Ifood é invadido, e restaurantes têm nomes trocados por bolsonarista

iFood é invadido, e restaurantes têm nomes trocados por bolsonarista

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Segundo o iFood nenhuma informação pessoal ou de pagamento foi comprometida. Entenda o caso, que ocorre logo após fim de parceria da plataforma com o Flow Podcast

Na noite dessa terça-feira (02 de novembro) houve um ataque à plataforma de delivery iFood. Usuários notaram que o nome dos restaurantes cadastrados no aplicativo foram alterados para posicionamentos políticos favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro, inclusive com ofensas à oposição. Entenda tudo o que houve.

iFood é invadido internamente

No dia 02 de novembro de 2021, o iFood acabou sofrendo um ataque, tendo o nome de alguns restaurantes trocados por frases como “Vacina Mata“, “Lula Ladrão“, “Petista Comunista” e até mesmo ofensas como “Mariele de Franco Peneira“, em alusão à morte da vereadora do Rio de Janeiro. Neste momento muitos internautas capturaram as telas dos aplicativos e postaram, em sua maioria no Twitter, este ocorrido.

  • Ifood é invadido, e restaurantes têm nomes trocados por bolsonarista. Segundo o ifood nenhuma informação pessoal ou de pagamento foi comprometida. Entenda o caso, que ocorre logo após fim de parceria da plataforma com o flow podcast
  • Ifood é invadido, e restaurantes têm nomes trocados por bolsonarista. Segundo o ifood nenhuma informação pessoal ou de pagamento foi comprometida. Entenda o caso, que ocorre logo após fim de parceria da plataforma com o flow podcast
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Os usuários que se depararam com a cena e outros que acabam vendo o que houve pelas redes sociais, além de estranharem o ocorrido, ficaram bastante preocupados com o que houve, principalmente em relação à segurança de seus meios de pagamento, uma vez que a maioria realiza compras online via cartão de crédito. A princípio, todos suspeitaram que a plataforma havia sido vítima de algum ataque hacker — o que não foi ocaso.

Explicação da plataforma

Em uma thread no Twitter, o iFood explica o ataque. De acordo com a plataforma, um funcionário de uma empresa terceirizada, com acesso à alteração de cadastro dos restaurantes, foi o responsável por essas mudanças. Cerca de 6% dos restaurantes foram afetados pelo funcionário. A empresa ainda afirmou que toda a questão de segurança não foi comprometida, uma vez que os dados para pagamento são armazenados no dispositivo de cada usuário, não possuindo qualquer tipo de cópia em seus servidores. Ou seja, a pessoa possuía acesso apenas — de acordo com o iFood — à alteração do nome dos restaurantes.

iFood é invadido, entenda

Outra preocupação foi a de vazamento de dados dos entregadores ou clientes — algo que também não ocorreu, pois apesar do recurso utilizado por este funcionário, essas informações ainda não lhe eram acessíveis. Após o ocorrido, várias fake news foram propagadas a fim de descredibilizar a plataforma, ação que é bastante disseminada entre apoiadores e os próprios partidos da direita política mundial.

Podcast Flow e Monark

Em recente caso, também envolvendo o iFood, o apresentador do Flow Podcast, Monark, acabou sendo alvo de críticas sobre seus posicionamentos. Monark, de 31 anos de idade, faz uma série ataques a minorias justificadas pela defesa à liberdade de expressão em seus canais de comunicação: tanto no próprio podcast, que também é exibido no YouTube, quanto em suas redes sociais, como no Twitter, onde é mais ativo. Recentemente Monark indagou em seu Twitter, “Ter uma opinião racista é crime?”, e imediatamente o apresentador foi severamente criticado na plataforma.

Logo em seguida, o Podcast Flow acabou perdendo o patrocínio que tinha com o iFood (e também com a marca Trybe). Confira o posicionamento da empresa:

O propósito do iFood é alimentar o futuro do mundo promovendo mudanças e impactando positivamente a sociedade, por isso estamos encerrando a nossa relação comercial com o Flow. Acreditamos que não é mais possível ser parte de uma sociedade desigual, por isso repudiamos qualquer tipo de preconceito ou ato de discriminação. A empresa assumiu compromisso público de ser protagonista na promoção de mudanças urgentes que favoreçam a diversidade e a inclusão

iFood sobre o desvinculo com o Podcast Flow, causados por posicionamentos de Monark
Ifood é invadido, e restaurantes têm nomes trocados por bolsonarista
Monark, apresentador do Podcast Flow, à esquerda e o atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro

Apesar de Monark não ser exatamente um apoiador assumido de Bolsonaro, ele tem diversas posições em que o colocam como admirador do atual presidente do Brasil. Entre elas, ele indaga os motivos pelos quais vídeos em que Bolsonaro espalha mentiras sobre a vacina foram retirados do ar pelo YouTube, bem como o por quê deste respectivo canal ter sido censurado. Em dado momento ele diz:

Eba censuraram o Bolsonaro! OBA agora foi um inimigo político! UHUL censuraram um cara babaca! Epa pera ai, censuraram um amigo meu? OPS tão ME censurando!? Quem poderia imaginar, que quando a censura começa não tem hora para acabar.

Monark em seu Twitter, sobre a decisão de vetar fake news do atual presidente, Bolsonaro

Veja também:

Confira as ações do Google para combater as fake news nas eleições de 2022!


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