O Google anunciou que o lançamento oficial do polêmico serviço de mapas Street View será na próxima quinta-feira (30), em uma entrevista coletiva de imprensa.
A companhia promete novidades sobre o produto daqui para frente. Dentre elas, informa o Google, está uma nova proposta para permitir ao usuário ajudar a decidir os próximos lugares que devem ser adicionados ao produto no país.
Inicialmente, as cidades servidas com o Street View serão São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
Infelizmente, nem só de tecnologia impressionante é feito o serviço do Google: em julho, 37 Estados norte-americanos anunciaram a investigação sobre o Google devido à coleta de dados pelo Street View, e que ele ainda está em busca de informações sobre se o serviço quebrou leis de privacidade ao capturar informações privadas de usuários de internet por meio de suas conexões Wi-Fi.
Trata-se de um desdobramento da investigação iniciada pelo procurador-geral do Estado de Connecticut, Richard Blumenthal, no mês anterior. O caso foi à tona no mês de maio nos Estados Unidos. À época, o Google anunciou que a frota de carros tinha acidentalmente recolhido informações pessoais –que um especialista em segurança disse poder incluir mensagens de e-mail e senhas.
O Street View é um serviço de mapeamento de ruas que usa um carro, antenas e câmeras para fotografar os locais por onde o veículo passa. Está disponível em diversos países –dentre eles, o Brasil.
Segundo o diário econômico norte-americano, em carta aberta enviada ao Google, Blumenthal pede detalhes específicos acerca da coleta de dados –o que inclui informações sobre uma possível venda ou uso dos dados coletados.
Caso não receba a resposta desejada, o procurador-geral vai entrar com um recurso para obtenção dessas respostas. O prazo dado para que o Google responda expirou na sexta-feira.
Blumenthal também pediu ao Google que informasse se o programa de coleta de dados foi testado, quanto tempo o softwares passou coletando dados de sinais específicos –além de divulgar nomes dos empregados envolvidos e suas respectivas explicações sobre o caso.
A companhia reiterou que a coleta se tratou de um “erro”, mas que não cometeu “nada ilegal”.
“Vamos continuar a colaborar com as autoridades pertinentes para responder às suas questões e interesses”, disse o Google, em comunicado.
As investigações e pressões sobre questões de privacidade do serviço de mapeamento também se estendem aos países europeus.
Fonte: Folha.com
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