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Nas últimas décadas, o Telescópio Espacial Hubble apresentou algumas das imagens mais incríveis já vista pelos seres humanos. Para além da beleza, as informações obtidas pelo Hubble impulsionaram a ciência a uma nova gama de descobertas.
Entre as incontáveis maravilhas reveladas pelo telescópio, a observação denominada Hubble Deep Field (Campo Profundo do Hubble) mudou profundamente a história da Astronomia, ao capturar uma das imagens mais profundas dos confins do universo.
Breve histórico
No ano de 1995, uma equipe liderada pelo astrônomo Robert Williams resolveu fazer algo inusitado e apontaram o Hubble para uma parte do céu que parecia totalmente vazia. Um trecho sem planetas, estrelas e galáxias em uma área próxima a constelação Ursa Maior.
Cobrindo uma área de 2,5 minutos de arco (equivalente ao tamanho angular de uma bola de tênis de 65 mm a uma distância de cem metros), a observação desse trecho resultou numa das mais reveladoras descobertas da Astronomia e ficou conhecida como Hubble Deep Field.
Aposta arriscada
O tempo de observação num telescópio especial é muito disputado, por isso posicionar o telescópio para o “nada” foi considerada uma aposta arriscada na época. Além disso, havia o risco de que as imagens obtidas pelo Hubble Deep Field puderiam ser escuras demais para serem analisadas.
A foto que mudou a Astronomia
Durante 10 dias, o Hubble capturou informações dessa região em um processo análogo da fotografia de longa exposição de uma ao câmera fotográfica, captando fótons originados há mais de 12 bilhões de anos, quando o universo tinha somente 500 milhões de anos de existência.
Quando as imagens foram processadas, os astrônomos descobriram que a luz de mais de 3.000 galáxias haviam coberto o detector. Além disso, o Hubble Deep Field também revelou mais detalhes sobre a expansão do universo e da relação de espaço-tempo deste processo.
Hubble Deep Field
Após o sucesso da primeira missão, o Hubble Deep Field foi aprimorado e novas observações foram realizadas utilizando instrumentos mais apropriados, por um tempo maior. Dessa forma o Hubble Ultra Deep Field (HUDF) e o Hubble eXtreme Deep Field (XDF) deram prosseguimento ao projeto.
Para contar um pouco dessa história, o site Vox fez um vídeo (confira acima, em inglês) explicando como uma fotografia mudou a maneira como olhamos para o universo, dando sentido ao pensamento de Carl Sagan que diz: “O Cosmos é tudo que existe ou já existiu ou sempre existirá“.
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