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Após as denúncias do crime contra a Microsoft Exchange, China responsabiliza EUA formalmente por vários ciberataques globais, nega todas as acusações do caso a respeito da invasão a servidores norte-americanos e diz ainda que elas são fabricadas pelos EUA e países aliados, sem nenhuma evidência concreta.
Zhao Lijian, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, informou publicamente que as críticas ao país são irracionais e que “servem apenas ao propósito político de difamar e suprimir (a China)“. O posicionamento acentuado do país aconteceu um dia após os Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido e outros aliados se juntarem em uma enorme investigação acerca do caso de segurança cibernética, no qual acreditam que a China é a culpada.
Enquanto discursava sobre a inocência da China neste caso, Zhao ainda trouxe à tona outra acusação, dessa vez diretamente contra os Estados Unidos, em que acusa o país de arquitetar ataques de segurança cibernética contra a própria China nos últimos 11 anos.
O porta-voz usou como fundamento um relatório publicado por uma empresa chinesa chamada 360, em 2020, que aponta números de diversos ciberataques de autoria norte-americana. O documento diz que os prejuízos causados em instituições governamentais e companhias da China tiveram como pivô a Agência Central de Inteligência dos EUA.
O caso dos ciberataques a servidores Microsoft Exchange
Há pelo menos quatro meses, a Microsoft Exchange, sistema de e-mails corporativos utilizado por diversas empresas, sofreu um ataque cibernético em que dados foram confiscados. Estima-se que 30 mil organizações foram afetadas, sendo a maioria da rede privada. Desde então, os Estados Unidos vem trabalhando em uma investigação para identificar os culpados.
Por enquanto, as autoridades acreditam que o crime pode ter sido cometido pelo grupo Hafnium, um antro de hackers que já atuaram algumas vezes em organizações de outros setores. A China entrou no caso por ser acusada de financiar diretamente os ciberataques e esse grupo, o que, segundo os representantes norte-americanos, representa uma ameaça à segurança global.
Com a resposta áspera da China, seguida de outra acusação, a tensão entre os dois países tende a crescer ainda mais nas próximas semanas. Enquanto as declarações são feitas, países aliados aos Estados Unidos se comovem em uma grande investigação contra a atitude criminosa dos hackers.
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