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Uma polêmica que está girando em torno do nome da Disney nos EUA é que a casa do Mickey estaria financiando campanhas de políticos que apoiam a lei anti-LGBT no estado da Flórida. A polêmica foi duramente criticada, e após muita pressão e denúncias de funcionários da Pixar, o CEO da companhia anunciou que estará atuando para que as produções tenham uma maior representatividade.
Durante a noite de ontem, o perfil oficial da Marvel Studios no Instagram se pronunciou diretamente e sem rodeios contra a lei que está prevista para entrar em vigor em julho, caso seja sancionada. Entenda a polêmica e como cada um dos estúdios está envolvido nisso.
O que é a lei-anti LGBT
Chamada popularmente de Don’t Say Gay (SB 1834 Parental Rights in Education, que pode ser traduzido para “Direitos Parentais em Educação”), a lei foi aprovada pela Câmara dos Representantes da Flórida e também no Senado do estado da Flórida. O passo final é a sanção pelo governador republicano Ron DeSantis, que já se pronunciou a favor da nova regra.
Em uma breve explicação, a nova lei da Flórida proíbe qualquer menção à orientação sexual e identidade de gênero em escolas da série primária (sem especificar qual seria a idade ou etapa de desenvolvimento dos corpos dos alunos).
Os políticos que apoiam o projeto de lei possuem o argumento de que estes assuntos devem ser discutidos apenas pelos pais e os professores não podem perguntar a uma criança quais são seus pronomes ou identidade de gênero sem a presença dos responsáveis.
Os professores de distritos da Flórida que identificarem qualquer mudança relacionada à saúde, bem estar mental, emocional ou físico de uma criança devem entrar em contato com os pais em vez de agirem no âmbito escolar.
A polêmica envolvendo a Disney
A casa do Mickey foi duramente criticada após a notícia da doação de US$ 5 milhões (cerca de R$ 25 milhões) para campanhas de políticos que apoiam a lei anti-LGBT. Mesmo que de forma indireta, a Disney estaria incentivando o trabalho que pode causar problemas para toda uma comunidade.
A história ficou mais séria durante uma reunião com investidores, quando Bob Chapek, CEO da Disney, se pronunciou dizendo que a opinião da empresa não é de tanta importância e “declarações corporativas fazem muito pouco para mudar os resultados ou as mentes. Em vez disso, eles são frequentemente armados por um lado ou outro para dividir e inflamar ainda mais”.
Um documento interno também chegou ao conhecimento do público e confirma que a regra de não se pronunciar publicamente sobre a lei Don’t Say Gay existia nos corredores da companhia. O problema é: como estava apoiando a lei de forma indireta, a casa do Mickey também estava se opondo a todos os seus funcionários que fazem parte da comunidade LGBTQIA+.
Pessoas que trabalham na Pixar, que faz parte do conglomerado da Disney, também vieram a público para dizer que seus projetos e ideias com representatividade LGBTQIA+ eram barrados ou descontinuados. Depois de toda a polêmica, Bob Chapek precisou se pronunciar novamente:
O posicionamento da Marvel
Apesar de fazer parte do conglomerado, a opinião da Marvel Studios sobre a lei anti-LGBT foi mais direta. Via Instagram, a empresa que é comandada por Kevin Feige postou um posicionamento que foi bastante elogiado por toda a comunidade. Confira a publicação e tradução logo abaixo:
Você acha que mais empresas devem se pronunciar contra a lei para que a aprovação não aconteça? Diga pra gente nos comentários!
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Fontes: Variety l The Guardian l The Wrap l Marvel Studios
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