queer, são destacados na série.
Equal recebeu elogios da crítica por sua narrativa cativante e sua capacidade de retratar de forma envolvente os eventos históricos do movimento LGBTQIAP+. Ao dar destaque às histórias e às personalidades queer, a série oferece uma perspectiva abrangente e educativa sobre a luta por direitos LGBTQ+ nos Estados Unidos.
Equal está disponível para streaming no HBO Max.
Flee – Nenhum Lugar Para Chamar De Lar (2021)
Flee – Nenhum Lugar Para Chamar De Lar é um documentário de animação dirigido por Jonas Poher Rasmussen que mergulha na história pessoal de Amin Nawabi, um refugiado afegão que busca asilo na Europa. O filme é baseado em uma história real e apresenta uma mistura de animações cuidadosamente elaboradas e narrações em primeira pessoa para contar a jornada de Amin e as dificuldades que ele enfrentou em sua vida.
Flee aborda a temática queer ao revelar a vida dupla de Amin, explorando sua identidade e sexualidade em um contexto cultural e político complexo. O documentário revela os desafios e riscos enfrentados por indivíduos queer em sociedades conservadoras, bem como a luta contínua por aceitação e liberdade. A narrativa revela as pressões e os perigos enfrentados por Amin, enquanto ele tenta encontrar segurança e uma identidade autêntica em um ambiente hostil.
O filme recebeu aclamação universal da crítica e foi premiado em vários festivais de cinema ao redor do mundo. Em 2021, Flee conquistou o prêmio do júri na categoria de Melhor Documentário no Festival de Sundance, bem como o prêmio da crítica e o prêmio do público no Festival de Cinema de Annecy. Através de sua abordagem criativa e emocionalmente impactante, Flee lança luz sobre as experiências queer dentro do contexto dos desafios enfrentados por refugiados, destacando a resiliência e a coragem de indivíduos que lutam para viver suas vidas autenticamente, mesmo em meio à adversidade.
Flee – Nenhum Lugar Para Chamar De Lar está disponível para aluguel no Google Play Filmes, Apple TV e Prime Video.
Gayby Baby (2015)
Dirigido por Maya Newell, Gayby Baby é um documentário australiano que mergulha na vida de quatro crianças com pais homossexuais. O filme oferece um olhar íntimo e afetuoso sobre as experiências dessas crianças enquanto elas navegam pela vida cotidiana e enfrentam os desafios e as alegrias de crescer em famílias LGBTQIAP+.
O documentário explora a temática queer ao mostrar as perspectivas das crianças e suas jornadas de autodescoberta e aceitação. O documentário aborda questões de identidade, família, amizade e preconceito, enquanto as crianças compartilham suas experiências pessoais e refletem sobre o que significa ter pais homossexuais. O filme ilustra a diversidade das famílias LGBTQIAP+ e destaca a importância do amor, do apoio e da compreensão na formação de uma criança.
Gayby Baby está disponível para streaming no Vimeo On Demand.
Howard – Sons de Um Gênio (2018)
Howard – Sons de Um Gênio é um documentário dirigido por Don Hahn que presta uma emocionante homenagem à vida e ao legado de Howard Ashman, letrista e dramaturgo reconhecido por seu trabalho nas animações da Disney, incluindo A Pequena Sereia e A Bela e a Fera. O filme mergulha na vida de Ashman, destacando sua genialidade criativa, sua paixão pela música e sua contribuição revolucionária para a transformação da animação no cinema.
O documentário abordar a vida pessoal de Ashman, que era um homem gay e que lutou contra a AIDS durante seu tempo de vida, revelando como sua sexualidade e sua luta contra a doença influenciaram tanto sua arte quanto sua perspectiva de mundo. Ele destaca a importância de Ashman na criação de personagens icônicos e canções memoráveis que ressoam até hoje, ao mesmo tempo em que explora sua experiência pessoal como um artista queer vivendo durante uma época em que a homossexualidade era frequentemente estigmatizada e marginalizada.
Howard é um tributo tocante a um talento queer excepcional que deixou um impacto duradouro no mundo da animação e da música.
Howard – Sons de Um Gênio está disponível para streaming no Disney+.
Indianara (2019)
Documentário brasileiro dirigido por Aude Chevalier-Beaumel e Marcelo Barbosa que retrata a vida e a luta incansável de Indianara Siqueira, uma ativista e líder transgênero no Brasil. O filme mergulha na jornada de Indianara, revelando seu ativismo em defesa dos direitos LGBTQIAP+ e sua luta por justiça e igualdade em um país marcado por altos índices de violência e discriminação contra pessoas trans.
Indianara aborda a temática queer ao destacar as lutas enfrentadas pela comunidade transgênero no Brasil e a coragem da ativista em liderar e organizar movimentos de resistência. O documentário retrata sua atuação em organizações de apoio, como o Grupo Transrevolução, e mostra seu envolvimento em manifestações, ocupações e ações diretas em busca de mudanças sociais significativas. Além disso, o filme revela a intimidade da vida de Indianara, explorando suas relações pessoais, suas reflexões sobre a identidade de gênero e as dificuldades enfrentadas por ela e por outras pessoas trans no contexto brasileiro.
O filme recebeu reconhecimento internacional e conquistou vários prêmios em festivais de cinema. Entre os prêmios recebidos estão o Teddy Award de Melhor Documentário no Festival de Berlim e o Prêmio do Júri Popular no Festival do Rio.
Indianara está disponível para streaming no MUBI e Globoplay.
Laerte-se (2017)
Documentário brasileiro dirigido por Lygia Barbosa e Eliane Brum que mergulha na vida e na obra de Laerte Coutinho, uma das cartunistas mais renomadas do Brasil. O filme aborda a jornada de Laerte em relação à sua identidade de gênero e sua transição de gênero, explorando como sua arte reflete suas experiências pessoais e sua busca por autenticidade.
Laerte-se aborda a temática queer ao oferecer uma visão íntima da jornada de Laerte em relação à sua identidade de gênero, apresentando as lutas e as descobertas que ela enfrentou ao longo dos anos. O documentário examina a coragem de Laerte em questionar e desafiar as normas sociais, assim como sua exploração da fluidez de gênero em suas criações artísticas. O filme também destaca a importância de Laerte como uma figura pública e influente na discussão sobre gênero e diversidade.
O documentário revela não apenas a criatividade de Laerte, mas também sua coragem em se expressar e sua busca por autenticidade e aceitação em um mundo que muitas vezes é limitante em termos de identidade de gênero. O filme celebra a diversidade e desafia as convenções, incentivando a aceitação e a compreensão das experiências queer.
Laerte-se está disponível para streaming na Netflix.
Meu Amigo Claudia (2009)
Documentário brasileiro dirigido por Dácio Pinheiro, Meu Amigo Claudia que retrata a vida e o legado de Claudia Wonder, uma das artistas transformistas mais icônicas do Brasil. O filme mergulha na trajetória de Claudia, desde sua infância até sua ascensão como uma figura influente na cena drag e LGBTQIAP+ do país.
Ao explorar a temática queer, Meu Amigo Claudia destaca a importância da arte e da performance como formas de expressão e resistência. Claudia Wonder foi uma pioneira no universo drag brasileiro, desafiando estereótipos de gênero e transgredindo normas sociais. O documentário revela sua busca por liberdade e autenticidade, bem como as dificuldades e discriminações que ela enfrentou ao longo de sua carreira.
Além de Claudia Wonder, o documentário também apresenta depoimentos de amigos, familiares e outros artistas drag que compartilham suas experiências e reflexões sobre o impacto de Claudia na comunidade LGBTQIAP+. O filme destaca a importância da representatividade e da visibilidade para as pessoas queer, bem como o poder da arte como uma ferramenta para a quebra de barreiras sociais.
Meu Amigo Claudia está disponível no Vimeo.
Meu Corpo É Político (2017)
Dirigido por Alice Riff, Meu Corpo É Político é um documentário que acompanha a vida de quatro militantes LGBTQIAP+ em São Paulo, Brasil, explorando suas experiências pessoais e as lutas enfrentadas pela comunidade no país. O filme aborda a temática queer ao mergulhar nas questões de identidade de gênero, sexualidade, classe social e raça, e como esses aspectos se entrelaçam na vida dos personagens principais.
O documentário segue a cantora e ativista transgênero Linn da Quebrada, que teve sua história retratada no documentário Bixa Travesty; Paula Beatriz, uma mulher negra lésbica e militante; Giu Nonato, uma mulher trans que atua no mercado de trabalho formal; e Fernando Ribeiro, um homem gay negro que é professor. Cada um desses personagens traz suas perspectivas únicas e enfrenta desafios específicos relacionados à sua identidade e ao ambiente social em que estão inseridos.
Meu Corpo É Político destaca a importância do ativismo e da organização comunitária na luta por direitos e igualdade para a comunidade LGBTQ+, abordando as questões de invisibilidade, violência, precarização do trabalho, falta de acesso à saúde e moradia, entre outros desafios enfrentados. Ao explorar a vida e as lutas desses ativistas, o documentário revela a resiliência, a força e a determinação das pessoas LGBTQ+ em reivindicar seu espaço e exigir mudanças sociais.
O documentário conquistou o Prêmio do Júri Jovem no Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade em 2017, destacando sua relevância e impacto na discussão sobre questões queer e no ativismo. O filme também foi premiado no Festival Mix Brasil, recebendo o prêmio de Melhor Documentário, consolidando sua importância como uma obra que retrata a realidade e as lutas da comunidade LGBTQIAP+ no Brasil.
Meu Corpo É Político está disponível para streaming no Globoplay.
Minhas Famílias (2019)
Minhas Famílias (All in My Family) é um documentário dirigido por Hao Wu que explora a temática queer dentro do contexto da cultura chinesa e das dinâmicas familiares. O filme segue a jornada pessoal do próprio diretor, Hao Wu, um homem gay que vive nos Estados Unidos, ao retornar à China para apresentar seu parceiro e seus filhos adotivos à sua família conservadora.
O documentário aborda as complexidades e os desafios enfrentados por Hao Wu ao tentar conciliar sua identidade sexual com as expectativas culturais e familiares. Ele explora as normas sociais tradicionais na China, onde a homossexualidade ainda é estigmatizada e muitas vezes considerada um tabu. Minhas Famílias oferece um olhar íntimo sobre as dinâmicas familiares e as tensões que surgem quando as tradições culturais colidem com a identidade queer.
O filme apresenta as conversas e interações entre Hao Wu, sua família e outros membros da comunidade LGBTQIAP+ na China. Ele destaca os esforços do diretor para educar sua família sobre sua identidade e buscar aceitação, ao mesmo tempo em que explora a importância do amor e da compreensão no processo de reconciliação familiar.
Minhas Famílias está disponível para streaming na Netflix.
Oriented (2015)
Este documentário dirigido por Jake Witzenfeld que narra a vida de três amigos gays palestinos em Tel Aviv, explorando as complexidades de suas identidades e relacionamentos em meio ao contexto político e social do Oriente Médio. O filme aborda a temática queer ao examinar as tensões entre suas identidades palestinas e suas identidades LGBTQIAP+.
Oriented mergulha nas vidas de Khader, Fadi e Naeem, que buscam equilibrar seu ativismo político em defesa dos direitos dos palestinos com suas identidades queer. O documentário explora suas experiências de luta contra o preconceito e a discriminação, tanto em relação à sua sexualidade quanto ao seu contexto cultural e político.
Ao longo do filme, os personagens principais debatem sobre suas identidades, expressões de gênero e as expectativas da sociedade em relação a eles. Eles compartilham suas experiências de amor, relacionamentos e as pressões e desafios enfrentados em um ambiente onde a homossexualidade ainda é estigmatizada e vista como uma afronta às normas sociais.
Oriented está disponível para aluguel no Google Play Filmes.
Paris is Burning (1990)
Este icônico documentário dirigido por Jennie Livingston captura a cultura ballroom em Nova York nos anos 1980, principalmente entre as comunidades negras e latinas LGBTQIAP+. O filme não só se tornou um marco na história do cinema documental, mas também teve um impacto significativo na cultura geral e influenciou diversas produções posteriores, incluindo programas de TV populares como RuPaul’s Drag Race e Pose.
Paris is Burning desvenda a cena ballroom, onde pessoas LGBTQIAP+ se reuniam para competir em categorias como voguing (o estilo de dança que inspirou a música Vogue, de Madonna), apresentações de moda e dança. O documentário explora as motivações por trás das performances, bem como as questões de identidade, raça, gênero e classe social enfrentadas pelos participantes. Através de entrevistas e imagens de arquivos, o filme oferece uma visão autêntica e íntima das vidas e dos sonhos desses artistas.
RuPaul’s Drag Race, reality show de competição de drag queens que se multiplicou em diversas franquias ao redor do mundo, presta homenagem direta ao legado de Paris is Burning, incorporando elementos da cultura ballroom e referenciando o documentário em vários episódios. Pose, uma série de TV que retrata a comunidade LGBTQIAP+ negra e latina nos anos 1980 e 1990, é fortemente inspirada na cultura ballroom e aborda temas semelhantes aos explorados no documentário.
Em termos de prêmios, Paris is Burning recebeu o Grande Prêmio do Júri no Festival de Sundance de 1991, reconhecendo sua relevância cultural e seu impacto duradouro. Além disso, o documentário recebeu inúmeras indicações e prêmios em festivais e premiações ao redor do mundo, solidificando sua posição como uma obra seminal na história do cinema e na representação da comunidade LGBTQ+.
Paris is Burning é o único documentário desta lista que não está no catálogo dos streamings disponíveis no Brasil. Entretanto, devido ao seu grande valor histórico, deixamos aqui o registro e indicamos uma cópia legendada (porém com qualidade baixa) disponível no YouTube. Também é possível encontrar em players alternativos, como o Stremio.
Peter Tatchell: Do Ódio ao Amor (2021)
Peter Tatchell: Do Ódio ao Amor (Hating Peter Tatchell) é um documentário dirigido por Christopher Amos que examina a vida e o ativismo de Peter Tatchell, um renomado defensor dos direitos LGBTQIAP+. O filme aborda a temática queer ao explorar a jornada de Tatchell em sua luta pelos direitos humanos e pela igualdade para a comunidade LGBTQIAP+.
O documentário apresenta a história de Peter Tatchell, desde seus primeiros dias como ativista até hoje, abordando sua coragem ao enfrentar a homofobia e a discriminação em diferentes contextos políticos e sociais. O filme também destaca as controvérsias e os desafios que Tatchell enfrentou ao longo de sua carreira, além de explorar as complexidades do ativismo queer.
O filme foi indicado em várias premiações, incluindo o British Documentary Film Festival e o Outfest Los Angeles LGBTQ Film Festival, recebendo reconhecimento pela sua abordagem cautelosa e esclarecedora sobre a vida e o trabalho de Peter Tatchell. O documentário oferece uma perspectiva valiosa sobre a história do movimento LGBTQ+ e destaca a importância do ativismo individual na luta por direitos e justiça.
Peter Tatchell: Do Ódio ao Amor está disponível para streaming na Netflix.
Pray Away (2021)
Pray Away (2021) é um documentário dirigido por Kristine Stolakis que investiga o movimento de “cura gay” nos Estados Unidos. O filme aborda a temática queer ao examinar as experiências de pessoas que participaram desses programas de conversão e que lutam para se libertar desse ambiente prejudicial.
O documentário apresenta entrevistas com ex-líderes do movimento de “cura gay” e pessoas que passaram por esses programas, revelando os danos psicológicos e emocionais causados pela tentativa de mudar a orientação sexual ou identidade de gênero das pessoas LGBTQIAP+ através de terapias de conversão. O filme também explora as implicações éticas e morais desses programas e levanta questões sobre a aceitação e o respeito à diversidade sexual.
O filme recebeu uma indicação para o Grande Prêmio do Júri na categoria Documentário dos Estados Unidos no Festival de Sundance de 2021, destacando a relevância e a qualidade do filme na discussão sobre a terapia de conversão e seus impactos. O documentário oferece uma perspectiva crítica sobre um tema controverso, estimulando o diálogo sobre a importância da aceitação e da inclusão na sociedade.
Pray Away está disponível para streaming na Netflix.
Pride (2021)
A série documental Pride é narrada pela atriz Angelica Ross (a Candy de Pose) e narra a luta pelos direitos civis LGBTQIAP+ nos Estados Unidos ao longo das décadas. A série explora a história do movimento LGBTQIAP+ no país, destacando os desafios, conquistas e heróis que moldaram a luta por igualdade.
Com uma abordagem abrangente, Pride mergulha em eventos históricos e movimentos importantes, como os protestos de Stonewall em 1969, a epidemia da AIDS nos anos 1980, a luta pela igualdade no casamento e os avanços legislativos em direitos LGBTQIAP+. Através de entrevistas, imagens de arquivo e relatos de ativistas, a série destaca as vozes e experiências da comunidade, bem como os desafios enfrentados para alcançar a igualdade de direitos.
Sua abordagem informativa e perspicaz sobre a história do movimento LGBTQIAP+ nos Estados Unidos recebeu reconhecimento crítico e elogios do público, tendo indicada a prêmios como o GLAAD Media Awards. A série oferece uma visão detalhada e comovente sobre a luta pelos direitos civis LGBTQIAP+ e destaca a resiliência e o impacto duradouro dos ativistas queer ao longo do tempo.
Pride está disponível para streaming no Star+.
Revelação (2020)
Revelação (Disclosure) é um documentário dirigido por Sam Feder que examina a representação transgênero na mídia ao longo dos anos. O filme aborda a temática queer ao explorar como as pessoas trans foram retratadas e estereotipadas em filmes e programas de TV, analisando as consequências dessa representação para a comunidade trans.
Ao longo do documentário, são apresentadas entrevistas com pessoas trans, dentre artistas, ativistas e profissionais da indústria do entretenimento, que compartilham suas experiências e perspectivas sobre a representação transgênero na mídia. Eles discutem as formas como a mídia perpetuou estereótipos e narrativas prejudiciais, como a hipersexualização, a vilanização e a invisibilidade das pessoas trans.
O longa examina criticamente filmes icônicos e populares, revelando como determinadas representações influenciaram a percepção pública das pessoas trans e contribuíram para a discriminação e o preconceito. O documentário também destaca a importância da representação autêntica, diversa e positiva na mídia, visando quebrar estereótipos e promover a inclusão e a compreensão.
O documentário recebeu aclamação da crítica e ganhou diversos prêmios e indicações. Foi indicado ao Emmy de Melhor Documentário ou Especial de Não-Ficção e ao Critics’ Choice Documentary Award de Melhor Documentário. O filme recebeu o Prêmio do Júri Especial do Sundance Film Festival, bem como o GLAAD Media Award de Melhor Documentário, reconhecendo sua importância na conscientização sobre a representação transgênero e na promoção de uma mídia mais inclusiva e representativa.
Revelação está disponível para streaming na Netflix.
São Paulo em Hi-Fi (2013)
São Paulo em Hi-Fi (2013) é um documentário dirigido por Lufe Steffen que retrata a vibrante cena LGBTQIAP+ de São Paulo nas décadas de 1960 a 1980. O filme mergulha na vida noturna da cidade e explora a importância dos espaços LGBTQIAP+, como boates e bares, na construção da identidade e da expressão queer.
O documentário apresenta entrevistas com personalidades icônicas da cena de São Paulo, incluindo artistas, drag queens, DJs e frequentadores desses espaços históricos. Eles compartilham suas experiências e vivências, revelando as nuances e os desafios enfrentados pela comunidade queer na época.
São Paulo em Hi-Fi destaca a influência desses locais como espaços de acolhimento, resistência e celebração, onde pessoas LGBTQ+ puderam expressar sua autenticidade e buscar conexões com outras pessoas da comunidade. O filme também aborda questões como a repressão policial, a luta por liberdade sexual e a busca por espaços de expressão livre.
O documentário foi premiado no Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade em 2013, recebendo o prêmio de Melhor Documentário. O filme foi elogiado por sua narrativa envolvente, sua rica contextualização histórica e sua contribuição para preservar a memória e a história da comunidade LGBTQIAP+ de São Paulo.
São Paulo em Hi-Fi está disponível para streaming no Claro tv+.
State of Pride (2019)
Documentário que explora a vivência e o significado do Orgulho LGBTQIAP+ em diferentes comunidades dos Estados Unidos, o filme segue a jornada de várias pessoas queer e suas experiências com o movimento do Orgulho, desde os desfiles coloridos até os desafios enfrentados no caminho para a igualdade. O documentário destaca a importância do Orgulho LGBTQIAP+ como uma forma de celebrar a identidade e combater a discriminação.
State of Pride apresenta entrevistas com ativistas, celebridades e membros da comunidade LGBTQIAP+, incluindo personalidades como Raymond Braun e Tyler Oakley. Eles compartilham suas histórias pessoais e reflexões sobre o significado do Orgulho e seu impacto na luta pelos direitos LGBTQIAP+. O filme também aborda questões relevantes, como a importância da inclusão e da representatividade dentro do movimento.
O documentário recebeu elogios da crítica por sua abordagem sincera e emotiva, retratando a diversidade e a resiliência da comunidade LGBTQIAP+. Ao explorar as histórias de pessoas reais, o filme destaca a importância de compartilhar experiências e construir uma comunidade inclusiva e empoderada. O filme oferece uma visão inspiradora sobre o Orgulho LGBTQIAP+ e seu papel na luta por igualdade e aceitação.
State of Pride é uma produção YouTube Originals, e está disponível na própria plataforma. Veja abaixo:
Strike a Pose (2016)
Strike a Pose (2016) é um documentário que revisita os dançarinos que acompanharam Madonna na icônica turnê “Blond Ambition” em 1990 e examina o impacto que a experiência teve em suas vidas. O filme aborda a temática queer ao explorar as histórias pessoais dos dançarinos e a forma como eles enfrentaram questões relacionadas à identidade, sexualidade e fama.
O documentário apresenta entrevistas e imagens de arquivo, revelando como os dançarinos encontraram força e comunidade na turnê, que se tornou um marco para a cultura queer. O documentário aborda questões como a pressão da mídia, o estigma em relação à AIDS e a importância da autenticidade na vida artística e pessoal.
Strike a Pose foi indicado a vários prêmios, incluindo o Festival Internacional de Cinema de Berlim e o Festival de Cinema de Tribeca. O filme recebeu o Prêmio do Júri Popular no Festival Internacional de Documentários Hot Docs, reconhecendo sua capacidade de envolver o público e compartilhar histórias poderosas de superação e autenticidade.
Strike a Pose está disponível para streaming na plataforma Watch Documentaries.
Transversais (2021)
Transversais é um documentário de 2021 dirigido por Émerson Maranhão que reúne as histórias de cinco pessoas transgêneras que vivem no estado do Ceará, no Brasil. O filme narra histórias de coragem e determinação em prosperar, apesar das adversidades enfrentadas por essas pessoas. Os personagens principais são Érikah, uma professora; Samilla, uma funcionária pública; Caio José, um paramédico; Kaio Lemos, um pesquisador acadêmico e Mara, uma jornalista e mãe de um adolescente. Todos eles têm origens, históricos e classes sociais diferentes, mas têm em comum o fato de terem suas vidas atravessadas pela transexualidade.
O documentário foi indicado a Melhor Filme na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Importante destacar que o filme participou, em 2019, de um edital de chamamento de projetos para TVs públicas, na categoria de temática LGBTQIAP+. Entretanto, o então presidente Jair Bolsonaro censurou a iniciativa em uma live, o edital foi suspenso e o filme, que estava aprovado para a última fase do concurso, teve que buscar outras formas de financiamento.
Transversais está disponível para streaming na Netflix.
Trixie Mattel: Moving Parts (2019)
Trixie Mattel: Moving Parts é um documentário dirigido por Nicholas Zeig-Owens que oferece um olhar intimista sobre a vida e a carreira da drag queen Trixie Mattel, vencedora da terceira temporada de RuPaul’s Drag Race All Stars. O filme aborda a temática queer ao explorar a jornada pessoal e profissional de Brian Firkus — o artista que se transforma na drag queen– desde suas origens em uma pequena cidade até se tornar uma das drag queens mais reconhecidas e amadas na indústria do entretenimento.
O documentário mergulha nos bastidores do mundo da artista, mostrando o esforço, a criatividade e a dedicação necessários para construir uma persona artística como Trixie Mattel. O documentário destaca a evolução de Brian Firkus, que inicialmente enfrentou desafios e rejeição por sua expressão de gênero, até encontrar sua voz e autenticidade por meio da persona de Trixie Mattel.
Além de acompanhar a rotina de Trixie Mattel em shows, sessões de fotos e gravações de músicas, o documentário também mergulha nos momentos mais íntimos de sua vida, explorando seus relacionamentos, a pressão da fama e os altos e baixos emocionais enfrentados ao longo de sua carreira. O documentário apresenta entrevistas com Trixie Mattel, sua família e amigos, oferecendo um retrato emocionante e inspirador de uma artista queer que encontrou seu caminho para o sucesso através da autenticidade e da persistência.
Trixie Mattel: Moving Parts está disponível para locação na Apple TV.
Untold: Caitlyn Jenner (2021)
Untold: Caitlyn Jenner é um episódio da série documental Untold, da Netflix, que mergulha na vida e na jornada de Caitlyn Jenner, uma figura pública conhecida por sua carreira como atleta olímpica, por sua família e sua transição de gênero. O documentário aborda a temática queer ao explorar a experiência de Caitlyn Jenner como uma mulher transgênero e os desafios e triunfos que ela enfrentou ao compartilhar sua identidade com o mundo.
O documentário também aborda a relação de Caitlyn Jenner com a família Kardashian. Caitlyn foi casada com Kris Jenner, ex-esposa de Robert Kardashian e mãe das famosas irmãs Kim, Kourtney e Khloé Kardashian, e Kendall e Kylie Jenner — filhas de Caitlyn. A série explora as dinâmicas familiares e os desafios que surgiram quando Caitlyn revelou sua identidade de gênero como mulher transgênero.
Ao longo do documentário, Caitlyn compartilha suas experiências pessoais de como a transição afetou suas relações familiares. O público testemunha as conversas difíceis, as reações e as jornadas individuais de cada membro da família Kardashian-Jenner ao lidar com a transição de Caitlyn. O documentário oferece insights sobre a compreensão, o apoio e os desafios enfrentados por todos os envolvidos enquanto navegam por essa transformação e pela nova dinâmica familiar.
Untold: Caitlyn Jenner está disponível para streaming na Netflix.
Visible: Out on Television (2020)
Visible: Out on Television é uma série documental que aborda a história e o impacto da representação LGBTQIAP+ na televisão ao longo das décadas. Dividida em cinco episódios, a série examina como a mídia televisiva desempenhou um papel fundamental na mudança de atitudes e percepções em relação à comunidade queer.
Cada episódio da série se concentra em diferentes aspectos da representação LGBTQIAP+ na televisão, abordando temas como estereótipos, censura, visibilidade transgênero e o poder do ativismo através do entretenimento. O documentário inclui entrevistas com uma variedade de personalidades, como atores, atrizes, produtores, roteiristas e ativistas, que compartilham suas experiências e perspectivas sobre o tema.
A série destaca figuras icônicas e pioneiras que quebraram barreiras e ajudaram a pavimentar o caminho para uma maior representatividade queer na televisão. Ela explora programas e momentos históricos que foram marcantes, como o primeiro beijo lésbico em uma série, personagens queer que desafiaram estereótipos e narrativas importantes que trouxeram à tona questões relevantes para a comunidade LGBTQIAP+.
O documentário recebeu elogios da crítica e foi indicada a vários prêmios, incluindo o Emmy Awards. A série é elogiada por sua abordagem abrangente, informativa e emocionalmente impactante, que destaca tanto as vitórias quanto os desafios enfrentados pela comunidade queer na indústria televisiva.
Visible: Out on Television está disponível para streaming no Apple TV+.
Welcome to Chechnya (2020)
Welcome to Chechnya é um documentário corajoso e impactante que lança luz sobre a perseguição e violência enfrentadas pela comunidade LGBTQIAP+ na República da Chechênia, uma região da Rússia. Dirigido por David France, o filme acompanha ativistas e defensores dos direitos humanos que arriscam suas vidas para resgatar e proteger pessoas queer perseguidas e ameaçadas de morte no país.
O documentário segue um grupo de ativistas que operam clandestinamente para ajudar as vítimas da perseguição na Chechênia, fornecendo abrigo, apoio psicológico e documentação para aqueles que estão em perigo. O filme também revela a intensidade da homofobia institucionalizada e dos atos de violência brutal perpetrados pelas autoridades chechenas contra pessoas queer, incluindo sequestros, torturas e assassinatos.
O documentário destaca histórias pessoais de sobreviventes que compartilham seus relatos de horror e resiliência, mostrando a coragem daqueles que enfrentam a opressão e lutam por justiça e igualdade. O filme utiliza técnicas inovadoras de anonimização digital para proteger a identidade dos entrevistados, enfatizando a necessidade de preservar sua segurança.
Pela sua importância e impacto, Welcome to Chechnya recebeu elogios da crítica e foi indicado e ganhou vários prêmios. O filme foi indicado ao prêmio de Melhor Documentário no Critics’ Choice Documentary Awards e ganhou o Prêmio Especial do Júri de Documentário Internacional no Sundance Film Festival, além de ter sido nomeado para diversos outros prêmios de prestígio.
Welcome to Chechnya está disponível para locação no Prime Video e na Apple TV.
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Revisão do texto feita por: Pedro Bomfim (10/06/23)