Entenda como as fotos em preto e branco são coloridas

Fotos antigas, em sépia e em preto e branco ganham vida nova nas mão de artistas como Jordan Lloyd. As imagens que já tinham um brilho próprio, apesar de não terem cor, agora parecem ainda mais viva após serem coloridas com a ajuda da tecnologia.

Fotos como a de duas crianças em meio a um parque em Washington DC, nos Estados Unidos, ou mesmo, um retrato de Charles Chaplin, ainda jovem, em 1916, retomam a vida que tinham no momento em que foram tiradas. Agora, não só aqueles que estavam no momento do clique mas todos podem ver os detalhes, as cores e a vida que cada foto tem.

Em entrevista ao site VOX, o responsável pelo trabalho mostra todo o processo utilizado por ele e o trabalho que tem para descobrir qual o tom de cor que há em cada imagem. Alguns trabalhos chegam a superar um mês.

O trabalho é divido em quatro etapas: uma pesquisa meticulosa, restauração, mistura de cores e qual a incidência da luz. “Olhar para a fotografia que foi adicionada de cor você começa a olhar de modo diferente para ela”, afirma Lloyd. As imagens são coloridas uma a uma com ajuda do Photoshop, o que se mostra muito mais realista do que os métodos que eram usados até então.

Antigamente, o modo utilizado era a colorização à mão ou através de um processo chamado Photochrom, que acrescenta cores em seis a 15 camadas para um negativo fotográfico. Mas, estes acabam se mostrando não tão realista como os que estão sendo feitos com a ajuda da tecnologia.

Muita pesquisa

O artista destaca a necessidade de se ter uma fartura de informações para conseguir dar vida a um maior número de detalhes existentes nas fotos.

“Isso significa cavar através de diários e memórias e mesmo consultar especialistas para ter certeza de que as cores e estilos da época são fielmente representados.”

Mas, não é só de flores que vivem estes artistas. Muitas pessoas acusam que Lloyd e outros artistas, que fazem o mesmo processo, estariam maltratando a história e deturpando a memória das pessoas. Em sua defesa, Lloyd afirma que o que faz é um complemento, uma nova visão sobre a mesma imagem.