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A ideia de Zuckerberg em trazer a proximidade e o ‘contato’ mais realista ao meio corporativo que vive entre reuniões virtuais já está se concretizando. A Companhia de Estágios, principal player do mercado de recrutamento e seleção, acaba de conduzir as primeiras entrevistas para vagas de estágio no metaverso com o uso da plataforma Horizon Workrooms.
A iniciativa, em parceria com a Scania, referência mundial em soluções de transporte sustentável, e outras empresas, faz parte de um projeto piloto que visa testar o potencial da tecnologia nos processos seletivos.
Como funcionou o processo seletivo no metaverso?
O processo seletivo no metaverso teve início com 30 universitários de áreas como engenharia, comunicação e administração de empresas. Os estudantes tiveram a oportunidade de participar da primeira fase — que incluiu entrevistas com recrutadores treinados para usar a tecnologia. Antes do bate-papo, os participantes receberam um manual com dicas e informações prévias sobre o processo, antes de irem até a sede da Companhia de Estágios para realizar a dinâmica usando os óculos de VR (realidade virtual).
Abaixo, você pode dar uma olhada em uma das entrevistas realizada durante a primeira fase do processo:
O que é preciso para fazer reuniões no Horizon Workrooms?
Para uma reunião acontecer na plataforma corporativa do Facebook, os ingressantes precisam ter o Oculus Quest 2, óculos de realidade virtual da empresa. Desta maneira, um mundo animado é baseado na criação de avatares, que representam a figura de cada um na reunião.
Para participar do processo seletivo no metaverso, cada participante precisou criar esse avatar personalizado com características físicas no Horizon Workrooms, mostrando seu estilo profissional e de temperamento. É possível customizar corpo, formato do rosto, cor da pele, olhos, nariz, boca, sobrancelha, comprimento e cor do cabelo, roupas e acessórios (como brincos e piercing).
Alguns dos desafios já esperados para popularizar o metaverso no Brasil são o alto custo dos óculos de realidade virtual e a dificuldade de acesso à internet de qualidade em muitas regiões.
“Nós ainda dependemos de vários avanços para que o metaverso se torne uma tecnologia popular, como o aumento do 5G. Mas, quando isso acontecer, não tenho dúvida de que essa será uma tecnologia que tem potencial de somar no recrutamento e seleção no mercado de trabalho”.
Tiago Mavichian, CEO e fundador da Companhia de Estágios.
Benefícios do processo seletivo no metaverso
Segundo o executivo, o metaverso ajudará a criar experiências mais interessantes para quem disputa uma vaga. “Quando a pandemia acabar, os processos seletivos seguirão online. E, para manter os candidatos engajados, será preciso evoluir para além das entrevistas no Zoom”. Ele ainda complementa que “outro motivo que nos levou a apostar no metaverso é a ascensão da geração Z. Eles já são 25% da força de trabalho global e estarão em peso nesse ambiente virtual”.
O estudante de administração Gabriel Seabra, 21 anos, foi um dos jovens a participar do piloto. “Já fiz muitas dinâmicas, em grupo e individual, presencial e remoto, mas nenhuma foi igual a esta. A experiência no metaverso foi única. Depois que coloquei os óculos e me ambientei com a ajuda do time envolvido, ficou até difícil saber o que era realidade ou não”, comenta.
Já a aluna de psicologia Aline Camargo diz que estava com saudade de sentir o friozinho na barriga dos processos seletivos presenciais e que, no metaverso, pôde experimentar a sensação novamente. “Eu me senti mais próxima da recrutadora e consegui falar mais de mim do que em outros processos seletivos em que fiz via vídeo, por exemplo. Eu pude perceber reações da recrutadora, como gestos e risos, como se ela estivesse realmente na minha frente. Achei fantástico”, conta.
Tendências corporativas no metaverso
A Companhia de Estágios é responsável por conduzir os processos seletivos de vagas de estágio para a Scania e convidou a empresa a participar deste projeto piloto para direcionar jovens talentos para vagas que possuem abertas.
“Enxergamos que esta seria uma excelente experiência para os nossos candidatos, além de uma ótima oportunidade para entendermos e vivenciarmos um pouco mais as possibilidades que o metaverso poderá nos trazer. Fazer a seleção nesse ‘novo ambiente’ e, principalmente, em um momento no qual ainda é novidade para muitos, além de proporcionar uma experiência marcante e única, nos permite avaliar algumas soft skills importantes para a empresa, como capacidade de adaptação, flexibilidade e atitude inovadora”.
Danilo Rocha, vice-presidente de Pessoas e Cultura da Scania Latin America.
A Companhia de Estágios aprovou investimentos de meio milhão de reais para a fase inicial do projeto, que envolveu a avaliação e testes com as plataformas Meta, Decentraland e outras. O metaverso não é uma coisa única, é um conceito amplo que engloba vários mundos virtuais, com diferentes características
Diretor de Tecnologia da Companhia de Estágios, Hugo Rebelo
Ou seja, a partir desse projeto piloto, já é possível observar o alto investimento de empresas em plataformas do metaverso. No ‘Decentraland’, por exemplo, também tem crescido de maneira expressiva e movimentado milhões de dólares com a compra e venda de imóveis e terrenos virtuais pois há uma grande liberdade criativa e já existe uma forte especulação imobiliária virtual. Por sua vez, no workrooms do Meta, embora o ambiente seja mais limitado, há um foco maior nas relações profissionais.
De forma geral, notamos que com o surgimento de novas tecnologias, como o blockchain, além de uma maior capacidade computacional e aprimoramento das redes, têm se viabilizado a construção de experiências cada vez mais naturais e imersivas.
E aí, gostou do novo modelo de seleção? Acha que essa é a próxima tendência do mercado de trabalho? Conta sua opinião pra gente!
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Aproveite para conhecer mais sobre o Horizon Workrooms, que é o primeiro passo do metaverso do Facebook.
Fontes: Companhia de Estágios
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