A Manopla do Infinito, usada pelo vilão Thanos nos dois últimos filmes dos Vingadores, é um item poderosíssimo no Universo Cinematográfico da Marvel. Aqui no nosso universo, a luva gamer InfinityGlove também parece ser. Pelo menos no universo dos jogos.
O wearable, desenvolvido por uma equipe da Universidade Nacional de Singapura (NUS), é capaz de converter gestos da mão e dos dedos do usuário em controles para os jogos, como, por exemplo, atirar ao fazer um gesto de apertar o gatilho.
Como? Usando micro sensores feitos de fibra. Essa arquitetura faz com que o acessório seja mais leve e confortável, em comparação a outros modelos de luva gamer lançados no mercado, segundo a equipe. E isso faz dela um possível próximo passo para fundir humanos e máquinas.
Como funciona a luva gamer
Para entender como a luva smart, desenvolvida pela equipe do professor Lim Chwee Teck, funciona é preciso entender do que ela é feita.
O acessório possui cinco fileiras (uma para cada dedo) de fibras ultrafinas, com três milímetros de espessura, que são esticáveis. Essas fibras são ultra sensíveis e revestidas de um tipo especial de metal líquido, que funciona como um condutor. Elas ficam entrelaçadas no wearable.
Ao usar a luva gamer, uma pequena corrente elétrica é aplicada nessas fibras. Quando as fibras são flexionadas durante um gesto, o metal líquido “se mexe”. E isso afeta o sinal elétrico que percorre o acessório.
Por meio de sensores instalados em cada dedo, a luva smart consegue mapear de maneira precisa, segundo a equipe, os gestos que permitem a interação “humano-máquina”.
Na prática, os sensores interagem com o software do jogo, que consegue gerar posições tridimensionais da mão em movimento. É em cima disso que ocorre o mapeamento dos gestos.
Quer ver tudo isso rolando na prática? Dá uma olhada nesse vídeo produzido pela Universidade Nacional de Singapura:
O conceito e a estrutura da luva gamer estão prontos. O próximo passo agora é comercializá-la. Para isso, o professor Lim Chwee Teck e sua equipe criaram a startup Microtube Technologies, vinculada à NUS.
A equipe informou ao site Interesting Engineering que possui planos ambiciosos para a luva smart. A intenção, segundo eles, é integrar o wearable a contextos de realidade virtual e até controle robótico.
Apesar disso, ainda não há previsão de quando o wearable será lançado no mercado.
InfinityGlove: lazer e saúde
Jogar um FPS, como o Battlefield V, usando uma luva gamer parece divertido, né? E realmente é. Inclusive, a equipe que desenvolveu o acessório conseguiu jogar o game de tiro usando a luva smart – com apenas onze comandos mapeados.
Só que a InfinityGlove não se limita a ser um acessório apenas voltado para o lazer. Ela pode ser útil para questões que envolvem a saúde dos usuários.
Isso porque a luva smart pode ajudar pacientes que estejam passando por uma reabilitação de movimentos, funcionando como uma espécie de acessório para fisioterapia.
A vantagem é que, por meio dessa experiência gamer divertida, a InfinityGlove pode ajudar o paciente a se manter motivado a seguir seu tratamento. E, de acordo com a equipe, os profissionais da saúde podem utilizar o acessório para monitorar o progresso da recuperação dos movimentos do paciente.
Por isso, a equipe acredita que o wearable não é apenas capaz criar essa interface imersiva entre homens e máquinas. É também capaz de misturar lazer com saúde.
Não é de hoje que os gamers sonham com uma forma imersiva de controlar os jogos usando apenas gestos das mãos. Agora com a InfinityGlove, esse sonho não parece estar mais tão distante.
E você, o que achou do conceito dessa luva gamer? Conte para nós aqui nos comentários!
Fontes: Interesting Engineering e Tech Xplore
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