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Após ser declarado culpado das acusações de agressão e assédio por parte de sua ex-namorada, o intérprete do grande vilão da fase 4 do Universo Cinematográfico Marvel, Kang, o Conquistador, Jonathan Majors acaba de perder seu emprego na franquia de filmes e séries da Marvel.
O que levou Jonathan Majors a ser demitido da Marvel
Jonathan Majors foi considerado culpado por agressão imprudente de terceiro grau e assédio à sua ex-namorada, Grace Jabbari, que o levou a ser preso em março deste ano, durante o julgamento na corte de Nova York nesta última segunda-feira, dia 18. Jabbari, na ocasião, exibiu machucados evidentes, com marcas no rosto e feridas atrás da orelha, que segundo ela, foram o resultado do ataque sofrido pelo ator na noite anterior à sua prisão.
Após a libertação sob fiança de Majors, seu representante negou categoricamente todas as acusações, afirmando em entrevista à revista Variety que “estamos ansiosos para limpar seu nome e esclarecer tudo isso”. Mas isso não bastou para Jonathan perder seu agente logo em seguida e ser colocado no escanteio de duas produções cinematográficas e uma campanha de publicidade.
A situação dele piorou quando ainda mais vítimas se apresentaram, que cooperaram com a promotoria do distrito de Manhattan para cimentar o caso contra ele, resultando no veredito anunciado ontem.
Antes de dar vida ao vilão Kang no filme Homem-Formiga e Vespa: Quantumania e no seriado Loki, sem falar nas futuras participações em toda a saga da fase 4 do MCU, no qual seria a peça central da trama, Jonathan Majors participou do terceiro filme da franquia Creed, e em 2021 recebeu o Emmy pelo seu papel em Lovecraft Country, da HBO.
Mais recentemente, Majors teve destaque no Festival de Sundance por sua performance no longa Magazine Dreams, e tinha quase que confirmada uma possível candidatura ao prêmio de Melhor Ator no Oscar do ano que vem.
O que isso significa para o MCU?
Muito antes da decisão de culpa dos crimes de Majors pela corte de Nova York, a Marvel já estava cogitando substituí-lo, devido à sua crescente lista de acusações perante à Justiça estadunidense. Segundo rumores publicados pela Variety em novembro, o figurão do estúdio, Kevin Feige, havia se reunido com outros executivos do grupo em um retiro para conversar sobre o que fazer com o MCU, e dentre os principais assuntos estava o caso do conturbado ator.
Visto que o personagem dele, Kang, ou como é conhecido em Loki, Aquele Que Permanece, é a peça central de toda a quarta fase do Universo Cinematográfico Marvel, a questão de substituí-lo é bastante delicada. Até o presente momento, a maioria dos filmes deste período da mega-saga não vem recebendo grandes avaliações pela crítica, apesar do relativo sucesso das séries no serviço de streaming Disney+.
Por esse motivo, é bem possível que haja uma reformulação da trama com a troca de atores para interpretar o vilão, ou pela substituição do personagem por completo. O mais provável é que a primeira opção ocorra, já que muito foi investido até agora, mas não se pode descartar a possibilidade de uma mudança mais radical no rumo da história dos filmes e séries da Casa das Ideias.
Conclusão
O que não se pode negar é a justiça perante as vítimas dos crimes cometidos por Majors perante a lei, independentemente das repercussões do caso em Hollywood, mais importante, na Marvel.
Muitos casos semelhantes, como a condenação por estupro de uma menor pelo polêmico diretor Roman Polanski, levando-o a fugir do país e ser considerado foragido, ou o comportamento abusivo do ator, produtor e diretor australiano Mel Gibson, passaram batidos nas décadas desde os ocorridos.
No entanto, nos últimos tempos, membros da indústria cinematográfica vêm cada vez mais tornando público o lado obscuro de todo o glamour da maior fonte de entretenimento do mundo, com movimentos como o #MeToo, onde casos de abuso e violência sexual perpetrados por gigantes do meio foram expostos e resultaram na queda de grandes figuras da área, como o produtor Harvey Weinstein, da Miramax.
Cabe a esse novo movimento em Hollywood continuar a expor casos como o de Majors para que os que sofrem com eles não passem despercebidos, e que, obviamente, os culpados sejam tratados pela lei como devem.
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Fontes: Época Negócios, Globo e Wikipedia.
Revisão do texto feita por: Pedro Bomfim (19/12/23)
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