Índice
- Desastre do dirigível Hindenburg (1937)
- Queda do primeiro avião comercial pressurizado do mundo (1954)
- Acidente do DC-4 da Avianca (1945)
- Desastre do Comet 1 (1954)
- Acidente do Voo 810 da Trans-Canada Air Lines (1956)
- Desastre de Cork (1961)
- Desastre do Voo 800 da TWA (1962)
- Acidente do Voo 7 da Japan Air Lines (1966)
- Acidente do Voo 553 da United Airlines (1967)
- Acidente aéreo de Tenerife (1977)
- Acidente do Concorde (2000)
- Acidente do Boeing 737 MAX (2018)
- Acidente do Boeing 737 MAX (2019)
- Desastre do Japan Airlines 123 (1985)
- Acidente do Voo 967 da Ethiopian Airlines (1996)
- Acidente do Voo 9525 da Germanwings (2015)
- Queda do Voo 447 da Air France (2009)
- Atentados de 11 de setembro (2001)
- O desaparecimento do Voo Malaysia Airlines 370 (MH370)(2014)
- Acidente do Voo Turkish Airlines 981 (1974)
- Atentado ao Voo MH17 (2014)
- Acidente do Voo TWA 800 (1996)
- Acidente do Voo 901 da Air New Zealand (1979)
- Desastre do Pan Am Voo 6 (1952)
- Desastre do Voo PSA 182 (1978)
- Atentado ao Cubana de Aviación Voo 455 (1980)
- Explosão do Voo 143 da Philippine Airlines (1990)
- Acidente do Voo TAM 3054 (2007)
- Acidente do Voo Varig 254 (1989)
- Acidente do Learjet dos Mamonas Assassinas (1996)
- Acidente do Voo 1907 da Gol (2006)
- Queda do voo da VoePass em Vinhedo (2024)
Os desastres aéreos são marcos trágicos na história da aviação, impactando profundamente as vítimas e levando a mudanças cruciais na indústria. Neste texto, revisaremos os 33 maiores acidentes aéreos, desde o incêndio do dirigível Hindenburg até os eventos envolvendo o Boeing 737, explorando como esses episódios moldaram a evolução das práticas e normas de segurança da aviação.
Desastre do dirigível Hindenburg (1937)
O desastre aéreo do Hindenburg foi um trágico evento ocorrido em 6 de maio de 1937, quando o dirigível pegou fogo e caiu durante uma tentativa de pouso em Lakehurst, Nova Jersey, nos Estados Unidos. O acidente, que envolveu 97 pessoas a bordo, resultou na morte de 36 delas, entre passageiros e tripulantes. Este acontecimento marcou o fim da era dos dirigíveis como meio de transporte comercial, já que a opinião pública se voltou contra o uso desses veículos devido ao alto risco associado ao hidrogênio.
Acredita-se que o acidente foi causado por uma faísca eletrostática, que incendiou o hidrogênio utilizado para manter o dirigível flutuando. O Hindenburg, que realizava sua última viagem transatlântica antes de ser aposentado, estava revestido com um material inflamável, o que contribuiu para a rápida propagação das chamas e a destruição do dirigível.
Além disso, foi feito um filme sobre o acidente chamado The Hindenburg, que está disponível no Prime Video.
Queda do primeiro avião comercial pressurizado do mundo (1954)
Entre os acidentes aéreos famosos, os desastres envolvendo o De Havilland Comet nos anos 1950 esta entre os que mais marcaram a história da aviação. Em 1954, duas aeronaves desse modelo, operadas por diferentes companhias aéreas, explodiram em pleno voo devido a falhas estruturais, resultando na morte de 35 pessoas no primeiro acidente e 21 pessoas no segundo. Esses acidentes ocorreram durante voos de rotina, e as investigações concluíram que as tragédias foram causadas por fadiga do metal nas janelas e fuselagem, agravada pela pressurização da cabine.
Esses desastres tiveram um impacto significativo na aviação comercial, pois o De Havilland Comet era o primeiro avião a jato com cabine pressurizada. As tragédias ajudaram a moldar as práticas de segurança e design, levando a melhorias estruturais em aeronaves e sublinhando a importância de rigorosos padrões de engenharia para garantir a segurança dos voos comerciais.
O escritor J. Graham Cowell publicou um livro onde traz mais detalhes do acidente, chamado De Havilland Comet: The World’s First Jet Airliner.
Acidente do DC-4 da Avianca (1945)
Um dos acidentes com avião mais impactantes ocorreu no dia 6 de setembro de 1945, quando um DC-4 da Pan Am caiu durante a aproximação para o Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. O voo vinha de Buenos Aires para a cidade carioca e transportava 19 pessoas a bordo. Dentre elas, 13 perderam a vida, incluindo os três membros da tripulação e 10 passageiros, enquanto os demais ficaram gravemente feridos.
O desastre foi resultado de uma combinação de fatores, como condições meteorológicas adversas e erros de navegação. Durante o voo, a aeronave enfrentou uma densa camada de nuvens e neblina, o que prejudicou a visibilidade do piloto, dificultando sua capacidade de seguir a rota correta.
Desastre do Comet 1 (1954)
O desastre do Comet 1 ocorreu em 10 de janeiro de 1954, quando um avião de passageiros de fabricação britânica, o de Havilland Comet 1, caiu durante um voo comercial sobre o Mar Mediterrâneo. Esta aeronave, o primeiro jato comercial do mundo, estava realizando um voo regular da BOAC, operando a rota de Londres para Joanesburgo, com uma escala em Roma.
A investigação revelou que a principal causa do acidente foi uma falha estrutural nas janelas da fuselagem, o que levou à desintegração da aeronave em voo devido à pressurização da cabine e à falta de resistência estrutural. Todas as 35 pessoas a bordo (29 passageiros e 6 tripulantes) morreram no local do acidente.
Acidente do Voo 810 da Trans-Canada Air Lines (1956)
Outro destaque entre os grandes desastres aéreos que marcaram a história foi o acidente do Voo 810 da Trans-Canada Air Lines, ocorrido em 9 de dezembro de 1956. Na ocasião, um avião Douglas DC-4 North Star caiu em uma área montanhosa perto de Mount Slesse, British Columbia, no Canadá. O voo partiu de Vancouver com destino a Calgary, enfrentando condições meteorológicas adversas, incluindo tempestades de neve e ventos fortes.
As 62 pessoas a bordo, incluindo passageiros e tripulação, morreram no acidente. A investigação concluiu que o desastre foi causado por uma combinação de falhas mecânicas, mau tempo e a impossibilidade de os pilotos desviarem da rota para evitar a área montanhosa. Esse acidente destacou a necessidade de melhorias nas tecnologias de navegação e comunicação em condições adversas, além de reforçar o treinamento de pilotos para operar em climas extremos.
Desastre de Cork (1961)
O acidente do Sabena DC-7 é um dos desastres aéreos que impactaram o mundo. O avião, que realizava um voo de Bruxelas para Casablanca, caiu no 15 de novembro de 1961, durante uma escala em Cork, Irlanda, onde faria uma parada técnica antes de seguir para seu destino final.
Das 61 pessoas a bordo, 34 perderam a vida, entre passageiros e membros da tripulação. O desastre foi causado por uma combinação de falhas mecânicas e possíveis erros de navegação, que resultaram na perda de controle da aeronave. O acidente destacou a necessidade de melhorias na segurança e manutenção dos sistemas de aviação.
Desastre do Voo 800 da TWA (1962)
Em 15 de março de 1962, ocorreu o desastre do Boeing 707 da Trans World Airlines (TWA), que caiu durante a decolagem no aeroporto de Barcelona, na Espanha. O voo, que estava programado para seguir para Nova York, enfrentou problemas críticos logo após a decolagem.
A investigação concluiu que o acidente foi causado por uma falha no sistema de controle dos flaps, o que comprometeu a capacidade da aeronave de decolar corretamente. Além disso, das 111 pessoas a bordo, 20 perderam a vida, e os sobreviventes sofreram ferimentos variados.
Acidente do Voo 7 da Japan Air Lines (1966)
O acidente aconteceu no dia 5 de março de 1966, quando um Boeing 727-100 da Japan Air Lines (JAL) caiu enquanto tentava pousar no aeroporto de Naha, em Okinawa, Japão. O voo realizava a rota doméstica entre Okinawa e Tóquio e enfrentou dificuldades durante a aproximação de seu destino final.
Das 121 pessoas a bordo, 50 perderam a vida. A investigação revelou que o desastre foi causado por uma combinação de fatores, incluindo erro de navegação e condições meteorológicas adversas, o que resultou em uma aproximação incorreta e no impacto com uma área montanhosa.
Acidente do Voo 553 da United Airlines (1967)
No acidente ocorrido em 27 de março de 1967, um Douglas DC-8-32 da United Airlines caiu durante a decolagem no Aeroporto de Denver, no Colorado, enquanto se dirigia a Chicago. Das 44 pessoas a bordo, 34 perderam a vida e 10 sobreviventes sofreram ferimentos graves.
A investigação concluiu que o desastre foi causado por uma combinação de erro de pilotagem, configuração inadequada de decolagem, falhas mecânicas, e erros de comunicação entre a tripulação e os controladores de tráfego aéreo.
Acidente aéreo de Tenerife (1977)
Este foi, sem dúvida, um dos acidentes aéreos mais chocantes da história e ocorreu em 27 de março de 1977, ficando conhecido como o acidente aéreo de Tenerife. O desastre envolveu dois imensos aviões Boeing 747: um da Pan Am e outro da KLM. A colisão aconteceu quando o avião da segunda companhia aérea tentava decolar e o da Pan Am estava taxiando na mesma pista, em meio a um nevoeiro denso.
Este acidente é o mais fatal da história da aviação e ocorreu no aeroporto de Los Rodeos, nas Ilhas Canárias, Espanha. Das 644 pessoas a bordo das duas aeronaves, 583 perderam a vida. Todos os 248 ocupantes do voo da KLM faleceram, assim como 335 dos 396 passageiros e membros da tripulação do voo da Pan Am. A investigação revelou que o desastre foi causado por uma série de fatores, incluindo falhas na comunicação entre as equipes de voo e o controle de tráfego aéreo.
Acidente do Concorde (2000)
O desastre do Concorde ocorreu em 25 de julho de 2000, quando um avião da companhia Air France caiu pouco após a decolagem do Aeroporto Charles de Gaulle em Paris, França. O voo tinha como destino Nova Iorque, EUA. No total, 113 pessoas morreram no acidente, todas as 109 que estavam a bordo e 4 pessoas em solo. Após o acidente, o avião Concorde foi temporariamente retirado de serviço para a implementação de melhorias em manutenção, inspeção de aeronaves e pistas.
A tragédia foi provocada por um pedaço de metal de um avião DC-10 da Continental Airlines, que havia caído na pista durante a decolagem anterior. Este detrito causou o estouro de um pneu do Concorde, desencadeando uma série de eventos catastróficos. O estilhaço do pneu perfurou o tanque de combustível, resultando em um incêndio que comprometeu o sistema de propulsão e a estrutura da aeronave. Incapaz de ganhar altitude, a aeronave caiu nas proximidades.
O documentário Concorde: The End of an Era traz uma série de detalhes sobre o acidente e está disponível no YouTube.
Acidente do Boeing 737 MAX (2018)
O acidente ocorreu no dia 29 de outubro de 2018, no mar de Java, na Indonésia. O avião caiu na água pouco após a decolagem. A investigação revelou que o desastre foi causado por uma falha no sistema de controle de voo, que acabou erroneamente ativando o mecanismo de inclinação do avião (MCAS), forçando o nariz da aeronave a descer repetidamente. Das 189 pessoas a bordo, todas morreram.
Acidente do Boeing 737 MAX (2019)
O desastre em questão ocorreu no dia 10 de março de 2019, próximo a Bishoftu, na Etiópia. O Voo Ethiopian Airlines 302, também operado por um Boeing 737 MAX, caiu pouco depois da decolagem. Semelhante ao desastre anterior, a investigação apontou que o sistema MCAS foi ativado erroneamente devido a um sensor defeituoso, resultando na perda de controle da aeronave. Das 157 pessoas a bordo, todas morreram.
Os dois acidentes envolvendo o Boeing 737 Max tiveram um impacto profundo na aviação mundial. Após o segundo desastre, a aeronave foi suspensa globalmente, e as investigações revelaram falhas significativas na certificação e na segurança do modelo. A revisão extensiva da aeronave resultou em alterações substanciais, incluindo modificações no sistema MCAS (Maneuvering Characteristics Augmentation System) e melhorias no treinamento de pilotos.
Vale ressaltar ainda que na Netflix, encontra-se o documentário Downfall: The Case Against Boeing, que discorre sobre os desastres com o avião e a crise resultante deles.
Desastre do Japan Airlines 123 (1985)
O acidente do Japan Airlines Flight 123 é um dos mais chocantes, sendo o pior desastre envolvendo apenas um avião. A fatalidade ocorreu em 12 de agosto de 1985, durante um voo doméstico de Tóquio a Osaka, no Japão. A causa do acidente foi uma falha estrutural crítica, que levou o Boeing 747-SR a uma descompressão explosiva.
Após a perda de controle, o avião se desintegrou e caiu em uma área montanhosa a cerca de 100 km de Tóquio. Das 524 pessoas a bordo, 520 morreram no acidente. A investigação revelou que as práticas de manutenção e inspeção na Japan Airlines, e na aviação em geral, precisavam ser revistas. Como resultado, houve uma intensificação das regulamentações de segurança e das práticas de manutenção e inspeção das aeronaves.
Acidente do Voo 967 da Ethiopian Airlines (1996)
No 23 de novembro de 1996, um Boeing 767-200ER da Ethiopian Airlines caiu no Mar Mediterrâneo, próximo à ilha de Cassiopeia, na Grécia. O voo realizava a rota entre Addis Ababa e Nairobi e enfrentou dificuldades durante a aproximação.
Das 175 pessoas a bordo, 125 perderam a vida. A investigação revelou que o desastre foi causado por uma série de fatores, incluindo uma falha crítica no sistema de combustível e um desentendimento entre a tripulação e o controle de tráfego aéreo. Após desviar do plano de voo devido a problemas técnicos e ficar sem combustível, a tripulação tentou uma aterrissagem de emergência, mas não conseguiu manter o controle da aeronave, que acabou caindo.
Acidente do Voo 9525 da Germanwings (2015)
O desastre do Voo 9525 da Germanwings ocorreu em 24 de março de 2015, quando um Airbus A320 caiu nos Alpes Franceses durante um voo de Barcelona, na Espanha, para Düsseldorf, na Alemanha. O acidente foi causado intencionalmente pelo copiloto, Andreas Lubitz, que trancou o comandante fora da cabine e iniciou uma descida controlada, levando o avião a uma queda vertical. A investigação revelou que Lubitz havia escondido seu histórico de problemas de saúde mental e estava em estado de depressão severa. Das 150 pessoas a bordo, todas morreram.
No documentário The Germanwing Flight 9525 Crash, disponível no YouTube, é possível conferir detalhes sobre o acidente e as circunstâncias em torno dele.
Queda do Voo 447 da Air France (2009)
O desastre do Voo 447 da Air France ocorreu em 1 de junho de 2009, quando um Airbus A330-203 caiu no Atlântico Sul enquanto realizava um voo de Rio de Janeiro para Paris. A aeronave enfrentou condições meteorológicas adversas, incluindo tempestades severas e turbulências.
O acidente resultou na morte de todas as 228 pessoas a bordo. A investigação revelou que a causa do desastre foi uma combinação de erros de pilotagem, falhas nos sistemas de alerta de velocidade, e condições meteorológicas extremas. A tripulação enfrentou dificuldades para controlar o avião devido a uma perda de informações cruciais durante a tempestade.
Atentados de 11 de setembro (2001)
Os desastres aéreos envolvendo o Voo 11 da American Airlines, o Voo 175 e o Voo 93 da United Airlines chocaram o mundo e ocorreram no dia 11 de setembro de 2001, como parte de um ataque coordenado da Al-Qaeda contra os Estados Unidos.
O Voo 11, um Boeing 767, foi sequestrado e colidiu com a Torre Norte do World Trade Center em Nova York às 08h46, resultando na queda da torre às 09h59. Pouco depois, o Voo 175, também um Boeing 767, foi sequestrado e colidiu com a Torre Sul do mesmo prédio às 09h03, levando à queda da torre às 09h59. Ambos os ataques resultaram em quase 3.000 mortes, incluindo passageiros, tripulantes e trabalhadores do edifício.
O Voo 93, um Boeing 757, também foi sequestrado com o objetivo de atingir um alvo em Washington, D.C., possivelmente o Capitólio dos EUA. O voo caiu em um campo em Shanksville, Pensilvânia, às 10h03, matando todas as 44 pessoas a bordo, incluindo 4 sequestradores.
No documentário 9/11, disponível no YouTube, pode-se conferir a captação em tempo real dos impactos do 11 de setembro.
O desaparecimento do Voo Malaysia Airlines 370 (MH370)(2014)
Entre os acidentes aéreos mais chocantes, o Voo MH370 não poderia ficar de fora. O acidente aconteceu no dia 8 de março de 2014 e é um dos maiores mistérios da aviação moderna. O avião decolou às 00h41 e perdeu o contato com o controle de tráfego aéreo pouco depois da decolagem. A última comunicação registrada com a aeronave foi às 01h19, e a análise das últimas transmissões do sistema de rastreamento de dados revelou que ela continuou a voar por várias horas antes de desaparecer do radar.
O desaparecimento do Voo MH370 gerou um dos maiores e mais complexos esforços de busca na história da aviação. A operação envolveu diversas nações e se concentrou em uma vasta área do Oceano Índico, mas até agora não foi possível localizar o avião ou entender completamente o que aconteceu. Das 239 pessoas a bordo, todas desapareceram.
O documentário MH370: The Plane That Disappeared, da Netflix, explora em detalhes o mistério envolvendo este acidente que impactou o mundo.
Acidente do Voo Turkish Airlines 981 (1974)
No dia 3 de março de 1974, um McDonnell Douglas DC-10 da Turkish Airlines caiu próximo a Paris, França, enquanto realizava um voo de Istambul para Londres, com escala na capital francesa. O acidente foi causado por uma falha no design da porta de carga da aeronave, que se desintegrou durante o voo devido a uma falha na vedação e no mecanismo de fechamento. Isso provocou a perda de pressão na cabine e o colapso dos sistemas hidráulicos, resultando na perda de controle e na queda descontrolada do avião.
Das 346 pessoas a bordo, todas morreram no acidente. A Boeing e a McDonnell Douglas enfrentaram severas críticas pela falta de medidas corretivas adequadas e pelo design inadequado da porta de carga.
Atentado ao Voo MH17 (2014)
O acidente aéreo aconteceu no dia 17 de julho de 2014, quando um Boeing 777 da Malaysia Airlines foi abatido enquanto realizava um voo de Amsterdã, na Holanda, para Kuala Lumpur, na Malásia. A aeronave caiu em uma área controlada por separatistas na região de Donetsk, na Ucrânia, durante o conflito armado entre forças ucranianas e separatistas pró-russos.
A investigação revelou que o avião foi atingido por um míssil terra-ar disparado na Ucrânia, resultando na desintegração quase instantânea da aeronave. A análise dos fragmentos do míssil e dos rastros no local confirmou que o disparo foi efetuado a partir da região controlada pelos separatistas. Das 298 pessoas a bordo, todas morreram.
Acidente do Voo TWA 800 (1996)
O Voo 800 da TWA, realizado em um Boeing 747, ocorreu no dia 17 de julho de 1996. A aeronave explodiu e caiu no Oceano Atlântico, perto da costa de Long Island, em Nova Iorque, logo após a decolagem do Aeroporto Internacional John F. Kennedy. Das 230 pessoas a bordo, todas morreram no acidente.
A investigação concluiu que o acidente foi causado por uma explosão no compartimento de combustível central da aeronave. A falha foi desencadeada por um curto-circuito na fiação elétrica, que provocou o vazamento. Uma faísca incendiou os vapores de combustível no compartimento, resultando na explosão do tanque. Isso destruiu a fuselagem do avião e levou à queda. Posteriormente, foram identificadas falhas no projeto do sistema de combustível e no gerenciamento dos vapores do carburante.
Além disso, o documentário TWA Flight 800, que está disponível no Prime Video, discorre a respeito do desastre e a investigação subsequente.
Acidente do Voo 901 da Air New Zealand (1979)
O desastre do Voo 901 ocorreu em 28 de novembro de 1979, quando um McDonnell Douglas DC-10 da Air New Zealand colidiu com o Monte Erebus, uma montanha na Antártida, durante um voo turístico de Christchurch, na Nova Zelândia, para a Antártida. O acidente resultou na morte das 257 pessoas a bordo.
A causa do acidente foi uma combinação de erros de navegação e falhas na comunicação entre a tripulação e o controle de tráfego aéreo. O avião, que tinha poucas informações sobre as condições do tempo, seguiu uma rota incorreta e se aproximou do Monte Erebus em uma altitude muito baixa para regiões montanhosas, ocasionando a colisão.
Desastre do Pan Am Voo 6 (1952)
O desastre do Pan Am Voo 6 ocorreu em 9 de março de 1952, quando um Boeing 377 Stratocruiser da Pan Am caiu no Oceano Atlântico, enquanto realizava um voo internacional de Hong Kong para a Califórnia. A aeronave estava em pleno voo quando perdeu o controle e se desintegrou, resultando na morte de todas as 31 pessoas a bordo, incluindo passageiros e tripulantes.
A investigação revelou que o acidente foi causado por uma falha no sistema de pressurização da cabine, que levou a uma rápida descompressão e perda de controle. A falha foi atribuída a problemas de manutenção inadequada.
Desastre do Voo PSA 182 (1978)
O desastre do Flight 182 da United Airlines ocorreu em 25 de setembro de 1978, quando um Boeing 727, realizando um voo de Chicago para San Diego, colidiu com um Cessna 172, o que resultou na queda do Boeing e na morte de todas as 135 pessoas a bordo, além de 7 pessoas em terra. A outra aeronave, o Cessna, também caiu, resultando na morte de suas duas ocupantes.
A investigação revelou que o acidente foi causado por uma série de erros de comunicação e falhas de coordenação entre o controle de tráfego aéreo e as aeronaves. Além disso, o Cessna voava sem autorização para a altitude e a rota em questão e entrou na área de tráfego do voo comercial sem a devida comunicação com os controladores.
Atentado ao Cubana de Aviación Voo 455 (1980)
O desastre do Flight 455 da Cubana de Aviación ocorreu em 6 de outubro de 1980. O voo, operado por um DC-8, realizava uma rota internacional de Barbados para Cuba. O avião explodiu no ar sobre a costa da Flórida, resultando na morte das 73 pessoas a bordo.
Este acidente teve um impacto histórico significativo, sendo um dos atentados terroristas mais mortais da década de 1980. O ataque foi atribuído ao grupo anticastrista CORU, baseado na Venezuela, com ligações à CIA e oposição ao regime de Fidel Castro em Cuba. O evento gerou grande repercussão internacional e destacou as tensões políticas e os conflitos da Guerra Fria.
Explosão do Voo 143 da Philippine Airlines (1990)
O acidente ocorreu no dia 11 de fevereiro de 1990, envolvendo um Boeing 737 em um voo doméstico de Manila para Davao, nas Filipinas. O avião enfrentou perda de potência nos motores devido a uma falha na manutenção e ao cálculo incorreto do combustível, resultando em uma situação crítica onde a aeronave ficou sem carburante suficiente para completar o voo.
Apesar dos danos consideráveis à aeronave, todos os 131 passageiros e membros da tripulação sobreviveram ao acidente, isso porque o piloto conseguiu realizar um pouso forçado com sucesso.
Acidente do Voo TAM 3054 (2007)
Em 17 de julho de 2007, um dos desastres aéreos mais marcantes no Brasil ocorreu com o Voo TAM 3054, envolvendo um Airbus A320. O voo fazia o trajeto doméstico de Porto Alegre para São Paulo e enfrentou condições climáticas adversas durante a aterrissagem no Aeroporto de Congonhas, pois a pista estava molhada devido a chuvas intensas.
Após um pouso difícil, o avião ultrapassou o final da pista e colidiu com um prédio da TAM, resultando em uma grande explosão e incêndio. O acidente causou a morte de todas as 187 pessoas a bordo, além de 12 pessoas em terra. A investigação conduzida pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) revelou falhas significativas que contribuíram para o desastre, incluindo problemas nas condições da pista e na capacidade de frenagem da aeronave.
Acidente do Voo Varig 254 (1989)
O Voo 254 da Varig, operado por um Boeing 737, partiu de São Paulo com destino a Belém, mas desviou de sua rota e colidiu com a Serra do Cachimbo, na Amazônia, em 3 de setembro de 1989. O acidente resultou na morte de todos os 7 ocupantes a bordo (4 passageiros e 3 tripulantes).
A investigação revelou que o avião voou por um longo período fora da rota prevista devido a erros de navegação e falhas de comunicação. O principal fator do desastre foi um erro de navegação, pois a tripulação estava confusa quanto à posição do avião e não conseguiu corrigir o desvio. Os investigadores destacaram falhas na comunicação com o controle de tráfego aéreo e problemas de fadiga e estresse dos pilotos, que contribuíram para o desvio e a colisão com a serra.
Acidente do Learjet dos Mamonas Assassinas (1996)
O desastre do Learjet 25D ocorreu em 16 de março de 1996 e envolveu um jato particular que transportava a banda brasileira Mamonas Assassinas. O voo, com destino ao aeroporto de Campinas, perdeu contato com a torre de comando e colidiu com a Serra da Cantareira, em São Paulo. A bordo estavam 8 pessoas: quatro membros da banda e quatro acompanhantes. Todos os ocupantes morreram no acidente.
O impacto do acidente foi profundo e a tragédia causou uma comoção generalizada, deixando de luto milhares de fãs da banda. A investigação revelou que o acidente foi causado por erros de navegação e falhas de comunicação, que contribuíram para a colisão com a montanha.
Acidente do Voo 1907 da Gol (2006)
O acidente do Voo 1907 da Gol ocorreu em 29 de setembro de 2006 e envolveu um Boeing 737, que colidiu com um jato Legacy 600 sobre a Floresta Amazônica. O avião Gol fazia o trajeto de Manaus para o Rio de Janeiro e caiu após a colisão, resultando na morte de todas as 154 pessoas a bordo. O jato conseguiu pousar em segurança, com seus quatro ocupantes ilesos.
A investigação conduzida pelo CENIPA revelou falhas críticas no gerenciamento do tráfego aéreo, incluindo problemas de comunicação e coordenação entre os controladores e as aeronaves. Além disso, o Legacy 600 estava em uma altitude inadequada e houve falhas no sistema de radar que dificultaram a detecção da colisão iminente.
Queda do voo da VoePass em Vinhedo (2024)
No dia 9 de agosto de 2024, um trágico acidente aéreo ocorreu em Vinhedo, São Paulo, envolvendo um avião turboélice ATR-72 da Voepass. A aeronave, que seguia de Cascavel (PR) para Guarulhos (SP), caiu em um condomínio no bairro Capela, resultando na morte de todas as 62 pessoas a bordo. A queda do avião gerou grande impacto e se tornou o acidente aéreo com o maior número de vítimas desde a tragédia da TAM em 2007.
A investigação inicial aponta que o voo ocorreu sem anomalias até o momento em que a aeronave perdeu contato com a torre de controle e não respondeu a chamadas, levando à perda do sinal radar. O CENIPA, responsável pela investigação, ainda não determinou a causa exata do acidente. Além disso, a ANAC confirmou que o avião estava em conformidade com as normas de segurança e os tripulantes possuíam todas as licenças necessárias.
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Fontes: G1, O Globo, Popular Mechanics
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Texto revisado por Rafael Braga em 26/08/2024.