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Após o site americanos The Register, publicar um artigo acusando os processadores da Intel de uma grave falha de segurança que exige um update que ocasionaria queda na performance das CPUs, o assunto repercutiu de forma assombrosa, a imprensa do mundo inteiro deu enfoque ao assunto, e a enxurrada de críticas pelos comentários redes sociais afora foi nítido.
A dimensão da falha ainda está sendo assimilada por todos, inclusive pelas empresas envolvidas. A Intel demorou mas soltou em seu site um comunicado oficial sobre tudo que está sendo dito esclarecendo diversos pontos e desmentindo muita coisa que está sendo repassada.
A falha não é uma exclusividade das CPUs Intel:
Antes de qualquer coisa é necessário pontuar e dividir as falhas. Jann Horn, pesquisador do Google Project Zero, e responsável por encontrar as falhas classifica da seguinte forma: Meltdown e Specter.
A que atinge em larga escala os processadores Intel é o Meltdown, que abre margem para que cibercriminosos acessem a memória do “coração do sistema operacional”, o kernel, e consiga, por exemplo, consultar as senhas dos usuários. Essa falha afetaria processadores Intel lançados desde 1995.
A segunda classificação é o Specter, esse é mais amplo e pode atingir mais empresas, como AMD e ARM, e a própria Intel, porém a sua exploração é mais complicada. Os Pesquisadores também ressaltam que é uma falha que pode continuar rondando por mais tempo. Com ela, é quebrado o isolamento entre diferentes aplicações do sistema.
Em seu comunicado a Intel frisou esse ponto, que problemas similares ao que ela está enfrentando também podem ser encontrados nos chips da concorrência.
Corroborando com isso, a ARM, em declaração ao site Axios, confirmou que algumas de suas arquiteturas de chips podem ser afetadas, incluindo alguns de seus processadores Cortex-A. A AMD não descartou também essa possibilidade, mas ressalta que o risco em seus chips é próximo a zero.
O impacto no desempenho da CPU não deve ser tão significativo:
No comunicado a Intel também fez questão de frisar que o impacto na performance do processador não deve ser tão brutal como parece (já que foi comentado sobre uma queda entre 5 e 30%).
Evidente que são necessários diversos testes para chegar a essa conclusão. A Intel frisa que para um usuário médio, o problema não deve ser significativo. Provavelmente o setor corporativo deve sentir bem mais, mas os planos da gigante de Santa Clara é ir atenuando o risco.
Correções já estão sendo liberadas:
Diferentemente de problemas que podem ser corrigidos apenas com atualizações do microcódigo, nesse episódio a Intel depende bem mais da sinergia com as empresas responsáveis pelos sistemas operacionais, já que envolve diretamente o kernel.
Tanto o Windows, quando Linux e MacOS já receberam atualizações que corrigem o problema.
No caso do Windows, sistema mais popular, e consequentemente com mais usuários vulneráveis, o update foi liberado automaticamente para o Windows 10. Para aqueles que utilizam Windows 7 e Windows 8 é necessário baixar a atualização de forma manual, ou esperar até a próxima terça-feira, quando será liberado automaticamente.
Na parte final do comunicado, a Intel destacou que acredita nos seus produtos e que eles são os mais seguros do mundo e que, com o apoio de suas parceiras, as soluções atuais para esse problema proverá a melhor segurança possível para seus consumidores.”
Fonte: Intel
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