A desaceleração no mercado de smartphones, que assombra fabricantes de aparelhos Android há algum tempo, também atingiu em cheio a Apple no último trimestre.
Durante os três primeiros meses de 2016, a companhia liderada por Tim Cook vendeu 51,2 milhões de iPhones, queda de 18% se comparada ao mesmo período de 2015 (61 milhões). É a primeira vez, desde o lançamento em 2007, que a quantidade de iPhones vendidos em um trimestre fica abaixo do resultado no ano anterior.
Por ser o carro-chefe da Apple e responsável pela maior parte do faturamento, a queda do iPhone também derrubou as receitas da empresa: foram 50,6 bilhões de dólares de janeiro a março deste ano, contra 58 bilhões em 2015. O lucro no trimestre foi de $10,5 bilhões, também menor que os 13,6 bilhões do ano passado.
O smartphone líder do mercado não foi o único produto da Apple a ter desempenho inferior nos últimos meses: as vendas do iPad (10,3 milhões de unidades) e dos Macs (4 milhões) também diminuíram. O tablet da Apple não cresce desde 2014 e os laptops e desktops da marca seguiram a trajetória da indústria de PCs, que também despencou este ano.
Apesar das notícias ruins trazidas pelos principais produtos, a Apple demonstrou fôlego em alguns segmentos.
A categoria “Outros produtos”, que inclui o Apple Watch, Apple TV e a marca de headphones Beats, atingiu $2,2 bilhões em receita, acima do $1,7 milhão do ano passado.
O setor de Serviços, que inclui a App Store, iTunes e Apple Pay, cresceu 20% no período com destaques para a loja de aplicativos (alta de 35% nas receitas) e o Apple Music, que agora possui 13 milhões de assinantes pagos (eram 11 milhões em dezembro).
Embora o resultado do 1º trimestre tenha deixado um gosto amargo na boca dos investidores (as ações caíram mais de 8% após o anúncio), a situação financeira da Apple ainda é invejável; a companhia segue como a mais valiosa do mundo ($607,5 bilhões em valor de mercado) e possui reservas no valor de $233 bilhões.
Dito isso, as previsões para o resultado do próximo trimestre ainda são de queda, mas teremos que aguardar até julho para descobrir como foi a performance de abril a junho. Até lá, a Apple terá sediado a WWDC e apresentado suas novas armas na briga pelo mercado mundial de tecnologia.
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