Justin Roiland, uma das mentes por trás da série animada de sucesso Rick and Morty, está na mira da Justiça dos EUA. Ele foi acusado de violência doméstica e abuso físico, além de cárcere privado contra sua ex-namorada, não identificada publicamente.
Segundo o portal de notícias NBC News, o caso ocorreu no dia 19 de janeiro de 2020, mas a vítima somente registrou a queixa em maio do mesmo ano, no condado de Orange, na Califórnia. Na ocasião, foi paga uma fiança de 50 mil dólares e Roiland se declarou inocente das duas acusações.
As acusações foram seguidas de uma medida cautelar, que o proíbem de se aproximar de sua ex-namorada, ameaçá-la ou incomodá-la sob qualquer pretexto. Além disso, o documento também o obrigou a entregar toda e qualquer arma de fogo registrada em seu nome, ou que estivesse em seu poder mesmo não sendo dele.
Porém, a medida cautelar é temporária e irá deixar de valer a partir de outubro de 2023. Desde a data em que foi registrada a queixa, Roiland esteve presente em várias audiências e seu julgamento seguirá em data marcada. Ele estava com audiência preliminar marcada com o tribunal para a última quinta-feira, dia 12. Seus advogados creem que, após a medida terminar, quando houver o julgamento do caso, seu cliente será inocentado das acusações.
Não houve mais comentários por parte de Justin Roiland nem dos advogados sobre o caso após ele ter vindo à tona.
Não é só por causa da Justiça que Justin Roiland vem encabeçando manchetes
O nome do cocriador de Rick and Morty tem estado em muitas manchetes ultimamente graças ao seu novo jogo, High on Life (da Squanch Games, lançado para PC, Xbox Series e PlayStation 5 em dezembro do ano passado), no qual você viaja pelo espaço sideral acompanhado de uma variedade de armas com personalidade própria, munidas do característico humor ácido da série animada. Roiland gerou polêmica após declarações dizendo que o estúdio teria usado tecnologia I.A durante o desenvolvimento do game, para gerar certos assets de arte e atuações de vozes.
O assunto do uso de I.A para a criação de conteúdo baseado em trabalhos autorais tem estado em pauta por burlar os direitos de criadores cujas obras são utilizadas como base pelo sistema. A controvérsia tem feito muitos artistas cancelarem suas contas de divulgação em muitas redes sociais que apoiam o uso de I.A, como a Artstation. O caso envolvendo High on Life é um dos primeiros a vir a público por pura iniciativa dos desenvolvedores, e é difícil que outros não deem as caras nos próximos anos, com o advento de ferramentas que utilizam de inteligência artificial.
Além de High on Life, Justin também participou da criação de outros dois projetos com games, ambos envolvendo NFTs (non-fungiable tokens, ou tokens não “fungíveis”), outro assunto tabu que vem gerando burburinho no meio tecnológico nos últimos tempos por diversas razões. Dentre elas, a total insegurança por parte do sistema na falta de um meio de fornecer a autenticidade do conteúdo “comprado” pelos consumidores, além da possibilidade do envolvimento de grupos criminosos, que podem utilizar as NFTs em diversas atividades ilegais, como a lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e estelionato devido à dificuldade de sua origem ser rastreada.
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Fontes: Fortune, Kotaku e NBC News
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