Deixar os computadores ainda mais inteligentes, imitando processos que existem somente no cérebro humano, é hoje, o principal foco da IBM, que na verdade, já vem testando um poderoso software de inteligência artificial, criado pela Numenta, empresa que desenvolveu uma tecnologia com base nos princípios do neocórtex, ou seja, a camada externa do cérebro.
Winfried Wilcke, líder do projeto na IBM, comentou em uma conferência no Sandia National Lab, realizada em fevereiro deste ano, que o software é de fato o mais próximo da realidade biológica que qualquer outro lançado até o momento, como é o caso do Google, que tem usado aprendizado de máquina para diversos trabalhos.
Os algoritmos da Numenta operam em uma rede exclusiva, mas tentam recriar o comportamento de circuitos de aproximadamente 100 neurônios encontrados no neocórtex. Segundo Wilcke, o software consegue interpretar dados brutos de forma mais eficiente, sem a necessidade de passar por um treinamento com especialistas.
Já para o CEO da Numenta, Jeff Hawkins, que por mais de uma década dedicou seu tempo e investimento a essa teoria, o objetivo não é ser inspirado pela biologia: “Eu quero recriá-la perfeitamente”, disse. Para ele, a capacidade do cérebro interpretar o que é visto e apresentado é fundamentada pelos circuitos de repetição.
Logo, recriá-los em um software permitirá que os programas de aprendizado de máquina sejam ainda melhores e mais eficientes.
Além de lider do projeto na Numenta, Jeff é neurocientista, designer da computação e ministrou em 2003 uma palestra no TED onde recomenda que olhemos o cérebro de uma nova maneira — para vê-lo não como um processador rápido, mas como um sistema de memória que armazena e recupera experiências para nos ajudar a predizer, inteligentemente, o que acontecerá em breve. Veja abaixo:
A equipe de cerca de 20 funcionários de Numenta agora está focada no aperfeiçoamento dos algoritmos construídos a partir de teoria original de Hawkins. Fazer com que o software seja capaz de aprender a controlar os motores e outros equipamentos físicos é um dos principais focos. Isso pode ser útil para a robótica, um dia. “Estamos muito felizes que – por minha causa e por outros investidores – não precisamos construir um negócio em torno disso agora”, diz Hawkins. “Nosso pensamento está focado em construir uma base de propriedade intelectual para os próximos 30 anos de computação.”
Fonte: MIT Technoly, Numenta.
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