Em meio a pandemia de COVID-19, um dos homens mais ricos do mundo se tornou ainda mais rico. De acordo com a lista de bilionários da Bloomberg o CEO e fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, é hoje a terceira pessoa mais rica do mundo, com um fortuna que está atrás apenas de Bill Gates, fundador da Microsoft, e Jeff Bezos, da Amazon.
Zuckerberg, que até bem pouco tempo era apenas o quinto colocado na lista, conseguiu subir duas posições por causa de um grande crescimento do Facebook durante os meses de março e abril, o que fez com que o valor de mercado do CEO crescesse mais de US$ 30 bilhões neste período.
De acordo com a lista, Mark Zuckerberg possui atualmente um patrimônio de cerca de US$ 89 bilhões, o que coloca o bilionário à frente de dois magnatas que durante anos se mantinham no terceiro e quarto lugar desta lista: Bernard Arnault (presidente do grupo LVMH, que é dono de diversas marcas relacionadas mercado de luxo, como as grifes Louis Vuitton, Marc Jacobs e Christian Dior, a joalheria Tiffany & Co, e o vinho Dom Pérignon) e Warren Buffet (CEO da Berkshire Hathaway, e um dos mais reconhecidos investidores do mundo).
Explicando o crescimento de Mark Zuckerberg
A tomada do terceiro lugar na lista dos maiores bilionários do mundo por Zuckerberg não era algo esperado por ninguém, já que apenas um ano atrás o CEO do Facebook não apenas estava mais de US$ 30 bilhões atrás de Arnault (o terceiro colocado da lista da Bloomberg em maio de 2019), sendo que os diversos escândalos e investigações envolvendo o uso massivo do Facebook para campanhas de desinformação ao redor do mundo haviam feito a rede social perder muita credibilidade com o público. Então, um crescimento tão grande na fortuna de Mark Zuckerberg não era algo esperado por nenhum analista.
Entretanto, com a pandemia do novo coronavírus que obrigou pessoas do mundo inteiro a ficarem trancadas dentro de casa, o produtos do Facebook tiveram um enorme crescimento no número de usuários ativos. Isto porque as pessoas passaram não apenas a se comunicar ainda mais à distância, mas também começaram a usar ainda mais as redes sociais para se manterem informados, ou mesmo como forma de entretenimento (algo que fica claro no aumento pela procura de lives de artistas e celebridades).
Ao mesmo tempo, também houve um aumento do uso das redes sociais por empresas, lojas e microempreendedores, pois como a pandemia impediu muita gente de abrir as portas e atender normalmente, muitos começaram a usar ainda mais as redes sociais — e, principalmente, o Facebook — para oferecer seus produtos e vendê-los pela internet com opção de entrega. Ao mesmo tempo, muita gente que perdeu o emprego por conta da pandemia também passou a usar as redes sociais para tentar pagar as contas, usando suas páginas pessoais e grupos que participam para vender desde marmitas até máscaras feitas de maneira artesanal.
Isto fez com que, entre janeiro e março deste ano, o Facebook ganhasse 1,73 bilhões de novos usuários ativos diários, e este número chega a 3 bilhões de novos usuários diários se forem contabilizados a soma de todas as redes sociais e aplicativos de mensagem da empresa (Facebook, WhatsApp, Instagram e Messenger).
Em contrapartida, a empresa já afirmou que, nos últimos meses, perdeu uma boa parte de sua receita com anúncios, o que indica que, ao mesmo tempo em que o número de pessoas usando a rede social aumentou muito, o número de empresas que pagam para anunciar nela tem diminuído, e talvez só consigamos ter um panorama mais certeiro da saúde da companhia com o relatório de rendimento do segundo trimestre, que deverá ser publicado em algum momento de julho.
Mas, por enquanto, esse aumento do número de usuários tem sido extremamente positivo para o Facebook, que adicionou US$ 44 bilhões em seu valor de mercado e viu o valor das ações subir 8% mesmo em meio a uma das maiores crises das últimas décadas.
Fonte: Bloomberg, Digital Information World
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