De acordo com a pesquisa mundial Value Creators Ranking, realizada pelo Boston Consulting Group (BCG), o Magazine Luiza lidera o ranking de geração de valor para acionistas.
O estudo levou em consideração o desempenho de 2.400 ações entre 2016 e 2020, classificando as empresas que mais geraram retorno total para os acionistas (TSR na sigla em inglês para Total Shareholder Return) no período. Para chegar aos resultados TSR, o Boston Consulting Group considera os ganhos no preço das ações e os dividendos acumulados ao longo de cinco anos.
Durante as análises, foi constatado que a rede varejista Magazine Luiza gerou um retorno anual de 226,4%, se tornando a companhia com o melhor TSR mundial. Outras empresas nacionais também foram listadas no ranking geral da indústria. A Usiminas ficou na 43º posição, em seguida vieram a Localiza Rent a Car (44ª); CSN (58ª), Vale (71ª), WEG (85ª), Sanepar (101ª), B3 (104ª), Gerdau (143ª) e a B2W (163ª) finalizando a lista.
Vale e Petrobras entram no ranking de geração de valor do BCG
Apesar de ter obtido o maior TSR em cinco anos, o Magazine Luiza não entrou no ranking de geração de valor divulgado pelo BCG. Isso porque o estudo leva em consideração apenas empresas large caps, ou seja, aquelas que possuem capitalização alta na bolsa de valores (no mínimo US$ 68 bilhões). Como a varejista ainda não é considerada uma large cap, acabou ficando de fora do ranking.
Das companhias nacionais, apenas a Vale e a Petrobras conseguiram entrar no ranking, ficando entre as 50 large caps mundiais. A Vale ficou no 9º lugar, enquanto a Petrobras ficou em 24º. Em se tratando do retorno total para os acionistas, a Vale acumulou um TSR de 51%, desempenho acima de big techs como Apple e Amazon. Já a Petrobras teve uma variação TSR de 35,4% alcançando resultados superiores ao da Microsoft, Nintendo e Samsung, por exemplo.
A pesquisa analisou ainda o efeito da pandemia para o desempenho TSR dos negócios. As maiores mudanças foram em setores de “tecnologia energia verde, meio ambiente e produtos farmacêuticos de médio porte” que tiveram o TSR impulsionado durante a crise sanitária, pois “se beneficiaram do foco de longo prazo dos investidores”.
Por outro lado, os setores de “turismo, viagem, gás e petróleo sofreram impactos negativos por causa das paralisações impostas na pandemia”. A pesquisa evidencia também que no caso do setor de gás e petróleo, as disputas de preços entre a Rússia e a Arábia Saudita também tiveram efeitos negativos, impactando o TSR das empresas avaliadas.
Fonte: Boston Consulting Group; InfoMoney; G1; Mercado e Consumo
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