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Livros existem desde a antiguidade, quando os homens começaram a dominar a escrita para transmitirem algum tipo de mensagem. Atualmente, com o avanço da tecnologia, é possível acompanhar histórias das mais diversas formas: seja com audiobooks, e-books em Kindles, e há aqueles que preferem o bom e velho livro impresso encontrado em bibliotecas e livrarias. No entanto, há diferença na percepção de cada um deles? Segundo a ciência, sim.
De acordo com um estudo realizado por uma universidade da Noruega e publicado originalmente no The Guardian, os leitores tendem a absorver o conteúdo de um livro impresso com mais eficiência. A pesquisa colocou dois grupos de pessoas para lerem a mesma história, uma em um Kindle e a outra em um livro comum. Logo em seguida, elas foram questionadas sobre pontos importantes da trama, e aqueles que leram a versão impressa tinham mais facilidade em lembrar os pontos da história na ordem correta.
“Quando você lê no papel, você pode sentir seus dedos na pilha de páginas na esquerda e depois indo para a direita. Você tem um senso de progresso tátill. Talvez isso acrescente ao leitor um sentimento de fixação e solidificação e desdobramento do progresso do texto e, consequentemente, da história”
Anne Mangen, líder da pesquisa realizada pela Norway´s Stavanger University
Além disso, o sistema de iluminação de dispositivos eletrônicos como o Kindle inibem a produção de melatonina, que é o hormônio do sono. Então, o papel continua sendo a melhor opção antes de ir para a cama.
Cérebro funciona de modo diferente para livros e eletrônicos
O estudo revela que os humanos utilizam diferentes partes do cérebro ao ler um livro em papel ou em um dispositivo como o Kindle. Ao ler em uma tela, tendemos a fazer um tipo de leitura mais “dinâmica” e “não linear”, onde as pessoas tendem a procurar mais “palavras-chave” para entender o contexto e não a frase inteira.
“O problema é que muitos de nós fomos adaptados a ler online muito bem. E se você não usar a parte da leitura mais profunda do seu cérebro, você perderá essa habilidade”.
Manoush Zomorodi – editor da New Tech City
A “leitura mais profunda” acontece, segundo Zoromodi, quando queremos imergir em um romance ou um documento. Este tipo de leitura requer que a pessoa leia todas as palavras de uma frase para entender todo o contexto dela.
“Textos densos que realmente queremos entender necessitam de uma leitura mais profunda, e na internet não fazemos isso”
Por essa razão, os pesquisadores recomendam que as pessoas tirem um tempo de seus dias para ler algo em papel todos os dias para estimular o cérebro.
E-books também têm vantagens
Por outro lado, também há vantagens em e-books. De acordo com a reportagem do Interesting Enginnering, a mais óbvia é a portabilidade, podendo compilar todos os livros de Shakeaspeare, por exemplo, em um único grande volume, sem problemas.
Outro ponto é que os e-books também podem aumentar ou diminuir o tamanho do texto, facilitando a leitura daqueles que tem algum problema de visão, como miopia, por exemplo. Além disso, um estudo feito em 2013 avaliou 103 estudantes do ensino médio com dislexia, e estes tinham mais eficiência na leitura ao fazê-lo com e-books quando comparado ao papel comum.
“O que fez a diferença é a habilidade do dispositivo de exibir linhas de texto que eram extremamente pequenas (duas ou três palavras por linha), assim como o espaçamento. Quando essas pessoas liam fazendo modificações na formatação, a leitura era melhorada”
Autor do estudo, Dr.Matthew H.Schneps
Já aqueles que querem aprender um novo idioma também têm vantagens com as telas interativas. Ao clicar na palavra com um texto em linguagem diferente, o leitor pode achar o significado e, desse modo, enriquecer seu vocabulário.
E os audiobooks?
Curiosamente, um estudo publicado pelo Journal of Verbal Learning and Verbal Behavior, concluiu que a maior vantagem dos audiobooks quando comparado aos outros dois modelos é o estímulo a imaginação.
A conclusão é que, ao ouvir uma história, o ouvinte cria um número maior de “imagens mentais” que representam aquilo que está sendo falado, estimulando mais o poder de processamento visual do nosso cérebro. Os pesquisadores disseram que isso não chega a ser surpreendente, considerando que o conto de histórias boca-a-boca é a mais “antiga do mundo”.
Além disso, o audiobook é ideal para aqueles que estão na academia se exercitando, correndo em uma esteira, ou em alguma atividade em movimento, por exemplo.
A conclusão que os estudos chegaram é de que cada tipo de livro tem suas vantagens e desvantagens, cabendo ao próprio leitor (ou ouvinte) decidir o que é melhor para si.
Para absorver melhor as informações e estimular as áreas do cérebro relacionadas a “leitura profunda”, fique com os livros tradicionais; para portabilidade e pessoas com dislexia, os e-books são os mais recomendados. Por fim, os que querem ter a imaginação estimulada ficam com os audiobooks.
E você? Qual seu estilo de leitura favorito? Deixe sua opinião nos comentários!
Fonte: Interesting Enginnering
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Boa matéria.
Mas poucos a encontram ate porque muito nao querem saber da forma tradicional por achar ultrapassada ou trabalhosa.Tambem, a agitação desse mundo cheio de opções e obstáculos do dia-a-dia a vencer impossibilitam uma leitura prazerosa. Nossa realidade tem contribuido para a diminuiçao significativa do estimulo e objetivo maior por traz de uma boa e excencial leitura.
Tenho usado audiolivros e tenho gostado bastante, realmente o livro físico a experiência da leitura é muito melhor, mas a facilidade do Kindle também é muito interessante.