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Maior Viagem: Uma Aventura Psicodélica é o novo documentário da Netflix que traz a mistura ácido e celebridades, o que normalmente rende boas histórias. Só pensarmos no impacto do LSD na música para os artistas: até os Beatles chaparam e fizeram alguns de seus melhores álbuns viajando.
Já, aqui no Brasil, a cantora Rita Lee contou em sua biografia que, uma vez, quis traficar LSD. Para trazer os papeizinhos ao Brasil quando voltou de uma viagem aos Estados Unidos, Rita os transformou em um colar. Passou pela alfandega e sentou em sua poltrona no avião, mas ela quis provar o LSD antes de voltar. Resultado? O colar chegou vazio ao Brasil, mas fez com que Rita Lee quase se tornasse uma traficante internacional, não fosse a vontade de viajar durante a viagem de avião.
Aldous Huxley, autor de Admirável Mundo Novo, escreveu o livro As Portas da Percepção (The Doors of Perception) completamente chapado. E foi dessa viagem psicodélica que inspirou o cantor Jim Morrison a criar a banda The Doors.
Por que assistir Maior Viagem: Uma Aventura Psicodélica?
O humorista Ben Stiller, o renomado chef Anthony Bourdain, A$AP Rocky e outras celebridades contam suas maiores aventuras psicodélicas quando usaram LSD. Maior Viagem: Uma Aventura Psicodélica (cujo título original é Have A Good Trip: Adventures in Psychedelics) faz com que o cantor A$AP Rocky detalhe, por exemplo, a vez quando ele sentiu que “um arco-íris estava saindo de seu pênis”.
Com muita comédia, vários astros do mundo da música, cinema, tv e dos palcos de comédia contam suas histórias de viagens psicodélicas com LSD, cogumelos, entre outros alucinógenos. Para dar ainda mais vida aos relatos, o documentário mistura animação com recreação de algumas das cenas mais bizarras vivenciadas – ou quase – pelos artistas.
Maior Viagem: Uma Aventura Psicodélica usa uma estrutura narrativa com traços de humor para investigar os alucinógenos, os pros, os contras, por que as pessoas usam, a história, a ciência por trás desses e qual é o impacto das aventuras psicodélicas na cultura pop.
Mas não é só isso, o documentário também levanta a questão: será que os alucinógenos, tais como LSD e cogumelos, podem ter um papel poderoso no tratamento de depressão, vicio em drogas e álcool, e nos ajudar a confrontar a única certeza na vida, de que morremos? Ou aumentar nossa noção de nós mesmo diante do universo? Somos todos poeira estrelar? É realmente possível transcender sua consciência?
Um dos boatos históricos mais famosos é que, nos anos 60/70, psiquiatrias receitavam LSD para tratar alcoolismo. Será que eles estavam certos em tratar um vício tão nocivo com viagens psicodélicas?
As histórias do documentário
Maior Viagem: Uma Aventura Psicodélica é escrito e dirigido por Donick Cary, ganhandor do Primetime Emmy Award de Outstanding Animated Program, que premia uma animação que se destacou na televisão no último ano.
O elenco desse documentário psicodélico inclui Adam Scott, Carrie Fisher, Natasha Lyonne, David Cross, Nick Kroll, Sting, Will Forte, Paul Scheer, Reggie Watts, Rob Cordory, Rosie Perez, Shepard Fairey, Bill Kreutzmann da banda Greatful Dead, entre outros.
“Não me levem a mal, drogas podem ser perigosas”, introduz Nick Offerman logo no começo do documentário, “mas podem ser muito divertidas”.
O cantor Sting, por exemplo, conta a vez que comeu peiote, um cacto sem espinho com psicoativos, e pensou nos tons para a música Roxanne. Mas aí ele então viu o cometa Halley no topo de uma montanha enquanto alguém passou sangue de um cervo no rosto dele. Maluco, né? Ele também conta que árvores e a grama começaram a falar com ele.
Como o elenco é majoritariamente formado por comediantes, é esperado que os relatos sejam engraçados e absurdos. Adam DeVine se transforma em um jovem Anthony Bourdain quando o chef de cozinha ficou paranoico sobre a vez que ele pensou que matou uma mochileira.
Carrie Fisher também aparece no documentário, o que indica que a produção foi a gravada há mais tempo do que poderíamos pensar: Carrie morreu em dezembro de 2016 enquanto Bourdain morreu em junho de 2018.
Rosei Perez estava deitada quando utilizou os alucinógenos e sentiu se tornar parte da sua própria cama enquanto olhava para o teto do seu quarto.
Nick Kroll recria a cena em que ele chapou em uma praia e se tornou apenas um com uma alga marinha. Como? É só assistir Maior Viagem: Uma Aventura Psicodélica para saber.
Como fazer cenas absurdas? Para isso, é necessário usar de todo o talento do mais que talentoso elenco que consegue recontar suas viagens mais loucas com humor. Animações divertidas e coloridas – como qualquer viagem psicodélica demanda -, fantoches, fantasias, adereços malucos e tudo que você pode imaginar.
“Os psicodélicos não são a resposta para os problemas do mundo, mas podem ser um começo”, comentou Sting. É sob essa perspectiva também que o documentário aborda: como o autoconhecimento gerado por psicodélicos pode ajudar na resolução de problemas.
Mas vale lembrar também que, como disse Thomas Lennon no trailer, os alucinógenos podem transformar o mundo à sua volta “em uma ópera dos seus piores pesadelos”. Não pense que as bad trips vão ficar de fora, mas pode se preparar que o objetivo do documentário é ser mais engraçado do que assustador.
Ben Stiller conta que ele tomou ácido uma vez, mas que talvez nem precisasse, pois ele podia só ter assistido ao documentário. Ficou com vontade de assistir? Maior Viagem: Uma Aventura Psicodélica está disponível nesta segunda, 11 de maio, para ser assistido na Netflix.
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