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O Showmetech TRIO é um compilado com as principais notícias da semana. Hoje destacamos a Inteligência Artificial GPT-4, que foi capaz de manipular um humano para resolver uma CAPTCHA para si; passaremos pelo falecimento de Gordon Moore, cofundador da Intel, aos 94 anos, cofundador da Intel; e também falaremos sobre o robô Digit, que agora conta com “par de olhos” que exibem o caminho que ele percorre para seus colegas de trabalho.
Esse é o Showmetech TRIO, seu trio semanal de notícias. Aqui no site e também no nosso canal do YouTube!
GPT-4 manipula humano para resolver CAPTCHA
Antes mesmo de ser liberada para acesso público, a nova Inteligência Artificial da OpenAI, GPT-4, já deu muito o que falar. A potência de seu antecessor, o GPT-3, já era impressionante. Então a chegada dessa nova tecnologia acabou gerando muita expectativa. E em mais um episódio sobre as capacidades dessa Inteligência Artificial, vemos que agora ela conseguiu até mesmo burlar o CAPTCHA, sistema que teoricamente deveria limitar certos acessos apenas a humanos.
Mas calma lá! Não quer dizer que o GPT-4 por si só realizou todo esse trabalho. Trata-se de um teste que a OpenAI realizou para verificar algumas capacidades da Inteligência Artificial, como a de enganar seres humanos e tentar escapar de barreiras impostas – e deu certo.
Na ocasião, a Inteligência Artificial foi programada para que não revelasse ser um robô. Ela deveria inventar desculpas para que a resolução do CAPTCHA fosse feita de outras maneiras. Para tal, o GPT-4 entrou em contato com o funcionário dessa empresa e afirmou ter problemas visuais, o que dificultava a resolução do CAPTCHA. Então o CAPTCHA via SMS acabou sendo preenchido por este funcionário.
Todo esse teste foi conduzido pela OpenAI e a ONG Alignment Research Center, também conhecida pela sigla ARC. Apesar de todo esse monitoramento, é preocupante que uma Inteligência Artificial seja utilizada assim. Pensar que IAs podem ser programadas para preencher CAPTCHAS dessa forma para executar golpes, invasões e outras atividades ilegais de forma automática e rápida dá um frio na barriga em relação ao futuro.
Será que a autonomia da Inteligência Artificial conseguirá fugir completamente do controle humano? O que podemos fazer para evitar isso?
Robô Digit agora com olhos
O robô Digit, capaz de realizar diversas tarefas físicas, como carregar caixas pesadas, acaba de receber uma novidade: um par de “olhos” animados em LED. Essa inclusão foi feita para que seus colegas de trabalho possam saber em qual direção ele está indo, além de exibir outras informações sobre suas ações, assim, tornando a interação com os humanos ainda mais fluida.
A empresa criadora do Digit, Agility Robotics, apresentou o robô em 2020. Na época, a unidade nem tinha uma estrutura semelhante a uma cabeça, e veio evoluindo com o passar dos anos. A máquina é amplamente utilizada em indústrias, como na área de logística, inspeção industrial e em serviços de trabalho híbrido.
O robô também foi feito para trabalhar na mesma área e ocupar o mesmo espaço que os humanos. Reforçando a intenção da empresa em fazê-lo ter mais interações com outras pessoas, também foi desenvolvido um modelo com design humanoide, trazendo um robô bípede, com uma cabeça e agora com olhos.
Esses novos olhos trazem consigo um sensor que facilita a compreensão humana em relação às ações do robô. Indicações de movimento, por exemplo, são algumas das informações exibidas na tela de LED na cabeça do Digit.
Apesar de receber diversas atualizações até que com certa frequência, o Digit ainda é um pouco limitado e acaba servindo para algumas atividades mais específicas. Entre suas habilidades, estão a capacidade de andar, subir e descer degraus, abaixar, fazer outros comandos mais simples e carregar pesos de até 15 quilos. Ainda não há um valor estipulado para comprar uma unidade do Digit, mas a Agility Robotics abrirá um programa de parceiros interessados no robô.
Gordon Moore, 1929 – 2023
E em clima de despedida, temos também a triste notícia de que Gordon Moore faleceu. O empresário, que era cofundador da Intel e criador da Lei de Moore, faleceu aos 94 anos. Considerado uma lenda no Vale do Silício, Gordon Moore tem inúmeros feitos na área de tecnologia, incluindo o Fairchild Semiconductor, que acabou sendo uma inspiração no Vale do Silício para muitas empresas, incluindo a AMD.
Gordon, em parceria com Robert Noyce e outras pessoas, fundou a Integrated Electronics em 1968, o que vinha a se tornar a marca conhecida atualmente como Intel. Em 1979 ele se tornou CEO da empresa e serviu no cargo por oito anos.
Os estudiosos da área de tecnologia já devem ter ouvido falar na Lei de Moore, também concebida por Gordon. Foi uma previsão que o empresário teve de que os processadores praticamente dobrariam a contagem de transistores a cada ano. Uma década depois, ele mudou sua estimativa para que essa duplicação acontecesse a cada dois anos. Embora esse não seja mais o caso atualmente, a ideia foi considerada como apropriada por muito tempo.
Gordon Moore foi questionado sobre as Leis de Moore e ele respondeu que “já fez uma previsão que realmente aconteceu, mas que evitaria fazer outras”. A Intel ainda revelou que as atividades recentes de Gordon eram filantrópicas, pois ele trabalhava com sua esposa em assuntos como conservação ambiental, pesquisa científica, ensino superior e a área da baía de São Francisco. No ano passado a Intel nomeou sua nova instalação em Oregon com o nome dele, chamando-se “Gordon Moore Park”, e teve sua inauguração em 11 de abril de 2022.
Veja também:
Confira a nossa última edição do Showmetech TRIO! Como de costume falamos sobre diversos assuntos relacionados a games, tecnologia e cultura pop. Dá só uma olhada no que trouxemos:
- Novo traje da NASA para a missão Artemis III;
- Zips, o drone de entrega discreto;
- Destroços da ISS nos Estados Unidos.
Fonte: The Verge [1], [2] e Futurism.
Revisado por Glauco Vital em 27/3/23.
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