Ao contrário do que indicavam os rumores, o fim do iTunes pode não estar tão próximo quanto se imaginava. É o que dizem fontes do 9to5Mac, o mesmo site que revelou no mês passado a existência dos novos apps Podcast e Music para macOS separados do iTunes.
De acordo com o site, o novo player de música do macOS será construído com base no iTunes e usará tecnologias de desenvolvimento tradicionais da plataforma Mac, ao invés do UI Kit, nova técnica de conversão de apps iOS para macOS disponibilizada pela Apple no ano passado.
iTunes só para músicas
Com o desmembramento das funções de vídeo, podcasts e livros em aplicativos independentes, esse “novo iTunes” será focado exclusivamente em música e rebatizado “Music“, mesmo nome do app no iOS.
Recursos existentes hoje, como Smart Playlists, gerenciamento da biblioteca de álbuns, sincronização com iPods e dispositivos iOS e até mesmo cópia e gravação de CDs estarão disponíveis no Music para Mac.
A versão atual do iTunes seguiria disponível para usuários que dependem de funcionalidades não transferidas para o novo app, como os toques para celular (ringtones).
Além disso, ainda não há nenhum sinal de que os usuários do iTunes para Windows receberão a atualização e portanto devem continuar usando o programa da forma como ele é hoje.
Marzipan
Ao contrário do Music, é provável que os demais apps (Podcasts, Books e TV) sejam convertidos pela Apple do iOS para o macOS usando a ferramenta UIKit disponibilizada na atualização Mojave do sistema operacional.
Essa mesma técnica, que era chamada internamente pela Apple de “Marzipan“, foi usada pela companhia para trazer os apps Stocks, Home, News e Voice Memos do iPad para o Mac.
A ideia de criar uma base única para aplicativos móveis e desktop que está sendo executada agora pela Apple foi adotada anos atrás pela Microsoft com o Windows 8 e Windows Phone e pelo Google com os aplicativos Android no Chrome OS.
Contudo, até o momento nenhuma dessas iniciativas pode ser considerada bem-sucedida, visto que elementos de design, experiência de usuário, compatibilidade ou performance sempre acabam comprometidos quando interfaces adaptadas ao toque são transplantadas para dispositivos manipulados via teclado e mouse.
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