Robô branco em fundo branco e azul com martelo de juiz na mão na cor marrom com peça superior dourada.

IA será usada em julgamento nos Estados Unidos pela primeira vez

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Inteligência artificial da plataforma DoNotPay fornecerá as melhores respostas para a defesa de um infrator de trânsito. Entenda como vai funcionar e as implicações

O sistema de justiça dos Estados Unidos promoverá uma nova modalidade de defesa em julgamentos no mundo, em que a inteligência artificial da DoNotPay será utilizada na audiência de um suposto violador de leis de trânsito. O robô ouvirá os argumentos da acusação, e de toda a corte, e formulará respostas de forma automática, assim, podendo substituir eventualmente advogados.

Como Funciona?

Através de um robô programado pela DoNotPay, o réu e seus representantes legais vão escutar via fone de ouvido as dicas da IA para poder apresentar ao tribunal os melhores argumentos, e assim, obterem uma melhor chance de inocência. A IA também acumulará em seu código arquivos de julgamentos e ações antigas, para poder se basear em casos reais a fim de melhorar a complexidade das respostas e a porcentagem de acertos.

Robô com mão branca em computador branco com folha branca ao lado, simulando o trabalho de ia ao analisar contratos.
Robô simula uso de computador e análise de contrato legal. (Divulgação/Depositphoto)

A defesa apenas usará os argumentos produzidos pelo robô e será totalmente dependente da nova tecnologia. A empresa afirma que, caso ocorra a derrota no caso, arcará com todas as despesas decorrentes da multa de trânsito.

De acordo com a empresa, a inteligência artificial coletará informações junto à defesa e procurará por pontas soltas, além de interpretar a posição da acusação, assim escrevendo uma proposta legal a ser apresentada para a corte.

Objetivo da IA

O CEO da DoNotPay, Joshua Browder, afirmou ao New York Post que tem como visão a substituição dos advogados como maneira de baratear os custos para os usuários. No entanto, comenta que anos de pesquisa foram necessários para desenvolver a IA, dizendo que o programa não pode ser manipulado ou modificar fatos durante o seu uso legal.

Joshua browder em primeiro plano com parede amarela ao fundo.
CEO da DoNotPay Joshua Browder se diz animado com o futuro do robô. (Divulgação/DoNotPay)

Ainda ao Post, Browder comentou que advogados cobram centenas ou milhares de dólares por hora para somente trabalhar a linguagem legal. “Ainda podem ter vários advogados argumentando na Corte Europeia de Direitos Humanos, porém muitos deles apenas cobram para copiar e colar, e deveriam ser substituídos e vão ser”, completou o executivo.

O CEO ainda comentou que vai lutar contra corporações, superar burocracias e abrir processos com o aperto de um botão.

Legalidade da tecnologia

A discussão sobre os termos legais do uso de inteligência artificial em julgamentos passa pela interferência e confiabilidade de um sistema externo utilizado pela defesa para solucionar casos, podendo conter informações exclusivas ou falsas sobre um dos envolvidos.

Além disso, a substituição de um humano também é polêmica, visto que poderá gerar desemprego e piora nas condições de trabalho, tornando cada vez menos necessária a participação humana em ações coordenadas por robôs.

TED Talk estudantil sobre a possibilidade de a inteligência artificial poder interferir na justiça. (Divulgação/
TED-Ed Student Talks)

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Fontes: New York Post, WioNews, Interesting Enginerieng e New Scientist.


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